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Think tank independente com foco em energia, tecnologia e tendências globais. Análises para apoiar decisões estratégicas com visão de impacto.

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Autor: Eduardo Fagundes

  • Como diferenciar meus produtos na Internet?

    Se todos os preços de produtos estão na Internet como minha loja virtual pode se diferenciar no mercado? Se todas as lojas mantém seus preços na Internet o consumidor sempre comprará da loja que tiver o menor preço. Desta forma, cada vez mais o lucro será reduzido e isso poderá inviabilizar o negócio. Como fazer para sair dessa situação?

    Realmente, a Internet força uma redução de preços devido a grande competitividade e consulta rápida de preços pelos consumidores. Além disso, existem sites especializados em comparar preços, tal como o Buscapé. Concordo que o desafio é grande e você terá que usar da criatividade e inovar alguns processos. Sugiro você analisar as seguintes alternativas:

    1. Inclua na venda outro item relacionado com o produto que você está vendendo para melhorar a percepção de compra do consumidor. Por exemplo, se sua loja venda canetas ofereça um ou duas cargas adicionais por um valor menor se compradas separadamente. Com isso o consumidor verá vantagens em comprar na sua loja;

    2. Mantenha um serviço de atendimento ao cliente eficiente. Ofereça várias opções do consumidor entrar em contato com sua loja: Skype, chat, telefone ou formulário eletrônico. Isso dará mais segurança ao consumidor na hora da compra. Entretanto, assegure-se que esses serviços funcionem, senão isso arruinará sua imagem no mercado;

    3. Flexibilize os pagamentos. Crie por exemplo um processo para venda parcela através de boleto bancário. Os meios de pagamento eletrônicos não oferecem algumas opções de pagamentos devido ao risco de fraude e inadimplência. A desvantagem é que você terá que assumir alguns riscos. Se você tiver uma boa gestão de riscos você poderá gerenciar a inadimplência.

    4. Crie várias alternativas para entrega dos produtos. Existem consumidores que não querem esperar dois dias úteis para ter o produto. Então crie um serviço expresso. Com isso você poderá obter um lucro maior com esse serviço de entrega;

    5. Fidelize os clientes. Cadastre cada interação que você tiver com os consumidores. Depois elabore campanhas de marketing segmentadas para cada perfil de consumidor. Isso fará que eles sempre procurem sua loja. Veja o caso da Amazon.com, eles cobram mais de antigos clientes do que de novos. Sim, os preços variam de acordo com o cliente. Preços mais baixos para atraí-los e depois de fidelizados compram mais para recuperar o investimento.

    Enfim existem várias alternativas para diferenciar sua loja na Internet usando criatividade e inovação.

  • Dicas para a contratação de serviços de computação em nuvem

    A computação em nuvem, ou cloud computing em inglês, está mudando o cenário de TI. Alguns especialistas afirmam que a revolução computação em nuvem pode ser comparada com a revolução da Internet. A principal vantagem é que o processamento passa a ser um serviço e não mais um ativo da empresa. Com isso as empresas podem se concentrar nos seus objetivos de negócios e não precisam se preocupar com aquisição de servidores, atualização tecnológica, rotinas de backup de dados, salas climatizadas para servidores, operação 24×7, escala de pessoal, treinamento especializado, etc.

    O Gartner Group uma das mais importantes consultorias de tecnologia define cloud computing como um estilo de computação que provê serviço escalável, elástico, padronizado, compartilhado entre vários clientes, pagos por demanda e acessados através da Internet.

    Vamos entender o significa essa definição. Por ser um serviço, a empresa passa a pagar como sendo uma despesa operacional (OPEX) e isso passa a ter algumas vantagens fiscais.

    Ser escalável significa que o ambiente pode crescer infinitamente sem alterar suas características. Em alguns casos, um ambiente computacional é projetado para atender a uma determinada quantidade de transações por segundo e se essa quantidade aumentar será necessário trocar toda a infraestrutura instalada. Quando ocorre isso dizemos que o ambiente não é escalável.

    Ser elástico é a propriedade do ambiente de utilizar a quantidade de recursos computacionais de acordo com a necessidade do software. Isso se aplica muito em sites de comércio eletrônico que dependendo da campanha de venda o número de acessos simultâneos pode aumentar significativamente em alguns períodos.

    O ambiente deve ser compartilhado com outros clientes com a garantia de isolamento virtual completo com garantias de segurança. Essa característica causa algum desconforto em alguns profissionais, mas é uma das formas de se conseguir reduções sensíveis de custo e garantir a elasticidade do ambiente.

    Pagar o serviço por demanda é a forma mais justa de cobrança. O custo do serviço passa a ser diretamente proporcional as necessidades do negócio. Obvio que existe um custo minimo de utilização para remunerar a infraestrutura instalada.

    O acesso deve ser feito pela Internet, permitindo o compartilhamento de acesso de vários clientes através de uma infraestrutura comum.

    Para executar as aplicações é necessário aceitar os padrões de programação recomendados pelo provedor para garantir as características do serviço.

    Existem várias modalidades de serviços oferecidos: apenas a infraestrutura de hardware (IaaS, Infrastructure as a Service); a plataforma (PaaS, Plataform as a Service), que normalmente inclui o sistema operacional e o banco de dados; software como serviço (SaaS, Software as a Service); mecanismos de acesso à conteúdo (Web engine); e outros. Cada serviço transfere mais ou menos responsabilidades para o provedor de serviços e seu consequente o seu custo.

    Um serviço que vem crescendo significativamente é o SaaS, seja pelas novas estratégias adotadas pelas empresas de se concentrar no foco do seu negócio como pelo crescimento da computação móvel. Como exemplos de SaaS temos o Google Apps para empresas, o Salesforce para CRM, os software de gestão de projetos da CA Technologies e a SAP e Microsoft com seus ERPs para pequenas e médias empresas.

