A zona de conforto atrapalha o empreendedorismo

Muitas pessoas criativas e bem sucedidas no emprego sonham em empreender. Conhecem o negócio que atuam e possuem uma boa rede de relacionamento que poderia alavancar um negócio. Alguns elaboram planos de negócios e avaliam oportunidades. Muitos negócios se mostram atrativos. Então por que não empreender? A resposta está na maldita zona de conforto.

Às vezes converso com executivos altamente capacitados que se mostram frustrados por verem empresários menos capacitados ganhando mais dinheiro e tendo melhor qualidade de vida do que eles. Em alguns casos, são contratados por eles para a execução de um projeto ou de um serviço terceirizado.

Muitos executivos alegam que trabalham tanto que falta tempo para pensar no futuro da carreira e de novas atividades mais rentáveis e que compatibilizem mais tempo para a família e lazer.

Pessoalmente, acredito que existam dois fatores fundamentais que impedem o empreendedorismo: garantia do salário no final do mês e o status quo da posição que ocupa na empresa, principalmente se for uma grande empresa de boa reputação nacional e internacional.

Esses fatores criam uma zona de conforto que impede o empreendedorismo.

Muitos se assuntam com a complicada burocracia e os altos tributos pagos no Brasil que tanto atormentam a vida do empresário. Os períodos de instabilidade econômica do mercado também criam insegurança.

Por outro lado, esses problemas também são enfrentados pelas grandes empresas e em alguns casos a saída é a redução do quadro de funcionários.

Quem fica na zona de conforto e não está ativamente observando o mercado terá enormes dificuldades para reposicionar em situações de crise.

Por sua vez, o empreendedor desenvolve habilidades para prospectar novos negócios e se adaptar a novas situações rapidamente.

Minha sugestão é a prática constante do empreendedorismo, mesmo dentro da empresa. Tornando isso uma rotina você terá vários benefícios: maior motivação para o trabalho; novas oportunidades de trabalho na empresa; aumento do nível de empregabilidade, menos estresse pela manutenção do emprego; e, se desejar, começar uma carreira solo como continuidade natural da sua carreira.

Empreenda!