As empresas tem utilizado sistemas integrados de gestão (ERP, Enterprise Resource Planning) para otimizar e controlar melhor seus processos de negócios e o setor hospitalar não é uma exceção. Processos ágeis em hospitais são mais importantes do que em outras empresas, pois em hospitais os processos suportam vidas. Embora a métrica financeira seja importante para avaliar a produtividade dos processos suportados pelos ERP, nos hospitais a métrica mais relevante é a quantidade de vidas salvas e o nível de conforto dos pacientes. A informática na saúde tem progredido muito e esses avançados em equipamentos e tecnologias devem ser integrados aos processos hospitalares.
A busca da eficiência nos hospitais é materializada por movimentos de acreditação hospitalar que definem processos de avaliação internos e externos para determinar com precisão o nível de desempenho em relação aos padrões estabelecidos e implantar processos de melhoria contínua. Várias questões estão envolvidas na acreditação, entre elas: medicina baseada em evidências; garantia de qualidade, ética médica e redução do erro médico. Portanto, a acreditação hospitalar é uma componente importante da segurança do paciente. Alguns certificados de acreditação são internacionais.
Como os hospitais se multiplicam a um ritmo acelerado é necessário estabelecer formas de replicar as melhores práticas de gestão. Os hospitais incorporam rapidamente novos e sofisticados equipamento de diagnóstico e tratamento de pacientes, entretanto, o que traz mais conforto aos pacientes é qualidade do serviço. A qualidade do serviço é garantida pelas funções de retaguarda.
As funções de retaguarda de hospital são fundamentais para garantir a melhoria de qualidade dos cuidados dos pacientes e a eficiência operacional dos hospitais, convertendo a redução de custos em investimentos em prol dos pacientes e equipe médica. Os ERPs melhoram a eficiência da cadeia de suprimentos, gestão de inventário, gestão do relacionamento com os pacientes e seus familiares, recursos humanos, finanças e faturamento.
Os ERPs para hospitais devem oferecer integração entre os processos, incluindo com sistemas stand alone dos subsistemas dos equipamentos de diagnóstico e tratamento de pacientes.
Segue os principais módulos do ERP:
- Gestão de recepção de pacientes e acompanhantes;
- Agendamento de consultas;
- Gestão de pacientes;
- Gestão administrativa;
- Gestão financeira e contábil;
- Faturamento dos serviços;
- Gestão de estoques;
- Gestão de apoio clínico, incluindo laboratório, banco de sangue, farmácia e registros médicos;
- Sistema de gestão de recursos humanos;
- Gestão da folha de pagamento;
- Registros médicos;
- Registros da enfermagem;
- Registros dos pacientes;
- Gestão da dieta alimentar;
- Gestão da lavanderia e limpeza;
- Gestão de contratos, seguros e planos médicos;
- Sistema de informações gerenciais;
- Gestão dos serviços de ambulâncias;
- Gestão da ocupação de leitos;
- Gestão de resíduos;
- Telemedicina;
- Gestão do portal de Internet;
- Gestão de treinamento;
Sumarizando, a implantação de um ERP em hospitais aumenta o conforto dos pacientes e otimiza os processos médicos e administrativos, permitindo que os ganhos em produtividade sejam repassados para melhorar a qualidade dos serviços e especialização da equipe médica.