O Paraguai está se tornando atrativo para empresários brasileiros

A Estrela, tradicional fabricante de brinquedos brasileira, está estudando mudar suas fábricas para o Paraguai. Alega que o custo da energia é quase 80% menor que no Brasil, os impostos são baixos e a mão de obra é barata. Um novo projeto industrial foi instalado no Paraguai, hoje liderado por um presidente que é empresário (parece que não vendia consultoria com informações do Wikipédia nem carne enlatada).

Uma análise realizada pela consultoria Ricam, de Ricardo Amorim, mostra que no período de 2011-2015 o crescimento do Brasil só perdeu para a Venezuela. O interessante é que a maioria dos países da América Latina estão resolvendo seus problemas crônicos e avançando no crescimento. A Colômbia negociou um acordo com as FARCS e de fronteira com a Venezuela. Está gradativamente eliminando os carteis do tráfico de drogas. O Paraguai está deixando seu complexo de inferioridade e adotando práticas de crescimento sustentável. O Peru e Chile aderiram ao acordo comercial Trans-Pacifico, integrando um forte grupo que inclui os Estados Unidos, Japão e México. Esse bloco econômica representa 40% da economia mundial.

PBI America Latina

O Brasil testou uma politica econômica baseada no aumento da demanda, apoiada por crédito fácil e desonerações fiscais. Infelizmente, o mundo real mostrou que a teoria estava equivocada. Agora estamos sem um plano de consenso entre governo, empresários e sociedade em geral.

Assim como a Estrela, que já adotava praticas de importação de brinquedos da China, para se manter competitiva está prestes a deixar o país, buscando alternativas para continuar sua existência iniciada em 1937.