Mercado resiste a Dilma e busca opções

O jornal O Estado de São Paulo ouviu dez influentes integrantes do mercado financeiro. Eles disseram unanimemente ter fortes resistências a Dilma Rousseff, em especial, a seu ministro da Fazenda, Guido Mantega. O “mercado” divide suas preferências na eleição presidencial do ano que vem entre Aécio Neves e Eduardo Campos, mesmo fazendo ressalvas aos dois.

Apesar da resistência à presidente e, especificamente, ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, os integrantes do mercado avaliam que Dilma vencerá a eleição. E no 1.º turno. Aécio e Campos já buscam aproximação com o mercado, tradicional financiador de campanhas. Neste ano, os dois se reuniram com donos de bancos e gestores de fundos. Dilma, que manteve pouco diálogo com o setor nos dois primeiros anos de mandato, acatou conselho de Lula e, a partir de janeiro, começou a conversar com banqueiros no Planalto.

Dilma desperta mais restrição no mercado que Lula. Após anos de desconfiança mútua, o petista começou a mudar o paradigma em 2002, quando prometeu honrar os contratos por meio da Carta ao Povo Brasileiro. “Lula foi fantástico para pobres e ricos. Dilma, nem para ricos nem para pobres, que estão vendo a inflação corroer salários”, disse o dono de um fundo de investimento.