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Tech & Energy Think Tank

Think tank independente com foco em energia, tecnologia e tendências globais. Análises para apoiar decisões estratégicas com visão de impacto.

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Autor: Eduardo Fagundes

  • Hyperconvergence Infrastructure: eficiência e redução de custos para data centers

    A convergência da infraestrutura dos data centers cria oportunidades de redução de custos e maior eficiência na operação. A HCI (Hyperconvergence Infrastructure) é a consolidação de servidores, sistemas de armazenamento, rede, hypervisors, proteção de dados, eficiência no acesso aos dados, gerenciamento do ambiente e outras funcionalidades que simplificam e aumentam a eficiência da infraestrutura de TI, permitindo escalabilidade, agilidade e redução de custos.

    A convergência pode ocorrer de várias formas. A mais comum é reunir o servidor, o sistema de discos e switches de rede em um único produto pré-testado e pré-validado. Entretanto, essa solução apenas atende ao ciclo de compras e atualização dos produtos. É necessário administrar os ambientes virtualizados, as LUNs (Logical Unit Number) de endereçamento de lógico dos discos, otimização da WAN (redes de longas distâncias), as soluções de backup, replicação, desduplicação (deduplication) e compressão de dados. (mais…)

  • As oportunidades da computação cognitiva e Big Data no mercado fintech

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    O mercado de tecnologia para serviços financeiros (fintech) aumentou de US$11 bilhões em 2014 para US$20 bilhões em 2015. A tecnologia financeira está associada a inovação em serviços financeiros. As startups fintech têm o objetivo de criar negócios disruptivos para quebrar os tradicionais serviços oferecidos pelo sistema financeiro atual. Investimentos baseados em crowdfunding, empréstimos peer-to-peer, micro empréstimos e serviços de consultoria financeiro são algumas das modalidades de serviços fintech. O grande desafio é criar serviços que ofereçam facilidades, melhores rendimentos e segurança para os investidores. Neste contexto, a computação cognitiva e Big Data são ferramentas ideias para atuar no mercado fintech.

    Uma das grandes tendências em 2015 foi o investimento em fintechs pelas instituições financeiras em incubadoras, aceleradoras, laboratórios, talentos, parcerias, aquisições e fusões de empresas digitais e fundos de riscos.

    Em Londres, onde 40% dos empregos estão em serviços e tecnologia financeira, as empresas fintech mais conhecidas são FundingCircle, NutMeg e TransferWise. As empresas londrinas receberam, em 2014, US$539 milhões de US$1,5 bilhões que foram distribuídos para empresas europeias. Entre elas, Amsterdã recebeu US$306 milhões e Estocolmo US$266 milhões. Nos últimos 10 anos, Estocolmo foi a cidade na União Europeia que mais recebeu investimentos em fintechs. O banco espanhol BBVA investiu US$68 milhões no banco Atom.

    Nos Estados Unidos existem inúmeras startups fintech, Money.Net, Betterment, Lending Club, Behalf, Prosper, SoFi, Square, Stripe entre outras. Um estudo da EY de 2016 aponta que a Califórnia é a melhor classificada em talentos e capital e Nova York para demanda de serviços.

    Na região da Ásia-Pacífico, foi criado um centro de tecnologia financeira em Sydney na Austrália em 2015. Em Hong Kong também foi lançado um centro de inovação para fintech.

    As novas tecnologias de computação cognitiva (Learning Machine), Big Data e ferramentas analíticas são fundamentais para as fintechs. Elas podem ser o centro dos negócios de empresas de consultoria para investimentos e para seguros dos mais variados. Como o acesso a essas tecnologias é, relativamente, fácil e têm uma excelente relação custo-benefício, basta reunir um grupo de talentos e criar um startup para consultoria financeira.

    O acesso fácil a ambientes de Cloud Computing permite criar aplicações robustas com alta disponibilidade, essenciais para qualquer negócio fintech, com excelente relação custo-benefício e escaláveis.

    Até esse ponto, o que precisamos são de talentos que desenvolvam novos modelos de negócios no mercado financeiro. Acredito que o Brasil tem um tremendo potencial no mercado fintech.

    Obviamente, existem desafios. Um deles é atender a regulamentação do setor que é pouco flexível para novos negócios, incluindo penalidades para certos serviços, como para empréstimos peer-to-peer.

    Outro ponto é confiabilidade dos serviços. Na China, o serviço Ezubao de empréstimos peer-to-peer depois de coletar mais de US$7,6 bilhões de 900.000 investidores antes de ter seus executivos presos por má gestão. Outra preocupação são os fundos crowdfunding para investimentos. A empresa inglesa Rebus faliu depois de captar cerca de US$1,2 bilhão de 109 investidores dentro da plataforma de crowdfunding Crowdcube em 2015.

