Não podemos subestimar a eficiência energética

Os investimentos globais em eficiência energética chegarão a US$5,8 trilhões de dólares até 2030, com investimentos anuais de US$385 bilhões, reduzindo em um terço a demanda mundial de energia até 2040, enquanto a economia deve crescer em 150%. Iniciativas em eficiência energética geram mais empregos, reduzem os custos operacionais das empresas, fortalece a segurança energética e reduz as emissões de gases de efeito estufa. No Brasil, através do Programa de Eficiência Energética da Aneel, usando 0,25% da receita líquida operacional das concessionárias de distribuição de energia, oferece recursos para projetos de eficiência energética apenas com correção monetária e juro zero (sim, juro zero – isso existe no Brasil). Porém, ainda não é o suficiente para motivar e crescer o mercado de eficiência energética no país. Obviamente, que a qualificação profissional é chave nesse mercado.

Os investimentos em edifícios energeticamente eficientes de atingir a marca de US$125 bilhões até 2020. Na construção civil os investimentos somaram US$90 bilhões em 2014. Os edifícios e shopping centers são responsáveis por 40% do consumo de energia e 30% das emissões de gases de efeito estufa, de acordo com as Nações Unidas. A maioria das emissões de gases do efeito estufa vêm do ar condicionado e iluminação. Os data centers e equipamentos de informática são responsáveis pelo consumo de 1,5% da energia global e por 2% da emissão de gases do efeito estufa, de acordo com o Greenpeace.

O setor industrial consume cerca de 50% da energia mundial, segundo a agencia americana de energia. Em 2013, 41% da energia gerada foi a partir do carvão. Felizmente, o Brasil tem uma matriz energética mais limpa, com a energia de base apoiada em usinas hidrelétricas e com o crescimento de geração de eólicas e fotovoltaicas.

Nos últimos 25 anos, projetos de eficiência energética economizaram US$5,7 trilhões em gastos de energia. Considerada como fonte virtual de geração de energia cria múltiplos benefícios para governos, empresas e famílias, sendo fundamental para iniciativas para minimizar as mudanças climáticas.

Esse mercado abre excelente oportunidades para inovação e startups, incluindo novos dispositivos de Internet of Things (IoT), Big Data e automação, para ajudar a reduzir o desperdício de energia.