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Autor: Eduardo Fagundes

  • Realidade virtual: uma nova fronteira no ensino a distância

    Realidade virtual: uma nova fronteira no ensino a distância

    Tecnologias de realidade virtual devem potencializar ainda mais o ensino a distância. No passado, o uso de realidade virtual ficava limitada a pequenos espaços das escolas devido ao seu alto custo. Agora com os aperfeiçoamentos da tecnologia Cardboard da Google com preços extremamente acessíveis e com o uso de smartphones comuns, será possível avançar na expansão e melhorar a técnicas de ensino.

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    O próximo desafio é a produção de conteúdo em larga escala para atender a crescente demanda por ensino a distância. Obvio, que isso não se limita apenas as escolas, mas a qualquer tipo de aprendizado, incluindo educação corporativa.

  • Você teria coragem de cancelar a manutenção do seu ERP?

    Cancelar a manutenção do ERP parece ser uma questão de bom senso, principalmente para empresas que possuem um grupo de especialistas próprio e um ambiente estável e consolidado. Com o passar do tempo cai o número de chamados técnicos para o fornecedor, porém a cada ano o custo de manutenção aumenta. Em muitos casos, o custo de manutenção é maior que o custo das licenças. Nesse conflito entre fornecedor versus cliente, normalmente os fornecedores ganham, pois além de amedrontarem o CIO com cenários catastróficos existe um consenso na alta direção que isso é assim mesmo. Bom, felizmente existe uma luz no fim do túnel. Algumas empresas de grande reputação estão assumindo a manutenção independente dos ERPs com valores menores que dos fornecedores do software.

    Claro que isso não é coisa fácil de fazer, não apenas pelo paradigma de uso e costumes, mas por questão legais. Por exemplo, se sua empresa contratou o SAP com uma cópia runtime do Oracle, o cancelamento do contrato pode cancelar o direito de uso do banco de dados. Outro ponto é que se no contrato com o fornecedor existe uma clausula que permite a contratação de um fornecedor independente para a manutenção do software.

    Um estudo da consultoria Accenture mostra que é possível reduzir entre 20-25% os custos de manutenção de software com um fornecedor independente. Existe um estudo da consultoria Gartner Group que mostra as vantagens e cuidados sobre a transferência da manutenção de software para um fornecedor independente.

    O gráfico abaixo mostra que em cinco anos o custo de manutenção supera o valor das licenças. Em dez anos o custo é mais que o dobro. Se a empresa uso exaustivamente os serviços do fornecedor até faz sentido, porém se pagar apenas como garantia é colocar dinheiro no lixo.

    software-maintenance-costsFonte: Accenture

    Obviamente, o cancelamento de contrato de manutenção não pode ser uma ação intempestiva e requer um cuidadoso estudo de análise de risco.

    Um serviço similar é a manutenção independente de hardware, onde o suporte e peças de reposição são contratados de um fornecedor independente, com atrativas reduções de custos.

    A análise de cancelamento da manutenção usando ou não um fornecedor independente é obrigatória em qualquer situação de mercado. Em tempos de recessão econômica ela é mandatória e exigirá que o CIOs e a alta direção assumam maiores riscos para garantir a continuidade e competitividade da própria empresa.

  • Holografia: realidade aumentada na busca de produtividade

    Holografia: realidade aumentada na busca de produtividade

    Os designers sempre sonhavam em ter suas ideias em três dimensões. A construção de modelos em escala 1/4 em clay, um material maleável para construções de protótipos, tornava tangível uma ideia, porém demorava para ser construído. Depois, para cada mudança era mais horas de trabalho de remodelagem. O pessoal que trabalha na construção desse modelos são artesões altamente qualificados, capazes de traduzir a ideia do designer em realidade.

    clay-model-production-1

    O avanço da tecnologia e poder de computação permitiu o desenvolvimento de modelos 3D, acelerando o processo de desenvolvimento. Entretanto, isso era privilégio das grandes empresas devidos aos altos investimentos em tecnologia. Isso aconteceu com as primeiras impressoras 3D. Felizmente, agora a tecnologia está começando a ser tornar acessível para a maioria das pessoas, possibilitando que designers independentes possam desenvolver protótipos com preços competitivos.

    O Microsoft HoloLens é uma solução que promete tornar popular o desenvolvimento de produtos em ambiente 3D, entre outras facilidades do cotidiano.

    Imagine você receber a visita de uma decoradora e ela apresentar o projeto de decoração em 3D substituindo e adicionando peças no mobiliário, cores nas paredes e outros itens de decoração como se você estive no ambiente futuro. Será uma ampliação de alguns aplicativos móveis que mudam a cor das paredes de sua casa para você decidir qual a melhor.

    Na área médica as perspectivas são enormes, onde os médicos poderão avaliar órgãos humanos em 3D antes das cirurgias. Talvez, no futuro delegar para robôs executarem as cirurgias.

    Com certeza a holografia permitirá o desenvolvimento de novos negócios e ampliação de outros. Isso é parte da transformação digital das empresas.

  • Como fazer uma empresa centenária ser atrativa para os jovens?

    Todos nós gostaríamos de trabalhar em uma startup vibrante, usando o melhor da tecnologia, com investidores brigando para colocar dinheiro na empresa, com um bom salário e, principalmente, com participação nas ações da empresa. As startups estão atraindo os melhores talentos da melhores universidades. Então, como as empresas já estabelecidas, sólidas, com seus processos já definidos, estrutura organizacional instituída e salários de mercado (ou abaixo dele) podem atrair os jovens talentos?

    O CEO da Ford, Mark Fields, recomenda que se atribua uma missão atraente e sexy para cada funcionário, além das outras condições de mercado. (veja o vídeo dele na Fast Company)

    Concordo com ele, porém acredito que existam mais elementos para atrair os jovens talentos. Começando substituir chefes por líderes para esses jovens, pessoas que inspirem e não mande. Definir claramente qual a “missão” do jovem na empresa. Criar uma cultura de organização onde subir na hierarquia não seja o objetivo dos funcionários. Ter qualidade de vida como uma meta corporativa, incluindo se instalar em lugares criativos e excitantes.

    A GM, anos atrás, teve uma experiência interessante quando tentou recrutar jovens talentos do Vale do Silício para trabalhar em uma nova geração de carros. O projeto era sexy e transformador. A GM precisava de pessoas com o perfil inovador. O programa de recrutamento falhou porque as vagas eram para trabalhar em Detroit, Michigan, onde no inverno faz menos 18 graus. Ninguém quis trocar as ensolaradas praias e o surf da Califórnia pelo frio de Detroit.

    Parece que a Ford entendeu isso é montou um centro de desenvolvimento no Vale do Silício. Ou seja, sua empresa tem que mudar para onde estão os talentos e não o contrário. Seria o mesmo que pedir para um jovem talento de uma renomada universidade de Florianópolis mudar-se para trabalhar no Grande ABC em São Paulo.

    Uma coisa é certa. Se as empresas antigas querem sobreviver muitos paradigmas precisam ser mudados.