Redução de custos deve ser um processo

Em grandes organizações de TI a redução de 1% das despesas significa muito dinheiro. Tomando por base as despesas operacionais de TI e telecomunicações (TIC) do Bradesco e Itaú-Unibanco podemos avaliar o impacto das pequenas reduções. No último trimestre o Bradesco teve uma despesa consolidada direta em TIC de R$1,86 bilhão e o Itaú-Unibanco de R$1,5 bilhão. No Bradesco a despesa representa 20% das despesas administrativas e no Itaú 24%. Em telecomunicações o Bradesco reduziu a participação de telecomunicações em 1% comparando o mesmo trimestre de 2009, embora as despesas totais de administração tenham crescido 18%. O percentual de despesas em TI sem comunicações permaneceu estável em 8%. No Itaú, as despesas em TIC aumentaram 19% na comparação entre os trimestres desse ano e do ano passado, frente a um aumento de 12% das despesas totais de administração. Acredito que isso tenha ocorrido pela adequação dos padrões de TIC do Itaú nas operações do Unibanco. Em 2010, o Bradesco está investindo R$1,5 bilhão em TIC na modernização e expansão das agências. Atualmente, o Bradesco possui 6.283 agências e o Itaú 4.980, além de milhares de pontos de atendimentos que ambos mantêm no Brasil e exterior. Quando tratamos de números grandes como esses, pequenas ações de redução de custos têm um grande impacto em valores absolutos. Ambos, Bradesco e Itaú, são listados como empresas nível 1 em governança corporativa e por conta disso devem demonstrar o comprometimento com a eficiência nas operações internas. As outras empresas também devem implantar processos que garantam que periodicamente suas despesas operacionais sejam avaliadas através de testes de mercados, pois a tecnologia evolui rapidamente criando oportunidades para redução de custos.