Setor de serviços (50,2% dos empregos) vem perdendo força, rompendo o círculo virtuoso de expansão

As empresas de prestação de serviços responderam por 50,2% do 1,65 milhão de postos de trabalho com carteira assinada criado em 2012 no país. O segmento de serviços privados não financeiros, que reúne as atividades de prestação de serviços, exceto serviços financeiros e públicos, abriu 606 mil novos postos de trabalho em 2012, mantendo ao longo do ano uma média mensal de 12,2 milhões de empregos.

Apesar disso, um aspecto preocupa: o grande gerador de empregos no país vale dizer, o setor de serviços privados não financeiros, vem perdendo força. Basta observar que a taxa de crescimento do emprego nesse setor passou do patamar de 7,5% registrado em 2011, para o patamar de 5,2% no ano passado. No último trimestre do ano passado, o crescimento foi de apenas 4,1% em relação a igual período de 2011.

A desaceleração do crescimento do emprego no setor de serviços pode estancar o processo de ampliação da renda das famílias, impondo restrições ao crescimento do consumo e, portanto, da atividade econômica. Sem os novos empregos e salários gerados no setor de serviços, o consumo de bens industriais e as vendas do comércio não crescem ao mesmo ritmo, rompendo o círculo virtuoso de expansão.

(Valor Econômico)