Eduardo M Fagundes

Tech & Energy Insights

Análises independentes sobre energia, tecnologias emergentes e modelos de negócios

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Futuro difícil sem engenheiros

Três em cada dez alunos de engenharia abandonam o curso no primeiro ano. Os cursos de ciências, matemática e computação também sofrem na mesma proporção, 29,1% deixam a faculdade no primeiro ano. O fenômeno está relacionado com a baixa formação no ensino fundamental e médio, principalmente em matemática. O PISA, pesquisa que avalia o conhecimento e habilidades dos alunos no final do ensino fundamental em mais de 60 países, mostra que o desempenho dos alunos brasileiros está abaixo da média. Das três áreas avaliadas (ciências, matemática e leitura), a média em matemática é decepcionante.  Na classificação de média alta em matemática, o Brasil tem apenas 0,8% dos estudantes, enquanto a média mundial é 12,6% (dados de 2012).

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Fonte: Folha de São Paulo, 3/10/2016

A falta de financiamento estudantil também está contribuindo para a evasão das escolas. Acredito que as cotas nas Universidades não mudam esse quadro, pois o desempenho dos alunos afro-brasileiros não difere do restante, e em muitos casos até os supera.

Temos que atacar a base, melhorando o ensino fundamental. Isso passa por melhorar as condições e a atratividade do ensino para os professores. Para os alunos do ensino médio que decidirem pela carreira de exatas o ensino de matemática deve ser intensificado. Outras ações devem ser realizadas, como ampliar as competições de matemática e incentivar os alunos ao estudo com metodologia e desafios atraentes. Também, mostrar aos estudantes que existem oportunidades de carreira e remuneração vantajosas.

Um país não cresce sem engenharia de qualidade. As atividades manuais e repetitivas estão com seus dias contatos.  O novo cenário tecnológico da industria, requer profissionais altamente qualificados para ensinar as máquinas e desenvolver modelos matemáticos para análises preditivas avançadas.

Pessoas com baixa qualificação profissional terão enormes dificuldades para conseguir um trabalho digno. Isso é ruim para as pessoas, para a economia, para a sociedade e para a nação. Isso requer ações urgentes, passando pelo entendimento politico e contribuições da sociedade em geral, incluindo os empresários.

 

 

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