Eduardo M Fagundes

Artigos

Coletânea de artigos técnicos e reflexões de Eduardo M. Fagundes publicados entre 2011 e 2017

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Autor: Eduardo Fagundes

  • O desafio da energia para os data centers e o compromisso com a sustentabilidade

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    Em abril de 2014, o Greenpeace liberou um novo relatório sobre o uso de energia renovável pelos maiores data centers globais. Esse relatório apresenta um ranking dos data centers mais comprometidos com o uso de energia renovável com o objetivo de mitigar a emissão de gases do efeito estufa. O relatório destaca a Apple, Google e Facebook com um forte compromisso de uso de energia renovável e critica a Amazon Web Services (AWS) pelo uso de energia não renovável e pouca transparência no setor.

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    As estimativas são que em 2014 cerca de 2,5 bilhões de pessoas estão conectadas a Internet no mundo. As previsões são que teremos cerca de 3,6 bilhões de pessoas conectadas em 2017. Cada vez mais as pessoas e os negócios são dependentes da Internet e isso cada vez mais poder computacional para executar os serviços online.

    As empresas de tecnologia estão criando novas soluções para aumentar o poder computacional dos equipamentos e soluções de software para maximizar o uso da infraestrutura. Essas ações de eficiência computacional reduzem o consumo de energia e necessidade de refrigeração, contribuindo para a redução do uso de água para refrigerar o ambiente dos data centers.

    Na comparação de consumo de energia de países e Cloud Computing, mostra que em 2011 a energia consumida pelos data centers é a sexta maior no mundo.

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    Essa situação coloca a necessidade de um tratamento diferenciado para os data centers das políticas públicas e regulatórias dos países.

    No Brasil, existe um forte incentivo para o uso da Internet como um fator de inclusão social e desenvolvimento da economia. Entretanto, o Brasil apresenta um dos custos mais elevados de energia e telecomunicações do mundo. Isso tira a competitividade do setor e restringe a expansão do uso da Internet, principalmente, das classes menos favorecidas que representa a grande parcela da população.

    A única política do governo que permite a redução do custo de energia é a compra de energia no mercado livre para empresas que possuem uma demanda de eletricidade acima de 500kW.

    Essa política beneficia apenas os grandes data centers e, praticamente, elimina a competitividade dos pequenos e médios data centers.

    Infelizmente, o Brasil não tem uma política forte de incentivo a minigeração de energia renovável pelas empresas. Os custos de implantação de geração de energia solar fotovoltaica, eólica, biomassa e através de pequenas hidrelétricas ainda não são atrativas para os data centers.

    Uma política de subsídios para a geração de energia de energia renovável para o setor de data centers traria um grande benefício para a sociedade e para o crescimento da economia. Garantiria preços competitivos dos serviços digitais mesmo em períodos de grandes estiagens, que exigem a geração de energia por usinas termoelétricas que além de poluidoras são mais caras.

    A proposta é criar um regime especial para o setor de data centers com três pautas: (1) permitir que todos os data centers, independente da sua demanda de energia, possam comprar eletricidade no mercado livre; (2) isentar de impostos de importação os equipamentos não produzidos no Brasil para a construção de minigeradoras de energia pelos data centers; e, (3) redução do IPTU dos data centers que reduzirem a emissão de gases do efeito estufa que contribuem para o Plano Municipal de Mudanças Climáticas.

     

  • A inovação requer tomadas de decisão não-lineares

    Usamos nossos princípios para as tomadas de decisão, que podem nos levar a conclusões previsíveis. Se você conhece os princípios que regem uma pessoa ou uma organização é possível saber qual a decisão que será tomada frente a um desafio. Um processo de tomada de decisão orientado pela inovação deve romper esse ciclo, usando o pensamento não linear.

    O cenário social e de negócios exige que as decisões sejam tomadas de forma multidisciplinar, transversal, multidimensional e global. Devemos ter uma visão holística do contexto para decidir qual melhor decisão a tomar. É importante reunir fragmentos de informações e buscar sinergia entre as pessoas para criar um cenário mais amplo que nos dê mais elementos para a tomada de decisão.

