Arte supera a tecnologia no desenvolvimento de softwares

A arte nas interfaces dos softwares assumiu um papel tão ou mais relevante que as funcionalidades dos aplicativos. Acabou o tempo em que as telas das aplicações eram desenhadas pelos programadores de software.

Hoje o sucesso de um software está diretamente relacionado ao seu visual e a forma intuitiva de relacionamento com os usuários. Os principais fornecedores de software já entenderam esse novo cenário, principalmente os desenvolvedores de games.

Um exemplo dessa nova era é a Hook & Loop, uma agência de criatividade da empresa de software Infor, que reúne mais de 80 profissionais de artes, escritores e programadores. O objetivo da agência é criar experiências mais agradáveis nos softwares para os usuários.

A equipe é formada por designers da grife de roupas Kenneth Cole, um artista dos efeitos especiais do filme “Os Vingadores”, um dos primeiros criadores da plataforma de publicidade iAd da Apple, um ganhador do Prêmio Pulitzer de jornalismo, produtores de documentários e storytellers.

Em outubro de 2013, a Apple contratou Angela Ahrendts, CEO da famosa grife de roupas de luxo inglesa Burberry, para comandar suas lojas físicas e online. Em julho, já tinha contratado o CEO da grife francesa Yves Saint Laurent, Paul Deneve, para trabalhar em projetos especiais.

Adeus às telas sem graça dos ERPs e do seu arcaico sistema de navegação. A partir de agora o critério de decisão para a escolha de um software é sua interface gráfica e amigável.

Nas aplicações móveis para smartphones e tablets as características visuais são fundamentais. Esses softwares de baixo custo só são lucrativos com grande volume de vendas.

Para atrair os compradores não basta apenas ter funcionalidades uteis, o software deve provocar emoção nas pessoas. E isso quem conhece bem são os artistas e os especialistas em moda.

Isso mostra que a inovação está na moda e não apenas na tecnologia.