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Tech & Energy Think Tank

Think tank independente com foco em energia, tecnologia e tendências globais. Análises para apoiar decisões estratégicas com visão de impacto.

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Autor: Eduardo Fagundes

  • Plataforma para Gestão de Decisões

    Assisti o documentário Particle Fever sobre a construção do Large Hadron Collider – LHC, o maior acelerado de partículas de maior potência do mundo, incialmente utilizado pelos físicos experimentalista para provar a existência do Bóson de Higgs. Depois de milhares de colisões de partículas conseguiram detectar uma partícula com massa de ± 125.3 ± 0.6 GeV/c2 com uma precisão menor de 5-sigma, o provável Bóson de Higgs.

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    A construção do LHC consumiu 7 bilhões de Euros, um consórcio que envolveu mais de 100 países. Em uma apresentação um economista perguntou qual o retorno do investimento. O líder do projeto disse que não fazia a menor ideia. Comentou que quando o Maxwell imaginou e Hertz demonstrou a existência da radiação eletromagnética, eles não faziam a melhor ideia do rádio. Ou seja, existem algumas coisas que o retorno financeiro é intangível.

    Trazendo isso para o mundo dos negócios, hoje com Big Data e ferramentas avançadas de análise conseguimos prever acontecimentos baseado no colossal volume de dados que conseguimos manipular das redes sociais ou de sensores remotos, ou ainda a combinação de ambos.

    Tomadas de decisão baseadas na intuição começam a cair em desuso quando trabalhamos com produtos e serviços para massa de consumidores globais. Nossa limitação de enxergar tendências em grandes volumes de dados e bloqueios mentais por questões culturais e experiências passadas, não permitem uma tomada de decisão correta e eficaz, reduzindo, dramaticamente, a probabilidade de erro. Diferente de decisões tomadas por intuição ou por consenso.

    O mercado financeiro já descobriu isso há muito tempo. Existem muito robôs que fazem a compra e venda de ações nas bolsas de valores baseados na coleta de milhares de análises em tempo real. O desafio das corretas é ter robôs com algoritmos rápidos o suficiente para detectar tendências e, eletronicamente, fazer os lances sem a interferência humana antes dos concorrentes.

    Atualmente, existem plataformas avançadas de análise de dados com várias ferramentas de análise que podem ser combinadas para criar insights para a tomada de decisão. Melhor ainda, essas plataformas estão disponíveis em Cloud Computing, sendo possível pagar por demanda sem grandes investimentos iniciais.

    Então, tecnologia não mais o problema. O desafio está em fazer a aquisição de dados e ter pessoas habilitadas para desenvolver algoritmos e fazer as análises.

    Lembrando que uma longa caminhada começa com o primeiro passo.

  • Segurança da Informação nas Pequenas e Médias Empresa é disruptiva

    As práticas que as pequenas e médias (PME) adotam para suas informações podem ser disruptivas para as grandes empresas. A tendência é que as PME adotem cada vez mais soluções SaaS (Software as a Services) para gerenciar suas informações. Não tem o menor sentido investirem em soluções locais e dedicadas de gestão da informação quando estão disponíveis no mercado soluções robustas operadas por grandes fornecedores de sistemas de informação, tais como SAP, Microsoft, Totovs, Google ente outras. Essas soluções em ambiente Cloud Computing trazem muito mais segurança que as soluções locais, pelo simples fato que esse é o negócio dos fornecedores de software.

    O que vemos nas grandes empresas são investimentos cada vez maiores em segurança da informação e processos de governança de TI. Quando mais processos, mais burocracia interna. Cada vez que uma auditoria interna ou externa detecta uma falha nos processos, novos controles internos são implantados. Isso torna a operação do negócio complexa e cara. No tempo, podemos comparar os procedimentos internos das grandes empresas ao conjunto de leis de países ineficientes.

    A questão é se concentrar no que é mais importante. No final do dia, o que as empresas precisam controlar é o acesso às informações por pessoas autorizadas, dentro do conceito “Need to Know”. Cada funcionário deve ter acesso aquelas informações que são necessárias para a execução de suas atividades dentro da empresa. Quando mudam de posição seus acessos devem ser reconfigurados.

