Buscar um novo emprego ou empreender?

A economia global está em um acelerado processo de mudanças, criando novos negócios e transformando a relação capital-trabalho. A tecnologia da informação muda o comportamento das pessoas, tanto no trabalho como na vida pessoal. Muitas pessoas não entenderam isso e ainda tentam adotar o velho modelo no mercado de trabalho. Os sindicatos lutam para garantir o emprego e as empresas tradicionais enfrentam uma enorme dificuldade para se desapegar de velhos paradigmas e continuam com velhas estruturas organizacionais. O governo legisla com antigas leis trabalhistas e os parlamentares criam novas leis para dar sobrevida ao antigo modelo de trabalho. As Universidades formam mão de obra para profissões ainda existentes. Isso faz com que as pessoas enxerguem o emprego como a única forma de trabalho. Esse cenário cria grandes obstáculos para o desenvolvimento de novos negócios e profissões alinhados com a nova economia global.

A proteção excessiva aos trabalhadores não gera inovação. Gera acomodação. Novas conquistas e crescimento são motivados por desafios. Em ambientes de poucos desafios existe desanimo, baixa criatividade e baixa competitividade. Devido à cultura do emprego e da mão protetora do Estado aumentamos o descompasso de desenvolvimento com outros países que já entenderam as transformações que o mundo está passando. Se durante a crise econômica global de 2008 não tivéssemos adotado um excessivo protecionismo ao emprego no Brasil, talvez estivéssemos com crescimento econômico acelerado e não amargando uma recessão.

Se o Governo tivessem utilizado os recursos do Estado para incentivar a inovação e o empreendedorismo, hoje já estaríamos colhendo os frutos do investimento com novas empresas, novas profissões, novos processos de negócios e, principalmente, uma cultura de empreendedorismo. Característica fundamental para o crescimento das nações.

Perdemos o passo em 2008. Não podemos perder o passo agora. Existe um contingente de mão de obra especializada disponível no mercado em função da redução da atividade econômica. O desafio é transformar as competências técnicas e gerenciais disponíveis para desenvolver novos produtos e mercados.

Imagine reunir em um local com infraestrutura adequada, especialistas e executivos para pensar em novos produtos e mercados dentro de um regime de remuneração especial a título de antecipação de lucro futuro. As empresas evitariam gastos excessivos na contratação de consultorias de grife e teriam empreendedores altamente motivados.

Os próprios profissionais, ao invés de buscar empregos de forma solitária, poderiam se organizar para desenvolver novos produtos e buscar investimentos nas empresas, conseguindo trabalho em bloco.

Acredito que pela nossa antiga cultura de emprego estamos vendo apenas as dificuldades da atual crise econômica do país, ao invés de enxergarmos as grandes oportunidades que se abrem com a transformação da economia global.

Para ajudar nesse processo de transformação desenvolvi um curso online gratuito sobre inovação [ assista o curso ] e me disponho a criar ambientes de colaboração exclusivos para grupos de empreendedores discutirem ideias no site www.efagundes.com.