Eduardo M Fagundes

Artigos

Coletânea de artigos técnicos e reflexões de Eduardo M. Fagundes publicados entre 2011 e 2017

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Tag: negócios

  • Mude seu plano de negócios e acompanhe o mercado

    Inovação: a chave para sua empresa crescer mais que a economia

    Em 2014 teremos novos desafios na economia com a realização da Copa do Mundo, eleições presidenciais e estaduais, avanço das privatizações da infraestrutura e aumento da inflação. A previsão do Fundo Monetário Internacional é de crescimento de 2,5% na nossa economia. No cenário internacional, continuará a recuperação econômica dos Estados Unidos e Europa e seus reflexos na economia global. O FMI aponta alta de 3,6% na economia global, 5,1% para os países emergentes e de 2% para os avançados.

    As empresas desenvolvem seus orçamentos baseadas nas previsões de crescimento da economia. Se o crescimento esperado é de 2,5% no caso brasileiro, os orçamentos refletirão essa previsão. Então como fazer sua empresa crescer além das previsões da economia? A resposta é através da inovação.

    Para crescer mais que a economia, você deve considerar entrar em novos mercados, produzir e comercializar novos produtos. Se você é fornecedor de produtos ou serviços para outras empresas, deve considerar entrar no mercado dos seus clientes e competir com eles.

    Avalie simplificar seus produtos para atuar em mercados de baixo poder aquisitivo, mas que desejam ter produtos das classes mais favorecidas. Subtraia tudo o que for supérfluo nos produtos, deixando apenas o essencial.

    Aproveitando suas habilidades e competência, avalie desenvolver produtos completamente novos para atuar em mercados inéditos. Se você trabalha na indústria, apure o que seria possível fabricar com suas atuais máquinas. Com certeza você descobrirá novas alternativas para aumentar seus lucros e evitar a ociosidade de pessoal e equipamentos, evitando a demissão de funcionários.

    Busque mercados onde o crescimento é maior do que no Brasil e identifique países e regiões nas quais os consumidores tenham o mesmo perfil dos seus atuais clientes. Isso também é valido para algumas regiões de países desenvolvidos.

    Mova-se. Revise seu plano de negócios frente as mudanças do cenário econômico nacional e internacional. Mantenha-se antenado em tudo que acontecer na economia e na política e avalie qual o impacto no seu negócio.

    Tenha um próspero ano novo.

  • Arte supera a tecnologia no desenvolvimento de softwares

    A arte nas interfaces dos softwares assumiu um papel tão ou mais relevante que as funcionalidades dos aplicativos. Acabou o tempo em que as telas das aplicações eram desenhadas pelos programadores de software.

    Hoje o sucesso de um software está diretamente relacionado ao seu visual e a forma intuitiva de relacionamento com os usuários. Os principais fornecedores de software já entenderam esse novo cenário, principalmente os desenvolvedores de games.

    Um exemplo dessa nova era é a Hook & Loop, uma agência de criatividade da empresa de software Infor, que reúne mais de 80 profissionais de artes, escritores e programadores. O objetivo da agência é criar experiências mais agradáveis nos softwares para os usuários.

    A equipe é formada por designers da grife de roupas Kenneth Cole, um artista dos efeitos especiais do filme “Os Vingadores”, um dos primeiros criadores da plataforma de publicidade iAd da Apple, um ganhador do Prêmio Pulitzer de jornalismo, produtores de documentários e storytellers.

    Em outubro de 2013, a Apple contratou Angela Ahrendts, CEO da famosa grife de roupas de luxo inglesa Burberry, para comandar suas lojas físicas e online. Em julho, já tinha contratado o CEO da grife francesa Yves Saint Laurent, Paul Deneve, para trabalhar em projetos especiais.

    Adeus às telas sem graça dos ERPs e do seu arcaico sistema de navegação. A partir de agora o critério de decisão para a escolha de um software é sua interface gráfica e amigável.

    Nas aplicações móveis para smartphones e tablets as características visuais são fundamentais. Esses softwares de baixo custo só são lucrativos com grande volume de vendas.

    Para atrair os compradores não basta apenas ter funcionalidades uteis, o software deve provocar emoção nas pessoas. E isso quem conhece bem são os artistas e os especialistas em moda.

    Isso mostra que a inovação está na moda e não apenas na tecnologia.

  • Processos de negócios estão se tornando commodity

    Os processos de negócios estão se tornando commodity. Cada vez mais as empresas adotam modelos de processos recomendados por entidades que desenvolvem as “melhores” práticas de negócios. Muitas dessas recomendações são incorporadas as normas ISO da Organização Internacional de Padronização e normas regulatórias dos governos. Essa última deve ser cumprida sem discussão.

    O forte argumento para investir em uma certificação é o reconhecimento pelo mercado e investidores. A comprovação que a empresa usa as melhores práticas é feita através de uma auditoria que segue um roteiro de verificação pré-definido.

    A implantação dos modelos exigem profissionais certificados pelas entidades que criaram os modelos. A vantagem dessa estratégia é forçar o uso de práticas comprovadas e ter mecanismos de controle e de melhoria contínua.

    Nesse modelo existe pouco espaço para a criatividade. Qualquer processo de inovação embute uma componente de risco e o uso de modelos é justamente para mitigar os riscos.

    Os modelos certificados colocam as pessoas na zona de conforto. Muitas se negam a pensar em inovação usando o modelo como defesa. Alegam que se mudarem o processo receberão comentários de não conformidade da auditoria.

    Ainda nessa linha, as empresas só contratam profissionais ou consultorias certificadas e com experiência para replicar as melhores práticas do mercado na empresa. Pronto. Fechou o círculo.

    Infelizmente, mesmo com os altos investimentos na adoção de melhores práticas e controles as empresa não ficam imunes ao risco, nem seus acionistas e clientes. A crise econômica de 2008 é uma prova que os investimentos na Lei americana Sarbanes-Oxley (SoX) não eliminaram os riscos de fraudes.

    Isso mostra que é um equivoco colocar os processos antes das pessoas. Primeiro temos que educar e engajar as pessoas e a partir dai, com elas, desenvolver os processos adequados para a empresa.

    Os modelos são importantes para orientar “o quê” é recomendável ser feito e controlado. Agora, o “como” deve ser uma ação interna que pode ou não contar com a ajuda de facilitadores externos.

    O processo deve ter espaço para a criatividade e inovação. Esse será o diferencial da empresa. O resultado será avaliado pelos clientes, fornecedores e acionistas.