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Ainda não exploramos as vantagens da diversidade nas Universidades e nas empresas

O financiamento estudantil, as cotas para negros nas Universidades, a forte pressão para o empoderamento das mulheres nas organizações e os programas de inclusão social podem ser polêmicos e gerar acaloradas discussões entre defensores e opositores, porém eles estão aí, fazem parte de programas de governo (independentemente de partidos políticos) e devem cumpridas. Sendo assim, temos que explorar ao máximo suas vantagens e aproveitar as oportunidades para criar um modelo de ensino mais participativo e novas práticas de negócios que considerem a diversidade como um fator de desenvolvimento econômico e social.

A Universidade tem o objetivo de desenvolver as pessoas em várias perspectivas técnicas e humanas, não apenas na área de concentração escolhida pelo aluno. Um bom engenheiro deve considerar as questões de sustentabilidade ambiental, impactos sociais e econômico na sociedade de seus projetos, além das questões técnicas. No passado, a percepção dos universitários era prejudicada pelo pouco ou nenhum contato com as pessoas menos favorecidas. Exceção daqueles alunos que fizeram o ensino fundamental e médio em escolas públicas ou que participaram de programas sociais como voluntários.

A altíssima concorrência para ingresso nas Universidades públicas ou o caríssimo custo de bancar uma Universidade particular elitizou o ensino e criou um estilo de ensino orientado para alunos com boa formação e estilo de vida acessível para poucos. Alunos com poucas diferenças de comportamento, ideias e percepção do mundo. As mulheres, em alguns cursos, eram minoria e tinham que aceitar os padrões de ensino orientados para os homens.

Situação similar era praticada nas organizações. Poucas mulheres eram vistas em cargos técnicos e muito menos em posições gerenciais. Infelizmente, ainda esse cenário está presente em várias empresas.

Os programas sociais e a nova consciência de pluralismo e diversidade da sociedade quebraram os paradigmas existentes. Essa nova realidade não pode ser ignorada por professores e altos executivos de empresas, sob o risco de suas funções perderem relevância na formação das pessoas e consumidores.

Temos alguns relatos que professores reduzem o grau de exigência de suas avaliações sob o pretexto de ajustarem seu curso aos alunos cotistas. Confesso que tenho dúvidas desses relatos, pois isso demonstraria uma profunda incompetência dos professores em não conseguir aproveitar a diversidade em sala de aula para aumentar o desempenho dos alunos e de criar mecanismos para suprir eventuais pré-requisitos necessários para alunos de baixo desempenho superarem os desafios de suas aulas.

Isso vale para o mundo corporativo. Tenho relatos que algumas empresas só contratam estudantes de Universidades de grande reputação nacional. Aqui fica a pergunta, como entender as necessidades das grandes massas de consumidores se seus funcionários não têm percepções limitadas dessas necessidades? Lembrando, que poucas empresas sobreviverão vendendo apenas classes de alto padrão de consumo. Afinal, o mercado de luxo é para poucos.

O fato é que ao invés de ficarmos com discussões sobre a validade ou não das cotas e formas de inclusão social, temos que focar em soluções para transformar nossa visão e práticas para maximizar as oportunidades que surgem com a diversidade e as mudanças da sociedade.

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