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As oportunidades da computação cognitiva e Big Data no mercado fintech

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O mercado de tecnologia para serviços financeiros (fintech) aumentou de US$11 bilhões em 2014 para US$20 bilhões em 2015. A tecnologia financeira está associada a inovação em serviços financeiros. As startups fintech têm o objetivo de criar negócios disruptivos para quebrar os tradicionais serviços oferecidos pelo sistema financeiro atual. Investimentos baseados em crowdfunding, empréstimos peer-to-peer, micro empréstimos e serviços de consultoria financeiro são algumas das modalidades de serviços fintech. O grande desafio é criar serviços que ofereçam facilidades, melhores rendimentos e segurança para os investidores. Neste contexto, a computação cognitiva e Big Data são ferramentas ideias para atuar no mercado fintech.

Uma das grandes tendências em 2015 foi o investimento em fintechs pelas instituições financeiras em incubadoras, aceleradoras, laboratórios, talentos, parcerias, aquisições e fusões de empresas digitais e fundos de riscos.

Em Londres, onde 40% dos empregos estão em serviços e tecnologia financeira, as empresas fintech mais conhecidas são FundingCircle, NutMeg e TransferWise. As empresas londrinas receberam, em 2014, US$539 milhões de US$1,5 bilhões que foram distribuídos para empresas europeias. Entre elas, Amsterdã recebeu US$306 milhões e Estocolmo US$266 milhões. Nos últimos 10 anos, Estocolmo foi a cidade na União Europeia que mais recebeu investimentos em fintechs. O banco espanhol BBVA investiu US$68 milhões no banco Atom.

Nos Estados Unidos existem inúmeras startups fintech, Money.Net, Betterment, Lending Club, Behalf, Prosper, SoFi, Square, Stripe entre outras. Um estudo da EY de 2016 aponta que a Califórnia é a melhor classificada em talentos e capital e Nova York para demanda de serviços.

Na região da Ásia-Pacífico, foi criado um centro de tecnologia financeira em Sydney na Austrália em 2015. Em Hong Kong também foi lançado um centro de inovação para fintech.

As novas tecnologias de computação cognitiva (Learning Machine), Big Data e ferramentas analíticas são fundamentais para as fintechs. Elas podem ser o centro dos negócios de empresas de consultoria para investimentos e para seguros dos mais variados. Como o acesso a essas tecnologias é, relativamente, fácil e têm uma excelente relação custo-benefício, basta reunir um grupo de talentos e criar um startup para consultoria financeira.

O acesso fácil a ambientes de Cloud Computing permite criar aplicações robustas com alta disponibilidade, essenciais para qualquer negócio fintech, com excelente relação custo-benefício e escaláveis.

Até esse ponto, o que precisamos são de talentos que desenvolvam novos modelos de negócios no mercado financeiro. Acredito que o Brasil tem um tremendo potencial no mercado fintech.

Obviamente, existem desafios. Um deles é atender a regulamentação do setor que é pouco flexível para novos negócios, incluindo penalidades para certos serviços, como para empréstimos peer-to-peer.

Outro ponto é confiabilidade dos serviços. Na China, o serviço Ezubao de empréstimos peer-to-peer depois de coletar mais de US$7,6 bilhões de 900.000 investidores antes de ter seus executivos presos por má gestão. Outra preocupação são os fundos crowdfunding para investimentos. A empresa inglesa Rebus faliu depois de captar cerca de US$1,2 bilhão de 109 investidores dentro da plataforma de crowdfunding Crowdcube em 2015.

Temos ainda muitos desafios no mercado de fintech, entretanto é uma tendência que deve estar no radar de todos os investidores e empreendedores. Acredito que no Brasil o caminho é criar startups de fintech para consultoria financeira baseada em computação cognitiva e Big Data. Temos talentos, alguns fora do mercado financeiro, para iniciar um movimento de ruptura do modelo atual.

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