Enquanto as empresas tradicionais buscam a transformação digital, a Amazon.com busca a transformação física. Recentemente, Jeff Bezos adquiriu a cadeia de lojas Whole Foods por US$13,7 bilhões e em 2013 adquiriu o jornal Washington Post por US$250 milhões. Há quem diga que existe uma competição silenciosa entre a Amazon e o Walmart. Quem se transformará primeiro? A Amazon.com superará o Walmart no mundo físico ou o Walmart superará a Amazon.com no mundo virtual? O fato é que o “átomo” ainda tem um imenso valor no mundo dos “bits. Combinados, átomos e bits, o valor é extraordinário.
Os altos ganhos do setor de Internet em 2017 têm sugerido comparações com o estouro da bolha em 2000. O First Trust Dow Jones Internet Index subiu 19% este ano, em comparação com o aumento de 8,6% do S&P 500. O PowerShares Nasdaq Internet Portfolio ganhou mais de 25%. O setor de tecnologia Select SPDR ETF aumentou 16% este ano, o melhor desempenho entre os 11 setores da S&P 500. Entre os ganhadores notáveis estão, adivinhem, Amazon.com e Facebook.
Se, realmente, uma nova bolha estiver se formando, a Amazon.com tem que correr para se transformar em uma empresa física com uma grande cadeia de lojas.
Isto coloca em dúvida a expectativa de valorização de empresas que investem, pesadamente, na transformação digital, pois em uma crise todos serão afetados. Um cenário nada favorável para as startups de tecnologia.
Também vem a pergunta se os investimentos em projetos de transformação digital estão supervalorizados e se terão o retorno esperado. Esta é uma razão que devemos experimentar com softwares livres antes de investir em soluções caras de mercado.
Acompanhar os movimentos dos gigantes da indústria pode nos dar sinais de cenários futuros, proteger nosso dinheiro e realinhar as estratégias empresariais.
