Redefinindo a indústria brasileira

O Brasil continua bem na foto e ainda atrai investimentos do exterior. Entretanto, a política de sustentação que o governo está adotando pode nos complicar no futuro.

Nossa péssima infraestrutura de transporte, a baixa qualificação  e alto custo da mão-de-obra, o forte intervencionismo do governo que gera incertezas e o alto custo da energia vêm, gradativamente, desestimulando os investimentos.

Os incentivos para o pleno emprego e manutenção do consumo vem causando sérios prolemas para a indústria e para a inflação. O mecanismo é simples: o mercado de trabalho aquecido eleva os salários; O setor de serviços, protegido da concorrência externa, repassa o custo dos salários para os preços, que eleva a inflação. As empresas competem pelos trabalhadores mais qualificados, que pressiona a alta de salários e os custos da indústria. Como a indústria não consegue repassar o aumento de seus custos, devido a concorrência dos produtos importados, ocorre a queda da competitividade e a redução dos investimentos.

Nossa indústria tem que investir na transformação de seus negócios, criando um novo portfólio de negócios com projetos de inovação. Investir para competir com produtos fabricados na Ásia inibe enxergar oportunidades de novos negócios para os consumidores brasileiros.

Insisto em dizer que toda empresa precisa desenvolver um portfólio de novos negócios para apoiar o seu crescimento identificando novos produtos e novos mercados. Um movimento coordenado pelas associações de classe das empresas definindo com o governo as prioridades de investimentos irá redefinir o mercado para a indústria brasileira.