    Temos ainda muitos desafios no mercado de fintech, entretanto é uma tendência que deve estar no radar de todos os investidores e empreendedores. Acredito que no Brasil o caminho é criar startups de fintech para consultoria financeira baseada em computação cognitiva e Big Data. Temos talentos, alguns fora do mercado financeiro, para iniciar um movimento de ruptura do modelo atual.

  • Os valores de resgaste de ataques Ransomware estão aumentando

    subestacao-de-energia-2O que começou com poucos dólares de resgate para recuperar dados criptografados por malware do tipo Ransomware, agora esses valores já ultrapassaram a barreira dos milhões de dólares. Esse tipo malware impede ou limita o acesso dos usuários ao seu sistema e exige o pagamento de um resgate através de pagamentos online para obter novamente acesso aos dados. Alguns ransomware criptografam os arquivos (chamados de Cryptolocker). Alguns utilizam a rede TOR para evitar o rastreamento da comunicação. Os preços variavam entre US$24 até US$600, pagos através de bitcoin. Obviamente, como qualquer ato criminoso de sequestro, o pagamento do resgate não garante a liberação da vítima. Um Ransomware pode ser baixado, inconscientemente, pelo usuário visitando sites maliciosos ou comprometidos e através de anexos de e-mails. Empresas que não possuam planos de resposta para ataques terão suas operações interrompidas e prejuízo financeiro, e talvez até optem por pagar o resgaste.

    Empresas que operam sistemas de missão crítica baseado em sistemas SCADA são mais vulneráveis a ataques por não terem proteções sofisticadas e, em muitos casos, usam sistemas operacionais obsoletos. A infecção de sistemas SCADA, apesar de isolados das redes corporativas, são feitos através de pendrives, como foi o famoso caso do ataque cibernético ao sistema nuclear do Irã e o blackout de energia na Ucrânia.

    Uma vez executado no sistema, um ransomware pode bloquear complemente o sistema ou bloquear os arquivos predeterminados a partir de uma palavra chave. No primeiro caso, o ransomware mostra uma tela que impede o usuário a acessar o sistema e dá as instruções de como pagar o resgate. O segundo tipo, o ransomware criptografa documentos, planilhas e outros arquivos importantes.

    Os primeiros casos de infecção ransomware datam de 2005-2006 na Rússia. Alguns ransomware localizam a área geográfica da vítima e mudam o teor do texto para iludir o usuário e fazendo que ele execute ou abra um arquivo. Os pagamentos de resgastes eram realizados através de serviços de pagamento online que permitem anonimato.

    Em 2013, um ransomware conhecido como CrytoLocker criptografava os arquivos com chaves RSA-2048 ou AES+RSA. O RSA usa uma criptografia de chaves assimétricas, uma usada para criptografar e outra para decifrar, as chamadas chaves públicas e privadas. A AES usa chave simétrica, uma única senha, para criptografar e decifrar. A tática para saber que criminoso não está blefando é liberar a chave simétrica para decifrar os arquivos, entretanto, sem uma das chaves assimétricas é impossível abrir os arquivos.

    Em casos mais recentes, o malware depois de comprometer o sistema ele se autodestrói, sendo impossível rastreá-lo no computador, neutralizando ações forenses. Outra sofisticação dos ransomware é que eles podem comprometer também os arquivos de backup gerados por algumas tecnologias de espelhamento de arquivos.

    As recomendações para evitar esse tipo de malware são as mesmas para outros tipos de vírus. Não acesse sites duvidosos, não abra e-mails de desconhecidos, mantenha backups off-line de seus arquivos e mantenha seu antivírus e seus sistema operacional atualizados. Mantenha programas de treinamento e conscientização de empregados para evitar infecções no ambiente corporativo.

    Em alguns casos, você pode recuperar seus arquivos retornando a um ponto de recuperação do sistema ou fazendo uma cópia das trilhas do disco infectado.

    O fato é que os cybers criminosos estão cada vez mais sofisticados, alguns financiados por empresas e governos, e para estarmos a frente dos ataques são requeridas novas abordagens de segurança, arquiteturas de backup de dados e redundância de servidores e sistemas de armazenamento.

    O uso de ferramentas baseadas em computação cognitiva e Big Data são poderosas para monitorar o comportamento dos ambientes e tomar ações imediatas para proteger os sistemas.

    Em segurança da informação não dá para subestimar os riscos, a efetivação de um ataque pode destruir uma empresa, principalmente agora que grandes empresas e países estão entrando na guerra cibernética.

  • Temos que considerar os serviços de inteligência artificial nas nossas aplicações

    Temos que considerar os serviços de inteligência artificial nas nossas aplicações

    A Google anunciou a oferta ao público de sua tecnologia de inteligência artificial (IA) baseada em código aberto TensorFlow, o software que impulsiona suas redes neurais. A IBM já oferece como serviços sua solução em nuvem de computação cognitiva, o Watson. A Facebook, Twitter e Microsoft têm feito grandes avanços nesse campo. Essa será a nova transformação do mercado de tecnologia da informação.

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