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Autor: Eduardo Fagundes

  • Como será a liderança nas empresas no futuro?

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    Uma pesquisa encomendada pela Saba Software entrevistou 1.000 profissionais de Recursos Humanos e mostrou que 47% acreditam não ter talentos capazes de suprir a carência de executivos de gestão em suas empresas. Dos funcionários entrevistados apenas 11% aspiram um cargo de C-Level. Esses números preocupam porque os atuais executivos da geração Baby Boomer, nascidos na década de 50 e 60, estão se aposentando. Em contraste, quando perguntado aos funcionários da geração Y se eles se consideram líder, 68% afirmaram que sim. Ao que parece, os jovens tem uma boa percepção do que é ser líder e como podem contribuir com a organização. Ter liderança na empresa é a capacidade de influenciar outras pessoas, gerenciar conflitos e capacidade de execução. E isso, não está ligado a cargos de chefia (sic).

    Diferente dos Baby Boomers, os jovens das gerações Y e X, esses últimos nascidos nos anos 80, não pretendem ficar mais de uma década em uma empresa. Eles buscam empresas que valorizem seu trabalho e oriente-os no seu desenvolvimento pessoal. Os cursos atuais de liderança, muitos orientados para Baby Boomers, não cumprem mais seu papel de formação. Os jovens querem aprender da mesma forma que consomem informações da Google, Facebook, Twitter, YouTube e Netflix. Ou seja, acessam quando precisam e dispõem de tempo.

    Se existe uma mudança de comportamento dos jovens perante o trabalho, está em curso um processo de aposentadoria dos mais experientes e o tempo médio de permanência na empresa é menor que uma década, como será a liderança nas empresas no futuro? Ou melhorando a pergunta, como serão as empresas no futuro?

    Embora não tenha uma bola de cristal, aposto na liderança situacional. Ou seja, lideres com habilidades especificas para situações especificas. Por exemplo, quando a empresa precisa desenvolver seu planejamento estratégico deverá contar com líderes com habilidades de visão de longo prazo aguçada, capacidade de análise e criação e seleção de cenários prospectivos. Já o processo de implantação da estratégia serão necessários líderes com foco no resultado definido e capacidade, habilidade de gerenciar conflitos e remover paradigmas. Uma vez implantada a estratégia, entra em cena líderes com perfil para tocar os processos e lidar com a mão de obra operacional.

    Uma organização baseada em lideranças situacionais aloca recursos por demanda, reduzindo as despesas operacionais e permite trabalhar com os melhores profissionais do mercado. Esse modelo de organização reduz os riscos do turnover de pessoal e atende as expectativas dos jovens de desafios constantes.

  • O remix do Yahoo!

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    Marissa Mayer, CEO do Yahoo, declarou que está colocando 1.000 empregados em lay-off, afirmando ser um “remix”. O termo surpreendeu o mercado, pois foi a primeira vez utilizado nessa situação.

    Remix significa modificar ou recombinar alguns elemento de algo já feito, termo popularizado na música, quando DJs alteram o ritmo de uma música para torna-la mais vibrante e dançável. Parece que essa foi a mensagem de Marissa para o mercado, principalmente, para o pessoal de Wall Street.

    As mudanças no Yahoo começaram quando Marissa assumiu o comando da empresa depois que deixou a Google, onde foi uma das responsáveis pela atual arquitetura tecnológica do site de busca.

    A primeira mudança foi a eliminação do home office, obrigando todos os funcionários a trabalhar nos escritórios da empresa. Uma atitude de certa forma contrária ao padrão descontraído de trabalho nas empresas de tecnologia. Fato criticado ainda hoje por muitas pessoas, inclusive por Richard Branson fundador da Virgin.

    A segunda medida foi aumentar o numero de funcionários registrados e contratados. Durante esse período, metade dos antigos funcionários foram substituídos. Depois reduziu uma parte e agora com o “remix” o número cairá para 11.000 funcionários.

    Mas, afinal onde Marissa quer chegar com o Yahoo? Sabe-se que sua meta é tornar o Yahoo vital na vida das pessoas, assim como a Google.

    Os desafios e as incertezas são grandes, principalmente, pelos resultados abaixo das expectativas nos últimos trimestres. A promessa de Marissa é aumentar a receita, gerenciar melhor as margens de lucro e os custos.

    Toda a transformação, melhor dito, “remix” tem seus riscos e tempo de maturação.

  • O desafio para evitar a distração

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    Os psicólogos afirmam que a forma mais hipnótica de concentração em uma atividade é quando você faz parte dela, conhecida como fluxo. Alguns filmes conseguem capturar tanto nossa atenção que não percebemos o tempo passar e nos envolve completamente na trama. Imagine o aumento de produtividade se conseguíssemos altos níveis de concentração. Infelizmente, isso raramente acontece, pois vários eventos ao nosso redor nos distraem, incluindo as notificações do nosso smartphone.

    Os pesquisadores da Steelcase observaram que quando universitários precisam se concentrar para estudar para uma prova eles vão para uma biblioteca e ficam de costas para a parede, evitando a preocupação natural do homem de saber se existe alguma ameaça por trás. Dessa observação tiveram a ideia de desenvolver um micro escritório que envolva a pessoa e que permita vários ajustes que proporcionem conforto. Com isso, eles afirmam que podem prolongar o tempo de concentração no trabalho.

    Essa pesquisa me chamou a atenção para os escritórios abertos, os open offices. Nesses ambientes os funcionários são distraídos por vários eventos externos, reduzindo sua produtividade por ausência de fluxo.

    Muitas das empresas que usam o conceito de open office também adotam o conceito de home office, permitindo que seus funcionários trabalhem em casa. A esperança é que os funcionários tenham um ambiente que possam se concentrar para realizar atividades que exigem muita atenção. Se o ambiente familiar for caótico a produtividade desse funcionário será baixa. Embora, sempre existe um Starbucks com WiFi grátis para se trabalhar.

    Ter um ambiente envolvente em casa para trabalhar e estudar é importante. Em Xangai na China, os coordenadores de classe visitam as casas dos estudantes para conhecer o ambiente de estudo e cobram dos pais um local apropriado de estudo.

    Todo o esforço é justificável para aumentar a produtividade das pessoas.

  • Wearable computers. Apenas uma moda?

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    Engana-se quem pensa que os wearable computers são apenas mais uma moda. O exército americano já utiliza computadores de pulso desde 1989 para auxiliar os soldados nos combates. Esportistas já usam há muito tempo relógios que controlam as batidas do coração durante exercícios físicos. Idosos japoneses utilizam sensores de movimento para alertar serviços de monitoração sobre quedas em casa e acionar socorro. Ou seja, wearable computer já é uma realidade há muito tempo. A novidade é que com o lançamento do Apple Watch as atenções se voltaram para explorar novas possibilidades. O dispositivo de pulso da Apple junta-se ao Samsung Gear e ao Moto 360.

    Os wearable computers têm várias funcionalidades que podem ser utilizadas para aplicações. Os sensores de movimento podem ser utilizados em jogos. Os sensores de temperatura ajudam no controle da condições físicas dos usuários. Com sinais no pulso evitam que as pessoas olhem o celular o tempo todo.

    Com a popularização dos wearable computers muitas outras aplicações surgirão. Os desenvolvedores terão mais estímulo para criar novas soluções e o mercado deve crescer.   A previsão do IDC é de comercialização de 45 milhões de unidades em 2015 e 126 milhões até 2019.

    Com a proliferação dos wearable computers cresce a quantidade de dados. Isso deve impulsionar novas aplicações de Big Data em ambientes Cloud Computing. Uma coisa puxa a outra.