A Apple aprendeu com Steve Jobs?

A grande dúvida é o que acontecerá com a Apple com o afastamento de Steve Jobs do dia-a-dia da empresa. Com o retorno de Jobs para a Apple, empresa que fundou e se afastou por pressão dos acionistas, a empresa se tornou a mais valiosa do mundo. A Apple não vende produtos, a Apple vende desejo, satisfação, sonho. A partir dessa conquista, a concorrência ficou neutralizada. Existem produtos melhores que o iPad, o iPhone e os Macs. Mas os consumidores continuam comprando Apple, que está acima de produtos.

A dúvida é como será o futuro da Apple sem a genialidade de Jobs. Genialidade quando a NexT comprou a Apple e fez parecer que a Apple é que tinha comprado. Genialidade quando a Pixar comprou a Disney e fez parecer que tinha sido comprada. Em ambos os casos, Jobs substituiu os diretores chaves das empresas que “compraram” a Pixar e a NexT por pessoas de sua confiança. Os diretores dos parques temáticos da Disney são da Pixar, por exemplo.

A dúvida é quem terá o insight de vender músicas por US$0,99 quando todos baixavam música de graça e o negócio se tornou bilionário. Quem brigará com Adobe e tomar a decisão de não suportar o Adobe Flash nos iPads, apostando as fichas no HTML 5.0.

A dúvida é se a Apple absorveu o DNA de Steve Jobs em sua cultura organizacional. Será que os funcionários da Apple pensam, raciocinam, agem como Steve Jobs, incluindo suas características abobinavéis.  A questão é se a Apple se tornou Steve Jobs como organização. Só o futuro dirá.

Acho que ninguém sente falta de Bill Gates, mas tenho certeza que sentiremos falta de Steve Jobs.