Contexto
Governança corporativa é a coleção de mecanismos, processos e relações pelos quais as empresas são controladas e operadas. As estruturas e os princípios de governança identificam a distribuição de direitos e responsabilidades entre os diferentes participantes da corporação (conselho de administração, diretores executivos, gerentes, acionistas, credores, auditores, reguladores e outras partes interessadas) e incluem as regras e procedimentos para tomadas de decisão em assuntos corporativos. A governança corporativa é necessária para evitar conflitos de interesses entre as partes interessadas, principalmente entre os acionistas, a alta administração, entre os acionistas e entre outras partes interessadas.
Os quatro princípios fundamentais da governança corporativa são: (1) transparência; (2) prestação de contas; (3) responsabilidade corporativa; e, (4) equidade.
Com o crescente interesse de pequenos investidores e fundos de investimentos em startups, é necessário desenvolver processos simples e ágeis para oferecer transparência e prestação de contas aos investidores e demonstrar responsabilidade corporativa e equidade dos empreendedores que recebem as rodadas de investimentos.
As startups bem-sucedidas atingem a maturidade seguindo, basicamente, quatro fases: (1) ideação; (2) validação (Minimum Viable Product, MVP); (3) tração (Product Market Fit, PMF); e, (4) escala.
Cada fase está apoiada em quatro pilares: (1) estratégia; (2) pessoas e recursos; (3) tecnologia e propriedade intelectual; e, (4) processos e responsabilidade (accountability).
A fase de ideação é onde a startup tem a ideia e o entendimento do problema que pretende resolver. É a fase de concepção e de união entre as pessoas para desenvolver uma empresa. Nesta fase, o negócio pode ainda não ter atividade operacional e nem existência do ponto de vista jurídico. Existem alguns fundos subsidiados para atender esta fase de empreendedorismo, como o PIPE-1 da FAPESP (Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de São Paulo) que libera até R$200 mil para validar a ideia.
Na fase de validação, o produto, o mercado alvo e modelo de negócio deve entrar em experimentação, respondendo às incertezas que foram mapeadas na fase de ideação. As hipóteses da primeira fase deverão ser testadas. A empresa, nesta fase, deve estar formalizada, em atividade operacional para poder receber os primeiros aportes de recursos de terceiros.
Na fase de tração, com o produto ou serviço já validado, inicia o desafio para conquistar clientes e aumentar o faturamento, muitas vezes com capital de terceiros, os princípios de transparência, prestação de contatos, responsabilidade corporativa e equidade deverão estar presentes na operação da startup. Após passar pelo “Vale da Morte”, logo depois das fases de ideação e validação, a prioridade é construir uma base sólida para o crescimento exponencial da empresa.
A fase de escala é onde a empresa, já estabelecida, tem o desafio de crescer em ritmo acelerado, explorando novas oportunidades de negócios, a expansão geográfica do negócio, de acordo com o planejamento estratégico. Nesta fase, as práticas de governança corporativa devem estar consolidadas para garantir a continuidade e prosperidade do negócio.
Introduzir os fundamentos de governança corporativa nas primeiras fases da startup leva confiabilidade para os investidores e aumenta as chances de investimento no início da operação da empresa.
A adoção das melhores práticas de governança corporativa nas empresas familiares de capital fechado é importante para mantê-la competitiva e com capacidade para se reinventar, constantemente. A profissionalização da gestão na 1ª geração da empresa, assegura uma fácil transição para a próxima geração e assim sucessivamente.
Em resumo, as práticas de governança corporativa, obrigatório para empresas de capital aberto que participam da bolsa de valores, também são aplicáveis e úteis para startups e empresas familiares, trazendo mais confiança para investidores, melhor satisfação para clientes, melhor eficiência operacional e mitigando os problemas de transição de uma geração para outras em empresas familiares.
Serviço
Treinamento, mentoria e desenvolvimento de programa de governança corporativa.
Background de Eduardo Fagundes
- Graduação em Engenheiro Elétrica (PUC-RS);
- Especialização em Telecomunicações (FAAP);
- Mestrado em Ciência da Computação/Engenharia Elétrica (Mackenzie)
- Extensão universitária em Leadership & Business pela Darden School of Business da Universidade da Virginia (US);
- Autor do livro “Como ingressar nos negócios digitais”, patrocinado pelo SEBRAE Nacional;
- Autor do e-book “Orçamento e custeio para serviços de tecnologia da Informação”, Amazon Kindle;
- Coordenador acadêmico do curso online sobre Eficiência Energética (64 horas) patrocinado pela ENEL Distribuidora São Paulo (2020);
- Pesquisador FAPESP/Infra Solar no projeto para otimização de recarga de baterias com energia limpa e logística de posicionamento usando aprendizado de máquina e modelos preditivos para equipamentos de mobilidade individual elétricos nos centros urbanos, usando redes neurais artificiais e algoritmos genéticos. Processo: 2019/09026-9. Programas de Inovação Tecnológica/ IPE, Fase 1 – 2º Ciclo/2019, vigência: 2019-2020, em desenvolvimento;
- Pesquisador FAPESP/Sutservices no desenvolvimento de uma metodologia de classificação de potenciais compradores de seguros em redes de varejistas físicos e online, usando redes neurais artificiais e estatística de varredura espacial bayesiana. Processo: 2018/15321-0. Programa de Inovação Tecnológica/PIPE, fase 1 – 3º Ciclo/2018, vigência: 2019-2020;
- Pesquisador ANEEL/EMAE/Universidade Presbiteriana Mackenzie no projeto de análise preditiva baseada em inteligência artificial para sistemas supervisórios de usinas hidrelétrica. Processo: 00393-0008/2017, vigência: 2017-2019;
- Professor da disciplina de Gestão Estratégica de Negócios e BI (Data-driven Bussines) do curso de pós-graduação em Marketing Digital da Universidade Presbiteriana Mackenzie (atual);
- Professor da disciplina Governança Corporativa do curso de pós-graduação Compliance Digital, EaD e presencial, da Universidade Presbiteriana Mackenzie (atual);
- Professor da disciplina de Governança de Segurança Cibernética do curso de pós-graduação em Inteligência e Segurança Cibernética da Universidade Presbiteriana Mackenzie (atual);
- Professor do curso online sobre Cidades Inteligentes no Fórum Cidades Inteligentes (www.forumcidadesinteligentes.info) (atual);
- Professor da disciplina Negócios Sustentáveis do MBA em Gestão Estratégica de Negócios da FIAP (2012-2019);
- Vice-presidente de Inovação da SUCESU-SP (2012-2016);
- Professor da disciplina de Processos de Inovação do pós-MBA em Inovação da HSM Educação, orientado por Vijay Govindarajan (2011-2014);
- Fundador da nMentors, empresa especializada em cursos à distância (2008-atual)
- Diretor de tecnologia da informação (CIO) da holding de energia AES Brasil (2005-2008), incluindo AES Eletropaulo (energia, + 6 milhões-consumidores, são Paulo), AES Sul (energia, + 1,2 milhões-consumidores, Rio Grande do Sul), AES Tietê (energia, 2,6 gigawatts), Eletropaulo Telecom (telecomunicações, São Paulo) e AES.com (telecomunicações, Rio de Janeiro);
- Gerente de infraestrutura de TI e desenvolvimento de sistemas da Ford South America (1996-2005);
- Gerente de telecomunicações e data center da Autolatina, uma joint venture entre a Ford e a Volkswagen na Argentina e no Brasil. (1990-1995).