    Temos que romper a linearidade das tomadas de decisão. Na matemática, não-linearidade significa um certo tipo de equações que contêm quantidades de incógnitas em potencias maiores que 1 ou coeficientes dependentes de propriedades do meio (sistemas). Essas equações não-lineares podem ter várias soluções, maiores que 1, qualitativamente diferentes. Uma diferença insignificante pode gerar consequências macroscópicas.

    Na prática, temos que criar o caos para identificar novas oportunidades de negócios. A evolução é criada pela ruptura da linearidade.

    Apostar na não-linearidade gera desconforto e ambiguidade. Muitas pessoas são avessas a isso e preferem o caminho seguro das decisões lineares, porque se acontecer algo errado é possível criar uma justificativa baseada nos princípios organizacionais.

    Posturas lineares no mundo empresarial não criam oportunidades para grandes saltos de crescimento e conquistas de novos mercados. Empresas já estabelecidas baseadas em processos robustos de operação que garantem a excelência operacional, dificilmente, tomarão decisões não-lineares.

    Por outro lado, as startups têm um enorme potencial para usar processos não-lineares para a tomada de decisão com baixo risco financeiro. Cabe aos investidores compreender e aceitar processos não-lineares de tomada de decisão para apostar em novos projetos.

  • Quem quer vender precisa ter produtos sustentáveis

    Agora não tem mais jeito. Se sua empresa pretende continuar no mercado o caminho é ter produtos sustentáveis. O governo segue firme na implementação de seus acordo internacionais sobre mudanças climáticas. Um dos critérios para a aquisição de novos produtos pelo governo será o Programa Brasileiro de Etiquetagem do Inmetro que tem categorias de eletrodomésticos a automóveis. Por exemplos, os veículos oficiais a serem adquiridos ou alocados devem comprovar eficiência energética e menor consumo de energia. O mesmo vale para equipamento eletrônicos e sistemas de iluminação. Toda a aquisição de produtos que contém madeira devem fazer parte do Programa Brasileiro de Certificação Florestal do Inmetro. Resumindo, ou sua empresa se alinha ou cai fora do mercado.

    Leia o artigo Desenvolvimento de Produtos Sustentáveis

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    Programas do Inmetro são referência para contratações sustentáveis

    Fonte: Portal Brasil – 20.03.2014

    Brasil – O Conselho Superior da Justiça do Trabalho, do Governo Federal, em Brasília, lançou, neste mês de março, a 2ª edição do Guia de Contratações Sustentáveis, com o objetivo de orientar a inclusão de critérios de sustentabilidade a serem observados na aquisição de bens e na contratação de obras e serviços no âmbito da Justiça do Trabalho em todo o Brasil.

    Entre os instrumentos legais apresentados como embasamento para a adoção de tais critérios, é citada a conformidade dos produtos, insumos e serviços com os regulamentos técnicos pertinentes em vigor expedidos pelo Inmetro de forma a assegurar aspectos relativos à saúde, à segurança, ao meio ambiente, ou à proteção do consumidor e da concorrência justa.

    O Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE) do Instituto, por exemplo, é citado como parâmetro para a aquisição de diversas categorias de produtos – de eletrodomésticos a automóveis.

    A Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (Ence) do PBE, que classifica de “A” a “E” a eficiência energética de máquinas e aparelhos consumidores de energia, é considerada referência para a compra de refrigeradores, condicionadores de ar, lâmpadas LED, computadores de mesa, laptops etc.

    Já veículos leves de passageiros para uso oficial, adquiridos ou locados, devem apresentar maior eficiência energética e menor consumo de combustível dentro de cada categoria, em conformidade com os requisitos constantes no Regulamento de Avaliação da Conformidade para Veículos Leves de Passageiros e Comerciais Leves, disponíveis no site do Inmetro.

    Para modelos das categorias subcompacto, compacto, médio e grande, a comprovação da conformidade com esses critérios deve ser feita pela Ence das classes de maior eficiência, ”A” ou “B”.

    Para a aquisição de produtos oriundos da madeira, o guia recomenda observar os critérios da rastreabilidade e da origem dos insumos a partir de fontes de manejo sustentável em conformidade com o Programa Brasileiro de Certificação Florestal do Inmetro (Cerflor).

