Hierarquias de protocolos

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No início dos anos 60 foram criados os primeiros protocolos de comunicação BSC-1 (Bynary Synchronous Communications) para transmissão de informações remotas em batch, e BSC-3 (ou poll select) que permitia a integração do usuário com o sistema através de terminais, ou seja, o processamento on-line. Esses avanços tecnológicos proporcionaram um alto grau de conectividade para os sistemas da época, impulsionando novos avanços. A partir desse ponto, foram desenvolvidos vários tipos de mainframes para disputar o mercado, cada um deles utilizava uma arquitetura de rede própria e incompatível entre si, como por exemplo o SNA (IBM), o XNS (Xerox) e o DECNET (Digital).

Os problemas começaram a surgir quando os usuários tiveram necessidade de interconectar os diferentes sistemas entre si, evidenciando assim as incompatibilidades: os aplicativos, placas de memória, expansões de terminal, placas controladoras e demais componentes geralmente só funcionavam se pertencessem ao mesmo fabricante do mainframe, fazendo com que os usuários ficassem praticamente “presos” a um único fornecedor.

Esses sistemas proprietários foram assim criados para forçar barreiras de mercado contra a competição, gerando mercados cativos para cada fornecedor. Sistemas desse tipo são conhecidos como sistemas fechados, pois não existe uma padronização consensual para os protocolos executados, que normalmente são conhecidos somente pelo fabricante.

Um dos problemas que surge é se uma empresa adquire outra empresa com um tipo diferente de sistema. Ambos vão querer se comunicar, e as incompatibilidades se tornam difíceis de superar.  Para resolver esse problema iniciou-se a busca de sistemas abertos para resolver os problemas de conexão, integração de aplicações e transparência no acesso às informações. Os sistemas abertos são baseados em definições públicas e consensuais de interfaces, dessa forma, o usuário possui liberdade para escolha de fabricante de equipamento, banco de dados, protocolos utilizados e outros componentes que, obedecendo a certos padrões, garantem a portabilidade das aplicações em diferentes plataformas. Daí vem o maior benefício dos sistemas abertos: liberdade de escolha de plataformas de hardware e software, assim, o cliente pode concentrar mais sua atenção às aplicações críticas do seu negócio, sem estar limitado à oferta de um único fornecedor.

Em cada camada, diversas funções poderão ser realizadas:

  • Multiplexação: utiliza uma conexão-(N-1) para suportar diversas conexões-(N);
  • Demultiplexação: Função inversa a Multiplexação;
  • Partição: utiliza uma ou mais conexão-(N-1) para suportar uma conexão-(N);
  • Recombinação: Função inversa a Partição;
  • Controle de Fluxo: controla o fluxo de dados entre camadas ou internamente a uma camada;
  • Segmentação: associa a uma unidade de dados de serviço a múltiplas unidades de dados de protocolo;
  • Remontagem: Função inversa a segmentação;
  • Blocagem: associa múltiplas unidades de dados de serviço a unidades de dados de protocolo;
  • Deblocagem: Função inversa a Blocagem;
  • Concatenação: associa múltiplas unidades de dados de protocolo a uma unidade de dados de serviço;
  • Separação: Função Inversa a Concatenação;
  • Roteamento: traduz o Título Global de uma entidade ou o endereço do Ponto de Acesso a Serviço.