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Tire o foco da inovação, aposte no empreendedorismo

Como professor e consultor tenho contato com muitos profissionais de empresas de diferentes portes e setores. Percebo de alguns deles a angustia na busca pela inovação. Isso é saudável, pois estimula a criatividade e deixa as pessoas mais atentas as oportunidades que nos cercam. Entretanto, recomendo que tenham cuidado na busca pela inovação focando apenas nas tecnologias e nas “buzzwords” do momento. A tentativa de uso de tecnologias emergentes e pouco conhecidas, além do seu custo inicial, pode inviabilizar vários projetos e ter um efeito inverso do desejado, ou seja, levar a perda de competitividade da empresa. Recomendo que o foco seja no empreendedorismo, buscando oportunidades para gerar riqueza para empresa (ou para si mesmo). O uso de tecnologias é apenas uma consequência do empreendedorismo.

Uma buzzword atual é “business transformation”, uma roupagem nova para o e-business do século passado. A diferença é a velocidade que as mudanças estão ocorrendo. No século passado as iniciativas de comércio eletrônico eram complementares e levaram quase 20 anos para se tornarem essenciais para os negócios. Hoje, o tempo de adoção de novas práticas de negócios é muito mais rápida, graças as novas tecnologias, a redução significativa dos preços dos serviços de computação e, principalmente, pela alta expectativa dos consumidores por coisa novas.

Cá entre nós, transformar um negócio, principalmente se ele é lucrativo, não é fácil. As empresas já constituídas ao longo do tempo atingem um nível de eficiência operacional que torna as ações das pessoas quase que robotizadas e os desafios de ganhos de eficiência e crescimento são modestos. Normalmente, essas empresas avançam na automação e reduzem a necessidade de pessoal especializado com altos salários.

Mas então, como romper a cultura das empresas e buscar novos negócios? A resposta é estimulando o empreendedorismo dos empregados e da comunidade.

Uma prática cada vez mais adotada pelas empresas é fomentar a criação de startups, desvinculadas das empresas e com vida própria. Isso permite contratar pessoas com perfil diferente, usar processos de negócios mais simples, fugir do compliance, ter mais agilidade na tomada de decisões e experimentar novos modelos de negócios sem afetar o negócio principal. Esqueça aquele negócio de sinergia entre as operações – serviços compartilhados – isso sufoca qualquer startup.

É claro que o conceito de startup está fortemente relacionado ao empreendedorismo. Aliás, empreendedorismo é a chave para o sucesso de qualquer negócio. Todos nós conhecemos histórias de pessoas com grandes ideias que fracassaram. Se olharmos mais atentamente veremos que a causa principal foi a falta da característica empreendedora do líder do negócio (dono, presidente, diretor, gerente, supervisor ou coordenador).

Se analisarmos as pessoas de sucesso, veremos que são grandes empreendedores. Conseguiram transformar conhecimento e habilidades em negócios rentáveis. Certamente, não foi apenas sorte, lutaram muito para estarem preparados para identificar e executar ações para aproveitar uma oportunidade e transformá-las em riqueza.

Mas isso é parte de um processo, não é um estalar de dedos que mudamos a cultura de uma pessoa ou de uma empresa. Business Transformation, não é tecnologia é mudança cultural.

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