Black Friday, Cloud Computing, Big Data

O Black Friday do dia 29/10/2013 mostrou que ainda precisamos evoluir no comércio eletrônico no Brasil, tanto na infraestrutura como na ética. Entretanto, as lições aprendidas criam oportunidades para melhorias e conhecimento do mercado. Ficou evidente que muitos sites de compras ainda não conseguem usufruir dos benefícios da computação em nuvem (Cloud Computing).

Problemas de acesso aos sites e para concluir as compras foram as duas maiores reclamações dos consumidores no site ReclameAqui.

Isso demonstra que ainda a infraestrutura das lojas virtuais ainda não estão preparadas para grandes eventos de compras. A computação em nuvem, se bem configurada, resolve o problema com sua característica de escalabilidade, incluindo o processamento e o número de conexões de Internet.

O uso de Big Data nesses eventos torna possível analisar o comportamento dos consumidores em tempo real. Com isso, redefinir preços e campanhas de marketing nas redes sociais também em tempo real. O Big Data permite avaliar em poucos segundos cenários de preços e rentabilidade do estoque dos produtos disponíveis, encontrando o cenário ótimo para maximizar a lucratividade e obter a melhor vantagem competitiva nas vendas.

Obvio que empresas que já utilizam Big Data para avaliação de cenários a partir do acompanhamento dos consumidores nas redes sociais estavam mais preparadas para o Back Friday.

O próximo desafio dos sites de compras é atender os prazos de entrega dentro do contrato como os consumidores. Pela proximidade do Natal será um grande teste da logística de entrega.

O terceiro lugar nas reclamações foi a maquiagem dos preços, com aumentos no dia anterior e descontos no dia da promoção. Em números absolutos as maiores reclamações foram para cinco sites administrados pelo Pão de Açúcar (Extra.com, PontoFrio.com e Casas Bahia) e B2W (Submarino.com e Americanas.com). Segundo o ReclameAqui, a B2W é que prestou o melhor atendimento às reclamações dos consumidores. Boa lição aprendida depois que a empresa teve várias multas do PROCOM e foi proibida que operar no Rio de Janeiro por desrespeitar prazos de entrega das compras.