    Na concepção dos projetos e especificações de obras e serviços, a envoltória do prédio, o sistema de iluminação e o sistema de condicionamento de ar devem observar os requisitos para os níveis de eficiência energética A ou B dos Requisitos Técnicos da Qualidade para o Nível de Eficiência Energética de Edifícios Comerciais, de Serviços e Públicos – RTQ-C, aprovado pela Portaria Inmetro nº 372 de 17/09/2010 e Portaria Complementar nº 17 de 16 de janeiro de 2012.

    Ainda segundo a publicação, o Selo Ruído, que classifica os produtos de “A” a “E”, a partir dos decibels emitidos, também deve ser levado em conta na aquisição de eletrodomésticos como liquidificadores, secadores e aspiradores de pó.

    O Conselho Superior da Justiça do Trabalho é parceiro do Inmetro em coordenação compartilhada do Fórum Governamental de Responsabilidade Social, criado em 2010. O tema de contratações públicas sustentáveis será debatido na próxima reunião do Fórum, no dia 29 de abril.

  • Como reduzir os riscos do seu negócio

    Todo negócio tem seus riscos. Nas empresas pequenas e startups, o risco é potencializado pela falta de experiência dos empreendedores ou pela introdução de novos produtos para novos mercados. A má notícia é que você, em algum momento, passará por apuros. A boa é que você pode reduzir os riscos com um bom planejamento.

    A primeira coisa que você precisa fazer para reduzir os riscos é desenhar e implantar processos robustos na área financeira, fiscal, operacional e de relacionamento com clientes. Existe uma grande diferença entre desenhar e implantar. Você pode falhar na implantação de bons processos pela falta de treinamento e comprometimento do seu pessoal. Seja tolerante aos erros de pessoas que tentam melhorar o processo. Seja intolerante com quem for displicente na execução. A tecnologia não resolve as falhas de processos mau desenhados, ela potencializa os erros.

    Se você não tiver experiência na área de planejamento ou operacional, contrate um consultor. Quem não tem dinheiro mas tem uma boa ideia, deve encontrar um investidor anjo. Ou seja, alguém que possa investir não apenas dinheiro mas contribuir com sua experiência na implantação dos processos e ajustes no seu produto.

    Desenvolva um plano de gestão de riscos. Faça exercícios simulando situações de riscos e crie soluções antecipadas para esses cenários. Uma boa técnica é análise de falhas e efeito FMEA (Failure mode and effects analysis). Nela, você analisa para cada situação de falha potencial o grau de severidade, a probabilidade de ocorrência e facilidade de detecção do erro. Após essa análise você investe em ações de mitigação ou assume os riscos.

    Faça seguro de suas operações contra lucro cessante ou ações movidas por clientes por problemas de uso do seu produto. Pode não ser barato, mas pode ser um meio de salvar sua empresa da falência.

    Por último, não hesite em cortar despesas. Se no início você superdimensionou seu negócio e as vendas não estão cobrindo as despesas, corte despesas o mais rápido possível. Mude para um local mais barato. Corte parte do pessoal e elimine produtos ou serviços que não são lucrativos. Quanto mais tempo demorar, maior será o risco.

    Estar exposto ao risco é parte do negócio. Minimizá-lo é coisa de empreendedor de sucesso.

  • A inovação na TI

    Fazer mais com menos na TI é uma inovacao? Seria uma inovação se a organização de TI reduzisse pela metade seus investimentos e gastos operacionais mantendo ou aumentando a capacidade computacional. Essa ação de tecnologia deveria ser tão disruptiva que mudaria os padrões de mercado. Do contrário, qualquer ação nessa linha de redução de custos não é a inovação.

    A inovação na TI passa pela mudança do modelo de negócio em outras areas da empresa com o uso de tecnologias da informação e motivadas pela TI. Ou seja a inovação está no negócio com a liderança da TI.

    Por isso defendo uma mudança na postura nas organizações de TI.

    Os analistas de processos de negócios devem se tornar agentes de inovação em modelos de negócios. Devem buscar exemplos de implementações de tecnologias em outros mercados e avaliar o impacto de seu uso no negócio atual.