    Resumindo, as práticas adotadas pelas PMEs de gestão da informação em ambientes Cloud Computing são disruptivas para as grandes empresas. Para as grandes empresas soluções SaaS são fatores de eficiência, redução da burocracia e aumento da margem de lucro. O maior desafio é mudança de paradigma dos executivos das grandes empresas. Para empresas familiares é uma opção. Para as empresas de capital aberto uma questão de respeito com dinheiro dos acionistas.

  • Tecnologia do cotidiano evolui mais rápido que as das empresas

    Curioso quando se compara a tecnologia utilizada no cotidiano das pessoas e as tecnologias que são utilizadas pelas empresas. Cerca de um terço dos computadores das empresas no mundo ainda usam o Windows XP, enquanto as pessoas já usam no dia a dia sistemas operacionais baseados em nuvens, como o iOS, Android e Windows 8. Hoje sincronizar o calendário do Outlook 365 e o Calendário do iPad é automático e sem complicações. Tamanho de espaço no hard disk já não se discute mais, o armazenamento no OneDrive é de 1 TB para quem assinatura do Office 365. Para os assinantes do Google for Works é ilimitada. Os bancos ainda utilizam sistemas legados de contas correntes em Cobol. Nada contra o Cobol, mas são sistemas desenvolvidos em cenários de baixa integração.

    Ainda existe muita resistência para a adoção de ambientes de computação em nuvem pelas empresas sob a errônea alegação que é um inseguro. O uso de ferramentas analíticas e Big Data está restrito a poucas empresas que entenderam que esse é o caminho da inovação.

    Vamos continuar a observar o desempenho das empresas que resistem a dar um salto de tecnologia para se alinhar com as tecnologias que usamos no nosso dia a dia. Será que elas sobreviverão?

  • Mudança transformacional

    Apenas metade dos executivos acredita que suas empresas possam realizar mudanças transformacionais, segundo uma pesquisa com 106 executivos realizada pela Forbes em 2014.

    Um dos maiores desafios citados é designar pessoas certas para implementar os projetos (88%) e a necessidade de alocar recursos suficientes para iniciar (85%). Essa pesquisa confirma que uma boa parte das empresas não estão preparadas para as mudanças do cenário econômico.

    A crise de 2008 do setor financeiro internacional afetou todas as empresas no mundo e poucas estavam preparadas para enfrentar a crise. Não apenas as pequenas, a GM no Estados Unidos teve que ser socorrida pelo Governo para não fechar as portas. O desafio é como se preparar para as mudanças.

    Mudanças ocorrem todo o tempo, não apenas em catástrofes. Veja o caso da Lockheed Martin, uma empresa americana de 100 anos focada em soluções de defesa para a Guerra Fria, quando o governo americano cortou o budget ela teve que se transformar. Atualmente, 90% de seus negócios estão concentrados em negócios internacionais e para produtos não ligados a defesa.

    Outro exemplo é a IBM. Provavelmente, ninguém que conhecia a IBM em 1911 quando foi fundada a reconheceria hoje. Após décadas fabricando hardware, atualmente a maior parte da sua receita vem da área de serviços.

    Uma mudança catastrófica para uma empresa pode acontecer a partir de uma mudança regulatória da legislação do país onde atua. Um exemplo é a legislação ambiental que obriga as empresas a modificar seus processos produtivos e materiais para se adequar as novas normas sob o risco de pesadas multas.

    A condição essencial para garantir a manutenção dos negócios é avaliar continuamente o valor que a empresa entrega aos seus clientes. As necessidades dos clientes mudam constantemente e as empresas devem criar mecanismos para monitorar e antever as mudanças de comportamento e as condições de mercado.

    Uma solução para isso é usar como vantagem competitiva a análise de grandes volumes de dados, o Big Data. Segundo a pesquisa da Forbes, apenas 60% dos entrevistados disseram que usam de forma satisfatória os recursos de análise para entender o comportamento dos clientes e tomam ações a partir dessas informações.

    Portanto, a capacidade de transformação deve ser um dos principais atributos das empresas que desejam durar. Para isso devem contar com pessoas certas para iniciar o processo de transformação e usar de forma eficiente soluções de análise de dados para sempre entregar valor aos seus clientes.