Encontre o sucesso aprendendo com os equívocos

Para se aprender com os equívocos e criar projetos de sucesso é preciso ariscar. Infelizmente, poucas empresas já estabelecidas e com mercados bem definidos e lucrativos apostam em projetos inovadores que embutem um certo risco. Normalmente, são empresas pouco tolerantes a equívocos. Entretanto, é testando novos produtos e criando práticas de negócios alternativos é que se aprende e se encontra o sucesso.

Evitei utilizar a palavra erro para não criar confusão com falha. Gosto do conceito de equívoco que diz que é uma decisão, uma ação ou um julgamento que resulta em algo menor que o esperado com as informações que se tinha até aquele momento.

Quando se trabalha com inovação para mercados pouco conhecidos é difícil prever os resultados. Se adotarmos os mesmos conceitos de sucesso para mercados conhecidos e produtos de inovação de sustentação podemos nos equivocar e abortar projetos de inovação que poderão alcançar o sucesso.

Por essa razão é importante ter um processo de avaliação diferenciado para projetos inovadores, criando métricas diferentes das estabelecidas pela empresa. Um exemplo típico é a taxa de retorno de um investimento (ROI). Tentar aplicar o ROI para produtos inovadores pode levar a um equívoco, pois poderá não identificar outras oportunidades em novos mercados que possam ser exploradas.

Algumas empresas criam operações desvinculadas da empresa estabelecida para lançar produtos inovadores, principalmente com tecnologia disruptiva. Existe a terceirização da inovação, empresas que são criadas para desenvolver inovações disruptivas com financiamento de capital de risco, que mais tarde são absorvidas pelas empresas estabelecidas. Alguns financiamentos de risco são realizados pelas empresas já estabelecidas.

Para se aprender com os equívocos é necessário criar um ambiente diferenciado que reconheça as pessoas que tentam acertar e aprendem com seus equívocos. Para isso é necessário criar novos conceitos de avaliação de resultados.

Veja a entrevista de Paul J. H. Schoemaker sobre o seu livro “Brilliant Mistake”.