Vandalismo e Continuidade de Negócios

As manifestações públicas em várias cidades brasileiras apontam para um descontentamento das pessoas sobre a forma de governo e suas ações. A maioria dos manifestantes desejam passeatas pacificas e condenam atos de vandalismo. Mesmo pacificas, as manifestações interrompem o trânsito das principais avenidas das cidades trazendo um forte transtorno para outras pessoas e comércio. Infelizmente, manifestantes extremados depredam o patrimônio público e privado, configurando claramente atos de vandalismo. Normalmente, os alvos são ônibus, vitrines de lojas e agências bancárias. Dentro deste contexto, as empresas devem rever seus planos de continuidade de negócios.

As empresas devem se perguntar como operar se houver uma manifestação popular, mesmo que pacifica, bloqueie a chegada de seus funcionários ou a logística de atendimento aos clientes. Outro ponto importante é como operar se o fornecimento de energia e telecomunicações for interrompido.

Faça um teste. Vá até a calçada do seu escritório e observe os postes da sua concessionária de distribuição de energia (use o Google Maps e o Street View para as suas filiais) e imagine o que aconteceria se os fios e equipamentos instalados no poste fossem destruídos. Você pode argumentar que em poucas horas o serviço será recuperado pelas empresas de serviços. Mas imagine se a ação for coordenada por manifestantes extremados que destruam vários pontos críticos da sua região. O tempo de recuperação será longo e sua empresa ficará inoperante. O uso da Internet do seu celular tem duração limitada, pois você não terá energia para recarregar a bateria. Os no-breaks de seu data center se esgotam em poucos minutos. Talvez, o gerador do seu prédio não tenha sido projetado para atender a toda demanda de energia para o funcionamento de suas operações.

Rua Verbo Divino

Foto do Google Street View: Rua Verbo Divino, São Paulo

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Fotos do Google Street View: Av. Araguaia, Alphaville-Barueri

Agora calcule o prejuízo da sua empresa se essa situação perdurar por vários dias. Inclua no calculo as horas paradas dos funcionários, as vendas perdidas e não recuperadas, os impactos da não entrega de propostas comerciais e respostas a licitações públicas. Além disso, a falha na comunicação com bancos para pagamento de fornecedores e impostos e aplicações nas bolsa de valores e outros investimentos de curto prazo.

Certamente você verificará que o prejuízo é maior que investimentos em um plano de continuidade de negócios.

Esse é um bom momento para pensar e rever os planos de continuidade de negócios e aproveitar a situação para conseguir investimentos para os projetos.