A Lei do Bem e a inovação

Quem inova tem incentivos do governo através de isenções fiscais ou subvenções econômicas pela FINEP – Financiadora de Estudos e Pesquisa – órgão do Ministério da Ciência e Tecnologia – concedidas para a contratação de pesquisadores, titulados como mestres ou doutores, empregados em empresas para realizar pesquisa e desenvolvimento.

Essas isenções e subvenções estão previstas na Lei nº 11.196/2005 de apoio à inovação tecnológica conhecida como a Lei do Bem. A Lei melhora a atratividade de investimentos em inovação e incentiva o registro de marcas e patentes no exterior para proteger o capital intelectual de pesquisa e desenvolvimento realizados no Brasil.

Alguém poderia perguntar por que o governo incentiva a inovação nas empresas sabendo que isso traz enormes benefícios para elas? A inovação aumenta a produtividade, cria novas oportunidades de negócios, abre novos mercados, gera crescimento, criar mais empregos e aumenta a arrecadação de impostos.

Imagine que estamos em um mercado de concorrência perfeita, onde existem muitos vendedores e consumidores para um determinado tipo de produto. Um diferencial importante é o custo final do produto. As empresas que adotaram inovações e usam a Lei do Bem conseguem ser mais competitivas em preço, pois as isenções fiscais e subvenções econômicas conseguem reduzir o preço de vendas sem alterar a margem de lucro.

Seguindo essa lógica de superar a concorrência pela inovação e usando a Lei do Bem, nossa indústria teria um crescimento expressivo. O desenvolvimento de produtos inteligentes utilizando tecnologias de Internet of Things e projetos de sustentabilidade ambiental oferecem inúmeras oportunidades de inovação.

A inovação requer um processo estruturado para garantir a execução de uma ideia. As empresas adultas possuem muitas práticas de gestão de seus processos de negócios, entretanto, pela minha experiência, pouca possuem um processo formal de inovação.

A ausência de um processo de inovação cria obstáculos para definir novos produtos e práticas de gestão de negócios inovadoras, dificultando a redução dos custos de desenvolvimento e produção usando a Lei do Bem.

Ser competitivo significa explorar todas as oportunidades de redução de custos de desenvolvimento, produção, logísticas, vendas e processos administrativos e financeiros. Isso se faz com inovação.