Os novos desafios que norteiam a Embrapa

Com o sucesso no desenvolvimento de variedades adaptadas ao Cerrado, numa época de carência de pesquisas privadas, a Embrapa chegou a ter 60% do mercado brasileiro de sementes de soja e 30% do de milho. Hoje, essas participações caíram para 9% e 1%, respectivamente.

A Embrapa  manter fatias de 7% a 12% nesses mercados, mas medir forças com as grandes multinacionais seria infrutífero e colocaria em risco centenas de outros projetos importantes e que não atraem a iniciativa privada por falta de retorno.

Segundo a Embrapa, é impensável dirigir todos os esforços da Embrapa, com seu orçamento total da ordem de R$ 2 bilhões por ano e os entraves burocráticos que limitam sua agilidade, para bater de frente com grupos como Monsanto, que só em pesquisas investe mais de US$ 1 bilhão.

A sustentabilidade da produção propõe mudanças importantes. É necessário  “descarbonizar” o setor, cuja emissão é grande. Temos as emissões entéricas dos bovinos, dejetos e grande uso de nitrogênio. Sem falar dos desafios com as mudanças climáticas”. Segundo a Embrapa, há 400 pesquisadores da Embrapa envolvidos em trabalhos sobre diferentes pontos ligados às mudanças climáticas.