Eduardo M Fagundes

Tech & Energy Insights

Análises independentes sobre energia, tecnologias emergentes e modelos de negócios

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Insurtech: um novo promissor mercado

O significado do termo insurtech é referente a toda a inovação tecnológica desenhada para reduzir custos e aumentar a eficiência do setor de seguros. Uma empresa é chamada de insurtech quando aplica tecnologia para desenvolver modelos de negócios disruptivos, inspirados no conceito de fintechs. O mercado de seguros é bastante maduro para atender aos negócios atuais e existe enormes oportunidades para a inovação para atender os novos negócios que estão surgindo, como carros autônomos, redes de negócios usando blockchain como plataforma segura para troca de dados, novos sistemas proativos para prever sinistros em residências, uso de tecnologia IoT (Internet of Things) para monitoramento de transporte de cargas, entre outras.

O mercado de seguros no Brasil é regulado e as empresas são autorizadas para funcionar com autorização dos ministérios da Fazenda e Saúde. A regulação e fiscalização são realizadas pela SUSEP (Superintendência de Seguros Privados) que controla e fiscaliza os seguros de previdência privada aberta, títulos de capitalização e resseguro; pela CNSP (Conselho Nacional de Seguros Privados) que cuida das normas que regulam as atividades de capitalização, de seguros privados e da previdência privada; pela ANS (Agência nacional de Saúde Suplementar) que gerencia e regulamenta o mercado de planos de saúde; e, pelo IRB (Instituto de Resseguros do Brasil), empresa estatual, que minimiza os riscos ao assumir parte de contratos maiores que a capacidade da empresa seguradora contratada. Todas as empresas de seguros são auditadas e seus demonstrativos financeiros são publicados no portal da Susep. Todos os contratos devem ser realizados através de um corretor de seguros.

A elaboração de uma apólice de seguro pode cobrir um enorme número de proteções, tanto para empresas como para pessoas físicas, sendo altamente customizado. Para simplificar e reduzir riscos, as seguradoras criam categorias de seguros padrão e os corretores tentam encaixar as necessidades dos clientes em um destas categorias, principalmente para seguros de pessoas físicas.

O grande desafio para as empresas de seguro é acompanhar a constante evolução dos novos negócios, as novas tecnologias e as mudanças climáticas. Por exemplo, como refletir no seguro as inovações tecnológicas dos carros com novos dispositivos de segurança, como sensores de distância e estacionamento autônomo? Como avaliar novos planos de saúde a partir das novas descobertas da medicina e o impacto dos novos dispositivos remotos (wearables) que acompanham em tempo real das condições físicas das pessoas?

Estabelecer planos de seguro padrões podem reduzir os riscos, entretanto podem inibir novas oportunidades de coberturas e, consequentemente, reduzir os ganhos.

Somente as tecnologias baseadas em inteligência artificial (IA) podem atender a complexidade de combinações de coberturas para cada caso particular e definir o risco para cada situação. A IA permite criar em tempo real propostas de seguros, considerando todas variáveis possíveis e avaliar o risco de cada combinação de cobertura. Isto cria uma ruptura no modelo tradicional de venda de seguros, aumentando a satisfação dos clientes (e sua retenção), menores riscos operacionais e maiores receitas.

Usando assistentes virtuais, implementados via chatbots e incorporados em redes sociais como o Facebook e Skype. Com isto, as empresas de seguros abrem novos canais de comunicação com os clientes, ampliam as vendas e coletam informações para o aprendizado dos softwares de Machine Learning para aperfeiçoar as ofertas de seguros.

A exemplo das fintechs, que estão revolucionando o mercado financeiro com soluções disruptivas, as insurtechs devem seguir o mesmo caminho, revolucionando o mercado de seguros.

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