Áreas prioritárias para a implantação da IoT no Brasil

O estudo de mercado realizado por um consórcio de empresas contratado pelo BNDES apontou, preliminarmente, três áreas prioritárias para alavancar o desenvolvimento do IoT no Brasil: cidades inteligentes, saúde e área rural. O estudo reúne especialistas de vários setores que através de uma metodologia elegem áreas prioritárias. Cidades inteligentes e saúde são áreas em pleno desenvolvimento para IoT no âmbito global, assim como automação residencial, lojas, logística e manufatura (Indústria 4.0), o interessante foi a inclusão da área rural entre as três prioridades mais importantes. Entretanto, para o Brasil isto faz bastante sentido devido ao desenvolvimento do nosso agronegócio. Atualmente, nosso gado já utiliza tags para a identificação, entre outras funções, da composição da ração para cada animal. A colheita em muitas fazendas já é realizada por colheitadeiras equipadas com GPS para aumentar a produtividade. Tendo em vista a grande competitividade internacional e medidas de proteção de mercado de alguns países, o Brasil deve aperfeiçoar os mecanismos de rastreamento desde a origem até o consumidor final dos nossos produtos, principalmente, os perecíveis.

Atualmente, a Internet chega ao campo com facilidade através de sistemas de satélite a custos bastante competitivos, como o serviço Hughesnet. Localmente, é possível estabelecer redes locais como LoRa, uma rede sem fio de baixa potência (LPN, Low-Power Network) projetada para permitir comunicações de longo alcance para baixa taxa de bits entre objetos conectados (as coisas do IoT), como os sensores.

Já temos algumas startups que trabalham com agricultura de precisão no Brasil. Espero que com os resultados dos estudos sobre IoT elas possam receber novos aportes.

O sucesso de uma tecnologia depende de como ela se incorpora nas soluções para resolver os problemas das pessoas e empresas, incluindo preço e disponibilidade.

Há três ou quatro anos atrás nos projetos de IoT tínhamos o desafio de montar os ambientes para adquirir os dados dos dispositivos remotos, hoje estes serviços já estão disponíveis por demanda nos principais serviços de data centers, como AWS da Amazon, Google Cloud e Azure da Microsoft. Ainda precisamos desenvolver os dispositivos, entretanto lembro que basta uma implementação embarcada nos chips para resolver este problema, como foi o caso do rádio em celulares, hoje já incorporado no chip.

A tecnologia de IoT já está desenvolvida e disponível, o desafio é desenvolver a estratégia de implantação, porém temos boa experiência nisto, como foi o caso dos freezers, fornos de micro-ondas, rede de dados para fornecedores, integração do sistema bancário, entre outros.

O quadro abaixo mostra as linhas prioritárias do estudo até momento:


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