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Os equipamentos de ginástica e a TI

Dois livros recentes em posição de destaque na livraria do aeroporto de Congonhas-SP discutem o valor da TI. Ou seja, ainda continua essa discussão. De um lado os executivos de negócios que massacram a TI chamando-a de gastona, ineficiente e que a turma fala uma linguagem estranha. Do outro lado, a turma de TI que demonstra eficiência através de métricas de desempenho baseadas em parâmetros técnicos sem relacioná-los com os negócios. Em dos livros que folhei li uma colocação interessante: a TI deve ser encarada como um equipamento de ginástica. Seu resultado deve ser medido pelo benefício que ela traz para o usuário e não pela tecnologia. De nada adianta falar da tecnologia do equipamento de ginástica se o seu usuário continua fora de forma. Parece lógico e fácil. Entretanto, continuam as discussões e as frustrações em ambos os lados.

Na minha opinião criou-se um estereótipo da área de TI que está difícil de mudar. Os CIOs ficam tão envolvidos em tarefas operacionais que não conseguem dedicar tempo suficiente para participar dos projetos estratégicos da empresa. Quando são convidados a participar das reuniões de negócios, invariavelmente, são questionados e criticados por problemas operacionais. Algumas vezes são convidados apenas para serem comunicados sobre uma nova tarefa que deve ser executada e que devem alocar recursos para executá-la já que o projeto de negócios não tem dinheiro para as coisas de TI.

Por outro lado, as áreas de negócios consideram-se autossuficientes para decidir sobre tecnologia já que afinal todos instalaram roteadores wireless em suas casas, são hábeis nas redes sociais e softwares em seus computadores pessoais. Governança de TI? Isso é coisa da turma de TI para justificar a ineficiência através da burocracia.

Como resolver? A turma de TI tem que mudar a linguagem e melhorar sua percepção para os negócios. Influenciar nos processos de negócio e medir os benefícios através de métricas de negócio e não de tecnologia. Lembrem-se dos equipamentos de ginástica.

e-Book

Vivemos um tempo em que decisões estratégicas nas empresas são cada vez mais influenciadas por algoritmos — muitas vezes sem que os conselhos compreendam plenamente seus critérios ou impactos. Este e-book convida conselheiros e líderes a refletirem sobre esse novo cenário, por meio de uma narrativa acessível que acompanha a jornada de um conselho diante da inteligência artificial. Com o apoio simbólico do personagem Dr. Algor, os conselheiros descobrem os riscos éticos, os dilemas da automação e a importância da supervisão consciente. Não se trata de um manual técnico, mas de uma ferramenta estratégica para quem deseja manter sua relevância na era algorítmica. Com lições práticas ao final de cada capítulo e uma proposta de formação executiva estruturada, o livro reforça uma mensagem central: a responsabilidade não pode ser automatizada — e cabe aos conselhos liderar com propósito, antes que a máquina decida por eles.

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