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Como superar obstáculos para transformações culturais nas organizações

A tecnologia tem um impacto profundo em todos os negócios, desde a manufatura com impressão 3D até os pequenos negócios que prosperam com vendas online. O grande desafio para as empresas é se adaptar aos novos negócios. Existem vários obstáculos a serem vencidos, tais como: excessiva hierarquia organizacional; a cultura do “aqui quem manda sou eu”; falta de percepção das mudanças do mercado; e, falta de competências adequadas. Como diz o ditado, é fácil falar, mas difícil fazer. Todos nós sabemos o que tem que ser feito para a mudança cultural das organizações: (1) conhecer o que fazer; (2) saber como fazer; e, (3) executar. A última fase é onde encontramos os maiores obstáculos. Existem algumas ações recomendadas para isso, porém uma é essencial: liderança motivacional.

Existem quatro coisas que sabemos que precisam ser feitas para as mudanças organizacionais: (1) redução dos níveis hierárquicos; (2) empoderamento dos empregados; (3) trabalhar muito próximos aos clientes; e, (4) treinamento.

O primeiro desafio é encontrar a estrutura mínima necessária para operar o negócio. Temos que avaliar como delegar as responsabilidades para os subordinados para obter o máximo de eficiência organizacional. Temos que desenhar e monitorar todas as atividades dos processos e buscar, continuamente, formas de melhora-las e de tal forma a buscar a satisfação dos clientes. Temos que considerar que o desenvolvimento pessoal é responsabilidade do indivíduo, a empresa pode oferecer as ferramentas e incentivos, mas não assumir a responsabilidade. Os empregados, em qualquer nível, devem se adaptar as necessidades do mercado, que por sua vez passam a atender as necessidades da empresa.

Minha visão é que as empresas terão gerentes responsáveis pelas decisões corporativas, gerentes de pessoas e processos, e cada empregado se auto gerenciará para executar as decisões tomadas.

A Teoria X, que se concentra na ordem e na disciplina para atingir os resultados, está morta há muito tempo e, definitivamente, foi substituída pela Teoria Y que foca na busca dos resultados como um processo natural de amadurecimento da organização, conduzida por líderes inspiradores. Uma empresa que ainda opera baseada na Teoria X com certeza pode substituir seus “chefes” por automação de processos ou serviços de outsourcing, pois não agregam quase nada para a empresa.

Para executar uma transformação cultural nas organizações e transpor os obstáculos, é necessário criar uma “learning organization”, onde as pessoas estejam na vanguarda de conhecimentos sobre os negócios, ambiente e gerenciamento.  É necessário abandonar os procedimentos rígidos e princípios que defendem e protegem o status quo de algumas pessoas e hábitos corporativos. Deve-se criar uma cultura de compartilhamento de informações e colaboração entre as pessoas. Deve-se também criar a cultura de reconhecer os resultados atingidos no processo de transformação.

É ilusão achar que a tecnologia por si só irá transformar os negócios de uma empresa. A real transformação acontece através das pessoas.

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Vivemos um tempo em que decisões estratégicas nas empresas são cada vez mais influenciadas por algoritmos — muitas vezes sem que os conselhos compreendam plenamente seus critérios ou impactos. Este e-book convida conselheiros e líderes a refletirem sobre esse novo cenário, por meio de uma narrativa acessível que acompanha a jornada de um conselho diante da inteligência artificial. Com o apoio simbólico do personagem Dr. Algor, os conselheiros descobrem os riscos éticos, os dilemas da automação e a importância da supervisão consciente. Não se trata de um manual técnico, mas de uma ferramenta estratégica para quem deseja manter sua relevância na era algorítmica. Com lições práticas ao final de cada capítulo e uma proposta de formação executiva estruturada, o livro reforça uma mensagem central: a responsabilidade não pode ser automatizada — e cabe aos conselhos liderar com propósito, antes que a máquina decida por eles.

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