Serviços diferenciados (Diffserv)

A Internet atual atende requisições de aplicações e as encaminha num esquema de serviço best-effort. Neste contexto, o IETF (Internet Engineering Task Force) vem realizando esforços no sentido de padronizar mecanismos e arquiteturas que conduzam ao oferecimento de um nível diferenciado de serviços na Internet. É neste cenário que surgem os Serviços Diferenciados.

Os Serviços Diferenciados constituem um dos padrões propostos pelo IETF, que buscam proporcionar um melhor controle sobre o tráfego na Internet. Neste tipo de serviço, níveis de prioridade são definidos, visando oferecer garantia por fluxos agregados. A garantia por fluxos agregados constitui algo interessante, pois o número de fluxos individuais com QoS habilitada pode ser muito alto.

É feita a marcação e o policiamento dos pacotes que chegam no primeiro roteador, de acordo com um perfil de serviço contratado. Para a realizar essa marcação, existem várias propostas de PHB (Per-Hop Behaviour) que podem ser implementadas. Esses PHB’s definem o procedimento de encaminhamento a ser aplicado aos pacotes, sendo que não necessitam de disciplinas de enfileiramento. O PHB definido para um determinado fluxo é indicado através de um bit ligado no cabeçalho do pacote. A largura de banda é o recurso requisitado e alocado.

Um esquema um pouco mais elaborado para gerenciar as classes de serviço é chamado encaminhamento garantido. A figura mostra uma forma possível de processar pacotes no esquema de encaminhamento garantido. A etapa 1 consistem em classificar os pacotes em uma das quatro classes de prioridade. Essa etapa poderia ser feita no host transmissor (como mostra a figura( ou no roteador de ingresso (o primeiro).

A etapa 2 é a marcação dos pacotes de acordo com sua classe. É necessário um campo de cabeçalho para esse propósito. Felizmente, há um campo de 8 bits Type of Services disponível no cabeçalho IP. A RFC 2597 especifica que seis desses bits devem ser usados para a classe de serviço, deixando espaço de codificação para classes de serviço históricas e futuras.

A etapa 3 consiste em fazer os pacote passarem por um filtro modelador;regulador que pode retardar ou descarta alguns deles para modelar os quatro fluxos em forma aceitáveis; por exemplo, usando o balde furado.