Produtos disruptivos são aqueles que mudam o comportamento das pessoas. Empresas de sucesso são aquelas que criam produtos disruptivos. Investir em tecnologias como Big Data e Analytics apenas para conhecer o passado é jogar dinheiro fora. Temos que utilizar as ferramentas analíticas para criar cenários prospectivos, ou seja, prever o comportamento dos consumidores em cenários futuros. A partir destas analises criar produtos disruptivos. (mais…)
Autor: Eduardo Fagundes
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Chatbot: não espere resultados no curtíssimo prazo
A onda agora é o Chatbot. Várias as empresas estão contratando serviços para criar ‘bots’ para relacionamento com seus clientes. A promessa e expectativa dos executivos é, além de estarem ‘in’, é reduzir custos substituindo mão de obra por robôs e atender a legislação, no caso das empresas que operam no mercado regulado. Interessante traçar uma comparação com o início da Internet nas empresas, onde o ‘in’ era lançar websites. Na época, muitos anos atrás, os executivos de marketing buscavam os técnicos de TI para solicitar a construção de um website e já pedindo prazo. O desafio começava quando os técnicos de TI buscavam o ‘conteúdo’ para publicar no website para ajustá-lo a estratégia do novo canal de comunicação. Simplesmente, muitos executivos não tinham a menor ideia, eles ‘apenas’ queriam um website. Talvez, não entendessem o que isso significava. Agora a história se repete com o ‘bots’. Muitas empresas gastam fortunas implementando ‘bots’ que só causarão frustração para os clientes e prejuízo, talvez por não entenderem o isso significa.
Bot, diminutivo de robot, é uma aplicação de software concebido para simular ações humanas repetidas vezes de maneira padrão, da mesma forma como faria um robô. Um Chatbot é quando um bot simula ser um humano na conversação com as pessoas com o objetivo de responder as perguntas de tal forma que as pessoas tenham a impressão de estar conversando com outra pessoa e não com um programa de computador.
Obviamente, é necessário que as empresas tenham regras pré-definidas, através de uma árvore de decisão, para as conversas com os clientes. Quanto mais regras e, portanto, mais pés e ramos em uma árvore de decisão, melhor será a experiência dos clientes.
O grande desafio é que muitas empresas não têm suas regras escritas de forma estruturada que possam ser aplicadas nos Chatbots. Muitas regras estão na cabeça dos funcionários e podem ser interpretadas de formas diferente. Tente fazer a mesma pergunta, fora das questões triviais, para diferentes funcionários do Banco do Brasil (experiência do autor). Você terá diferentes respostas e procedimentos. Muitos buscando em cadernos próprios pelas respostas.
No momento, muitas empresas não estão habilitadas para entrar neste mundo ‘in’ dos Chatbots.
As soluções disponíveis atualmente, baseada nos estudos dos últimos 70 anos, e implementadas em novas tecnologias de software e hardware permitem o uso de algoritmos de inteligência artificial nas chamadas Machine Learnning. Como o próprio nome diz “aprendizagem”, o que significa que temos que “ensinar” as ‘máquinas’ as regras que elas devem seguir. Elas, depois de aprenderem um conjunto de regras conseguem associar diferentes regras para chegar a soluções com um alto percentual de acerto, que são aperfeiçoadas a partir dos erros e acertos.
Assim como os humanos, existe uma curva de aprendizado que leva tempo. Depende do nível dos ‘donos do conhecimento’ e do volume de simulações para avaliar o nível de acertos dos algoritmos.
Ou seja, implantar um sistema de Chatbot no curtíssimo prazo, como é a expectativa de muitos executivos, é um desafio muito grande que pode levar ao fracasso e o descrédito da solução. Não acredite em fornecedores que afirmam que podem entregar uma solução no curto prazo, pois eles não conhecem as regras da sua empresa e terão que ensinar os softwares, portanto, não existe mágica neste negócio.
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Inovação sustentável: a revolução do consumo
O que difere os humanos de outros seres vivos é busca do “porquê” e a nossa imaginação. Entendendo as “coisas” somos capazes de imaginar novos cenários e quando conseguimos concretiza-los chamamos de progresso. A velocidade das descobertas e a nossa capacidade de implementar novos cenários vem crescendo rapidamente apoiadas pela tecnologia, entrando em uma espiral positiva. Ou seja, quanto mais tecnologia, mais descobrimos coisas, quanto mais coisas descobrimos, mais tecnologia desenvolvemos. Com isso erradicamos doenças que dizimavam milhões de pessoas, permitindo o prolongamento da vida com qualidade. Conseguimos produzir mais alimentos para reduzir a fome no mundo. Criamos mais artefatos para simplificar a vida e aumentar nosso conhecimento. Até os anos 80s do século passado, usamos apenas os “juros” que a natureza nos oferecia para melhorar nossa qualidade de vida. A partir deste ponto de ruptura, estamos consumindo o “capital” principal da natureza para suportar nosso progresso. Hoje somos mais de 7 bilhões de pessoas e a projeção é de 9 bilhões até 2050. O fato é que o atual modelo de vida da humanidade é insustentável. O conceito atual de progresso e riqueza pode levar ao fim da humanidade nas próximas décadas. Muitas pessoas estão descobrindo que sair do ciclo vicioso do consumismo traz mais satisfação, é mais barato e ajuda a proteger o planeta. Isto lança um novo desafio para os empreendedores, criar inovações sustentáveis. (mais…)
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Insurtech: um novo promissor mercado
O significado do termo insurtech é referente a toda a inovação tecnológica desenhada para reduzir custos e aumentar a eficiência do setor de seguros. Uma empresa é chamada de insurtech quando aplica tecnologia para desenvolver modelos de negócios disruptivos, inspirados no conceito de fintechs. O mercado de seguros é bastante maduro para atender aos negócios atuais e existe enormes oportunidades para a inovação para atender os novos negócios que estão surgindo, como carros autônomos, redes de negócios usando blockchain como plataforma segura para troca de dados, novos sistemas proativos para prever sinistros em residências, uso de tecnologia IoT (Internet of Things) para monitoramento de transporte de cargas, entre outras. (mais…)