    Os agentes de inovação devem desenvolver novos planos de negócios com diferentes métricas para aprovação dos projetos. O uso do retorno de investimento (ROI) pode restringir a inovação por olhar apenas a perspectiva financeira.

    Segundo se sabe, Steve Jobs tinha pouco domínio da tecnologia. Sua maior qualidade era saber como aplicar uma nova tecnologia para facilitar e transformar o dia a dia das pessoas. Essa deve ser a principal atribuição dos agentes de inovação.

    Uma organização movida pela inovação motiva as pessoas a contribuírem para o crescimento da empresa. Transforma um empregado em colaborador.

     

  • Porque você compraria um Chromebook?

    O Chromebook é uma classe de equipamento móvel desenhado especificamente para tarefas baseadas na Web. Os equipamentos usam o Google Chrome OS e permitem acesso rápido a Internet, envio e recebimento de e-mails e vídeo chats com outras pessoas. Como as aplicações estão na Web é necessário uma conexão rápida de Internet. Para as organizações um atrativo pode ser a redução dos investimentos e atividades operacionais de suporte similares aos tradicionais desktops, notebooks, tablets e smartphones, pois como os Chromebooks não executam os programas localmente a segurança tende a ser maior e o suporte ao usuário final menor. Ou seja, TCO (Total Cost Ownership) menor, o que pode justificar a sua adoção.

    Os equipamentos nos Estados Unidos custam entre US$200 e US$400. Os principais fabricantes são a HP, Samsung (no Brasil entre R$1.000,00 e R$1.600,00) e Acer. Ou seja, alguns custam tanto como um notebook tradicional com Windows.

    Entretanto, não podemos nos enganar com o preço de lista dos equipamentos, pois os maiores custos são de operação (suporte e manutenção) e software. Dependendo do projeto e a quantidade de equipamentos o custo de adoção dos Chromebooks pode ser bem atrativo.

    Os Chromebooks se enquadram na categoria de Thin Client, ou seja PCs com poucos recursos locais que usam intensamente os recursos de servidores remotos. Essa ideia não é nova. A Citrix já trabalha com esse conceito há muitos anos. A Sun Microsystems (comprada pela Oracle) explorava essa facilidade com Thin Clients com Java.

    A novidade agora é que as aplicações em Cloud Computing estão se expandindo rapidamente e as redes de comunicação operam com maiores taxas de transmissão. Com a introdução das redes LTE (4G) o uso de Thin Clients será expandido para locais sem acesso por Wi-Fi. Embora as redes Wi-Fi devem crescer mais em cobertura do que as redes 4G, na minha opinião. Existem vários locais públicos com acesso Wi-Fi.

    Com o aumento de aplicações baseadas em HTML 5 e plataformas de desenvolvimento mais amigáveis como o BlueMix da IBM, baseado no Open Cloud Architecture, maiores serão as oportunidades para o uso dos Chromebooks.

    Para as organizações o uso dos Chromebooks pode ser uma opção interessante, dependendo do projeto. Acredito que em escolas e call centers seu uso possa ser justificado com mais facilidade.

    Porém, para uso pessoal ainda não vejo uma boa relação custo/benefício. A Google oferece o Android for Work para segregar contas corporativas e pessoais em um mesmo dispositivos móvel. Para Chromebooks, já é possível gerenciá-los remotamente, bloqueando-os ou definindo quem pode se logar.

    Uma ameaça aos Chromebooks é a crescente adoção pelas organizações do conceito de BOYD (Bring On Your Device), ou seja, as pessoas podem utilizar seus próprios equipamentos para acessar aplicações corporativas. O BOYD se tornará cada vez seguro se os acesso forem para aplicações HTLM 5 em ambiente Cloud Computing. Isso eliminará a necessidade de equipamentos de baixo custo operacional adquiridos pelas empresas, como os Chromebooks.

