Que mercados e segmentos da economia estão mais “ameaçados” pelas inovações disruptivas?

Que mercados e segmentos da economia estão mais “ameaçados” pela potencial chegada de inovações disruptivas? Quais ramos de negócios devem ser mudados radicalmente nos próximos anos por conta dessas inovações?

Todos mercados estão ameaçados. Estou avaliando um produto de uma startup americana que promete exames de sangue por US$1 através de um equipamento portátil conectado ao iPhone. Imagine o impacto nos laboratórios de análises clinicas. Outro produto que estamos envolvidos, também americano, promete produzir lâmpadas LED de alta intensidade por US$5 para iluminação residencial. Os cremes dentais com componentes para clareamento dos dentes, eliminando os tratamentos em consultórios dentários. O carro indiano de US$2.000. A massificação dos óculos da Google que encontrará milhares de aplicações que necessitam de transmissão ao vivo de imagem.

Como o uso cada vez maior de smartphones vários serviços serão migrados para aplicações móveis. Um que deverá crescer é o uso do smartphone para pagamentos, substituindo os cartões de plástico.

No setor de energia as mudanças serão grandes. Hoje na Califórnia (Estados Unidos) 10% das mansões não estão conectadas a rede pública de eletricidade, geram sua própria energia. No Brasil, existem 1 milhão de casas sem energia. A queda de preços de painéis fotovoltaicos e outras soluções de conservação e armazenamento de energia podem levar eletricidade para as populações carentes com custos reduzidos. Isso poderá evitar o investimento em linhas de transmissão de energia e a adoção de solução de geração de energia local. As concessionárias de energia estão implantando o “Smart Grid”, sistema de rede inteligentes, que permitirá a criação de pacotes de tarifas de consumo de energia como os da telefonia móvel.

O preço de microprocessadores de baixo desempenho para sensores está por volta de US$3 no mercado internacional. Isso permitirá que os equipamentos domésticos e industriais possam interagir através da “Internet of Things” (IoT), Internet das Coisas. Novas aplicações serão desenvolvidas com essa tecnologia. Por exemplo, os equipamentos domésticos poderão ser programados para serem desligados, seletivamente, quando o consumo de energia ultrapassar o plano contratado.

Cresce o número de americanos que estão cancelando as assinaturas de TV a cabo. Só no segundo trimestre de 2012 foram 400.000 cancelamentos. Essas pessoas estão migrando para serviços de vídeo mais baratos como o da Netflix, que tem 30% do tráfego de Internet nos Estados Unidos, Amazon.com, Google TV e o gratuito Youtube.