    Dentro desse cenário recomendo algumas dicas para a seleção e contratação de serviços de cloud computing:

    1. Se o provedor de serviços não tiver reputação reconhecida no mercado faça uma visita no data center para conhecer sua estrutura tecnológica e organizacional;
    2. Verifique qual o fornecedor da tecnologia de cloud computing do provedor de serviços. Isso é importante porque suas aplicações irão utilizar padrões de execução definidos pelo fornecedor da tecnologia. Se no futuro sua empresa quiser migrar para outro provedor que adota outra tecnologia será necessário fazer alterações nos programas.
    3. Verifique se o serviço atende as definições de cloud computing. Alguns provedores de serviço afirmam que possuem um serviço de cloud computing mas na realidade eles hospedam as aplicações em servidores isolados de forma convencional.
    4. Verifique a infraestrutura de conexões de Internet do provedor. Assegure-se que ele tenha conexões físicas redundantes e no mínimo dois provedores de Internet. Em caso de falha de um dos provedores de Internet o trafego de dados possa ser utilizado pelo outro provedor.
    5. Verifique as certificações do provedor de serviços e de seus principais especialistas. As principais certificações são SAS-70, ITIL, ISO e das tecnologias utilizadas no data center.

    Sumarizando, o cloud computing é uma opção viável e um excelente recurso para melhorar a eficiência das organizações e reduzir custos operacionais. Para a contratação de serviços deve tomar alguns cuidados para garantir a contração de provedores de serviços competentes para se ter contratos de longo prazo.

  • Investimentos em Projetos de Sustentabilidade Ambiental trazem retorno?

    Sim, trazem um enorme retorno se a empresa soube aproveitar as oportunidades de melhoria. Os principais retornos são na imagem da empresa na comunidade e a redução de custos nos seus processos produtivos e logísticos. Na onda da economia verde o consumidor está atento às iniciativas empresariais de sustentabilidade e tendem a preferir produtos de empresas com responsabilidade social e ambiental. Isso dispara um evento em cadeia. As empresas que adotam práticas de sustentabilidade ambiental exigem que seus fornecedores façam o mesmo. Isso acaba atingindo todos os níveis da cadeia de produção, incluindo as empresas de logística de distribuição. Os investidores também estão atentos e preferem investir em empresas que adotem práticas ambientais. Tamanho é impacto dessas iniciativas que a Bovespa criou o índice de sustentabilidade empresarial para monitorar o desempenho das empresas com iniciativas ambientais.

    A segunda grande vantagem é a redução de custos da operação. A partir do momento que as empresas começam a monitorar seus ativos ambientais tais como energia, água, papel e outros insumos específicos é possível identificar oportunidades de melhorias de processos. Essas melhorias reduzem os custos operacionais, reduz a geração de resíduos e a emissão de gases de efeito estufa (GEE).

    Muitas empresas estão tomando a iniciativa de responder os questionários do Carbon Disclosure Project (CDP) e do Global Reporting Initiative (GRI). O CDP é um projeto independente sem fins lucrativos que mantem uma base de dados com informações das corporações sobre suas emissões de gases de efeito estufa, uso da água e estratégias de mudanças climáticas. O GRI produz relevantes relatórios de sustentabilidade, também conhecidos como relatórios da pegada ecológica, relatórios Triple Bottom Line e relatórios de responsabilidade social.

    Muitas empresas, principalmente europeias e americanas, apresentam seus resultados baseados no “Triple bottom line”, ou People, Planet, Profit. Ou seja, seus resultados em termos sociais, ambientais e econômicos. Por enquanto, são medições de caráter voluntário, mas que certamente no futuro serão métricas para avaliar novos investimentos e valor das empresas.

    Todas essas iniciativas definem roteiros para as empresas buscarem métodos e técnicas eficientes para uma operação mais eficiente reduzindo os impactos ambientes.

    Resumindo, investimentos em projetos ambientais trazem enormes resultados financeiros no curto e longo prazo além de ajudar na melhoria de vida das pessoas, do meio ambiente.

  • As empresas precisam de líderes ou gerentes?

    A diferença entre um líder e um gerente é que o líder transfere sua visão para as pessoas e o gerente transfere tarefas. O líder torna a relação entre as pessoas duradoura, o gerente torna a relação pontual e frágil. O líder exerce fascínio, o gerente autoridade. O líder tem seguidores, o gerente tem funcionários.

    A pergunta que sempre se faz é se podemos transformar uma pessoa em líder. Nada é impossível. O esforço da transformação tem muito a haver com as características pessoais e de sua dominância cerebral de cada individuo. Simplificando, existem quatro tipos de dominância cerebral: analítico, controlador, experimental e relacional. Cada pessoa dependendo de sua dominância cerebral encara a realidade de um modo diferente e, consequentemente, a forma de como se relacionar com as pessoas. Os analíticos e controladores são mais orientados pela racionalidade. Os experimentais e relacionais mais para o lado lúdico e emocional.

    Agora a pergunta fundamental: as empresas precisam de líderes ou gerentes? A resposta: precisam dos dois.

    De nada adianta uma empresa ter só pessoas que inspirem, as empresas precisam ter pessoas que transpirem e controlem.

    Desta forma, uma empresa de sucesso é aquela que consegue mesclar sua equipe com pessoas de diferentes características e colocá-las nas posições corretas. Muitas vezes uma pessoa tem baixo desempenho porque esta na posição errada, basta uma troca e ela deslancha.

    Sumarizando, crie uma equipe com líderes, gerentes, seguidores e funcionários. Adapte sua equipe a dinâmica da sua empresa. Coloque as pessoas certas nas posições certas.