  • Adeus Departamento de TI. Benvinda Área de Negócios Digitais

    Em 2014 a IBM comemora 50 anos do lançamento dos seus mainframes. Tivemos várias evoluções tecnológicas ao longo desses anos. A miniaturização dos equipamentos, computação de alto desempenho distribuída e a Internet sem dúvida foram as maiores revoluções tecnológicas na área de processamento e comunicação. Os serviços de informações, comércio eletrônico e o Internet Banking foram revoluções que mudaram o cotidiano das pessoas. Esses serviços estão sendo potencializados com a computação móvel, Big Data e gigantescos data centers. O próximo desafio é levar a computação móvel para as pessoas de baixa renda em mercados emergentes, usando smartphones de baixo custo.

    Entretanto, se formos olhar as áreas de tecnologia da informação (TI) nas organizações pouca coisa mudou nesses 50 anos. Ainda temos a área de CPD (Centro de Processamento de Dados), área de suporte técnico e a área de desenvolvimento de sistemas (DS). O CPD ainda envolvido com questões de desempenho e disponibilidade das aplicações, o DS ainda as voltas com manutenções corretivas e evolutivas (nunca entendi isso!) e a área de suporte técnico com os problemas do cotidiano de segurança da informação, manutenção de software e atendimento ao cliente interno.

    Acredito que chegou a hora de uma mudança radical nas organizações mais conservadoras.

    Elimine o departamento de TI. Crie a unidade de negócios digitais.

    Promova para liderar essa área um executivo de visão inovadora capaz de criar novos negócios a partir da tecnologia. Desapegue-se do CPD. Entregue as operações para empresas especializadas em processamento massivo de dados. Migre para um ecossistema integrado de softwares que agilize sua operação de negócios e que permita agilidade para desenvolver novos negócios.

    A questão é que as novas empresas já estão fazendo isso. Se as empresas tradicionais não agirem rápido em algum momento na linha do tempo serão ultrapassadas pelas novas.

    Correm os maiores riscos as empresas que estão em boa situação econômica no mercado atualmente. Acreditando que em time que ganha não se mexe, podem perder o passo no futuro porque não inovaram. Essas empresas devem aproveitar a boa situação atual para promover as mudanças. Quando as coisas estiveram difícil será mais complicado e talvez seja tarde demais.

    Benvinda a nova área de negócios digitais nas empresas.

  • Melhoria não é inovação

    É comum confundir melhoria com inovação. O processo de melhoria contínua faz parte do aperfeiçoamento do produto ou serviço, e a introdução de uma nova tecnologia pode ser simplesmente uma melhoria.

    Já uma inovação significa criar algo que mude um processo industrial ou hábitos dos consumidores, como um novo material que pode alterar significativamente as características de um produto, entregando mais funcionalidades com menores preços.

    A melhoria contínua busca a excelência operacional; a inovação busca a ruptura de um modelo de negócios ou de uma tecnologia. Existem ferramentas de gestão para contribuir em ambas as esferas.

    O processo de melhoria contínua Six-Sigma tem o objetivo de eliminar as falhas de um processo e, consequentemente, reduzir custos e obter mais lucratividade. O processo utiliza a metodologia DMAIC (Definir-Medir-Analisar-Melhorar-Controle), e as técnicas utilizadas são fortemente baseadas em análises estatísticas para determinar a causa raiz do problema. O Six-Sigma é largamente utilizado na indústria de manufatura, com excelentes resultados na área de serviços.

    Um exemplo na área de serviços é utilizar a prática para analisar e aperfeiçoar os processos de um Call Center, quando a empresa está perdendo os clientes que a contatam por este canal para resolver um problema. Isso é um sintoma de que existem falhas no atendimento. O Six-Sigma ajuda a entender o problema, definir a causa na raiz, planejar ações de melhoria e medir seus resultados depois da implantação.

    O processo de inovação usa ferramentas que estimulam por meio de intensidade a criatividade. O método de pensamento produtivo, estratégia do Oceano Azul, CANVAS e Design Thinking, é uma das ferramentas que definem um novo modelo de negócios.

    Inovação tecnológica é entendida a partir de produtos que representem uma invenção ou descoberta de um novo material, como o grafeno, que revolucionará a indústria de energia e computação.

    Para melhorar os resultados e garantir maior eficiência, é importante que no desenvolvimento do produto sejam previstos mecanismos de coleta de dados para serem usados no processo de melhoria contínua.