Eduardo M Fagundes

Artigos

Coletânea de artigos técnicos e reflexões de Eduardo M. Fagundes publicados entre 2011 e 2017

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Tag: startups

  • Startups como estratégia de crescimento das empresas

    O conceito de startup está muito associado a novas e pequenas empresas criadas por jovens empreendedores na área de tecnologia e Internet, apoiadas por investidores e com potencial de crescimento rápido. Entretanto, o conceito pode ser expandido para qualquer iniciativa que reúna pessoas que buscam um modelo de negócios inovador e escalável em um ambiente de incertezas. Esse grupo pode ser de funcionários de uma empresa já atuante no mercado que busca novos mercados e novos produtos.

    Em mercados altamente competitivos as empresas precisam inovar constantemente em um ritmo cada vez maior. As questões operacionais e culturais de uma empresa já estabelecida podem ser obstáculos para o desenvolvimento de novos produtos e atuação em outros mercados. Nessa situação, a melhor alternativa é criar uma equipe de inovação fora do contexto da empresa e, preferencialmente, em outro ambiente físico para evitar a influência da cultura tradicional da empresa.

    Essas startups devem ter orçamento próprio, equipes com pelo menos 75% de novos funcionários recrutados dentro do perfil da nova operação, utilizar seletivamente os sistemas de TI e os processos já implantados, ter um contabilidade independente e ter seu desempenho medido por indicadores diferentes dos utilizados pela empresa.

    O número de startups que a empresa deve investir depende das projeções iniciais de receita no médio e longo prazo de cada uma, a probabilidade que essas receitas venham a se efetivar e a expectativa de crescimento de longo prazo da empresa.

    Para uma empresa operar dentro do conceito de startups internas é necessário mudar a cultura organizacional e se desapegar de alguns conceitos empresariais atuais, como poder, hierarquia e punição pelo erro.

    Como diz o sábio ditado, uma longa caminhada começa com o primeiro passo. A sugestão é iniciar com um projeto piloto que reúna os quesitos de uma startup com um modelo de negócios repetível e escalável. Ser repetível significa entregar um produto em escala ilimitada e ser escalável significa crescer sem alterar o modelo de negócios.

    Vamos dar o primeiro passo?

  • Dados abertos: uma fonte de novos negócios

    Dados escondem informações. Depende da habilidade de cada um descobrir informações relevantes no meio da montanha de dados e mostrá-las de forma simples e útil. Isso pode ser um negócio lucrativo. Muitos dados estão disponíveis gratuitamente na internet. Basta acessá-los, processá-los, apresentá-los de forma compreensível e começar a ganhar dinheiro.

    O governo brasileiro a partir da ‘Lei de Acesso a Informação Pública’ (Lei 12.527/2011) regulamenta o acesso a dados e informações detidas pelo governo, alinhada com as “3 leis de dados abertos” propostas pelo ativista dos dados abertos David Eaves: (1) Se o dado não pode ser encontrado e indexado na Web, ele não existe; (2) Se não estiver aberto e disponível em formato compreensível por máquina, ele não pode ser reaproveitado; e (3) Se algum dispositivo legal não permitir sua replicação, ele não é útil.

    As obras do PAC (Programa de Aceleação do Crescimento) estão disponíveis para download em vários formatos (xml, ods, csv). Esses dados podem ser usados para acompanhamento das obras, estatísticas e outras finalidades. Os dados das obras da Copa do Mundo 2014 também estão disponíveis para download.

    O portal ‘Orçamento ao seu Alcance’ desenvolvido pelo INESC (Instituto de Estudos Socioeconômicos), em parceria com a Open Knowledge Foundation Brasil, permite ver o orçamento federal de forma mais simples.

    Vários aplicativos móveis prestam serviço de informações sobre linhas de ônibus com dados abertos dos órgãos de transito municipais e estaduais. Por exemplo, o Urbanoide para iOS é alimentado com dados da CET-SP, do Metrô-SP e pela SPTrans, informando as condições de transporte na cidade de São Paulo.

    Existem pessoas que defendem que a responsabilidade do governo é apenas disponibilizar os dados e deixar para a sociedade desenvolver mecanismos para visualizá-los e processá-los. Isso permitiria que empreendedores desenvolvessem softwares gerando novos negócios e crescimento econômico.

    As oportunidades estão aí e de graça. Aproveite!