Como o EDI pode ajudar as empresas em suas relações comerciais e quais os padrões mais utilizados?

O intercâmbio eletrônico de dados (EDI – Electronic Data Interchange) entre empresas agiliza o processo de troca de informações e reduz os custos das operações da cadeia produtiva. A troca de dados é feita através de formatos de mensagens padronizadas pelas comunidades de negócios. Para apoio a globalização permitindo que toda e qualquer empresa possa trocar informações de negócios, as Nações Unidas (ONU) desenvolveu um formato de mensagem comum para ser utilizado por todas as comunidades de negócios – o EDIFACT. A estrutura tecnológica para a troca de mensagens exige a padronização dos formatos e o uso de protocolos de comunicação de dados. Para apoio a essa estrutura, empresas prestadoras de serviços de comunicação (VAN – Value Added Network) oferecem a base tecnológica necessária.

O EDI é adotado pelas empresas para a integração de sua cadeia de suprimentos, seus distribuidores, suas relações com governos e com os bancos comerciais, estando dentro da relação chamada business-to-business. As aplicações mais comuns são: pedido de compra; aviso de expedição; faturas; ordens de pagamento; confirmação de recepção; e, aviso de disponibilidade. Como exemplo de redução dos custos das operações da cadeia produtiva, a empresa americana RJR Nabisco gastava 70 dólares para o processamento de uma “Ordem de Compra” e após a introdução de um sistema de EDI o custo foi reduzido para 93 centavos de dólar.

Na área de formatos das mensagens as mais utilizadas são: o ANSI X.12 na América do Norte e Japão e o ODETTE na Comunidade Europeia. No Brasil, o formato RND da indústria automobilística integra a cadeia de suprimentos. Existem vários formatos adotados por comunidades de negócios no mundo inteiro. Essa variedade dificulta o intercâmbio eletrônico entre diferentes comunidades, gerando uma barreira no comércio entre empresas no mundo. Para resolver essa questão a Organização das Nações Unidas (ONU) desenvolveu e fomenta a implementação de um formato universal de mensagens para EDI. Desse movimento nasceu o formato EDIFACT (EDI for Administration, Commerce and Trade). Praticamente, todos as comunidades de negócios internacionais já se comprometeram na adesão ao novo formato. Para agilizar esse processo foram desenvolvidos conversores de formatos.

Várias tecnologias de transmissão de dados são utilizadas para transporte das mensagens de EDI. Algumas empresas criaram uma infraestrutura proprietária para troca de dados com seus fornecedores e distribuidores. Outras utilizam os serviços de infraestrutura das VAN. No Brasil, o serviço STM-400/EMVIA da EMBRATEL foi um dos pioneiros no serviço de VAN, utilizando uma rede de comunicação X.25. À medida que o negócio de EDI foi se desenvolvendo outras empresas passaram a atuar no mercado destacando-se: a Interchange, GEIS, IBM e a Associação Comercial do Comércio.

Com o objetivo de redução dos custos de comunicação a nível nacional e internacional as empresas irão utilizar a Internet como meio de transporte das mensagens EDI, utilizando mecanismos de segurança para proteger a confidencialidade dos dados.