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Tech & Energy Think Tank

Think tank independente com foco em energia, tecnologia e tendências globais. Análises para apoiar decisões estratégicas com visão de impacto.

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Autor: Eduardo Fagundes

  • Ainda não exploramos as vantagens da diversidade nas Universidades e nas empresas

    O financiamento estudantil, as cotas para negros nas Universidades, a forte pressão para o empoderamento das mulheres nas organizações e os programas de inclusão social podem ser polêmicos e gerar acaloradas discussões entre defensores e opositores, porém eles estão aí, fazem parte de programas de governo (independentemente de partidos políticos) e devem cumpridas. Sendo assim, temos que explorar ao máximo suas vantagens e aproveitar as oportunidades para criar um modelo de ensino mais participativo e novas práticas de negócios que considerem a diversidade como um fator de desenvolvimento econômico e social.

    A Universidade tem o objetivo de desenvolver as pessoas em várias perspectivas técnicas e humanas, não apenas na área de concentração escolhida pelo aluno. Um bom engenheiro deve considerar as questões de sustentabilidade ambiental, impactos sociais e econômico na sociedade de seus projetos, além das questões técnicas. No passado, a percepção dos universitários era prejudicada pelo pouco ou nenhum contato com as pessoas menos favorecidas. Exceção daqueles alunos que fizeram o ensino fundamental e médio em escolas públicas ou que participaram de programas sociais como voluntários. (mais…)

  • O desafio da transição de tecnologias

    Como as empresas e investidores podem enfrentar a transição de tecnologias nos seus negócios? Esse é o grande desafio do mercado. Quando a Internet ganhou relevância e projetou-se bilhões de acessos, várias empresas de telecomunicações investiram bilhões de dólares em cabos terrestres e submarinos para atender ao crescimento exponencial de demanda. Isso aconteceu, porém de forma mais lenta que o esperado. Consequência, várias empresas quebraram. Entretanto, a infraestrutura ficou e quem chegou depois, aproveitou e começou a ganhar dinheiro. Parece que o mesmo está acontecendo no mercado de energias renováveis. Ninguém tem dúvidas que no futuro as energias renováveis serão chaves para atender à crescente demanda por energia. Vários são os investimentos nessa área no mundo, entretanto, parece que o filme do setor de telecomunicações está repetindo. A SunEdison, uma valorizadíssima empresa do setor de energia renovável, com uma valorização de quase US$10 bilhões nas bolsas de valores, perdeu folego e suas ações caíram de US$32 na metade de 2015 para US$0,23 na primeira semana de maio de 2016. Em 21 de abril, a SunEdison declarou falência. O grande desafio é estabelecer um modelo de negócio robusto para enfrentar a transição de tecnologia. (mais…)

  • Sistema de cogeração com gás natural torna empresas autossuficientes em energia

    Da mais simples a mais complexa e sofisticada fábrica não opera sem energia. Confiar no sistema público de fornecimento de energia tem suas vantagens, porém tem seus riscos. No Brasil, as concessionárias de distribuição têm um acumulo de multas superior a R$600 milhões por não atingirem os níveis de serviço estabelecidos nos contratos com a Aneel. Os ressarcimentos para os consumidores são tão pequenos que mal se percebe nas contas de energia, o que de longe não compensam os prejuízos gerados pela falta e qualidade da energia. Empresas que desenvolvem planos de continuidade de negócios sérios (aqueles que não são apenas para auditor ver) estão considerando a autoprodução de energia para garantir a autossuficiência de energia. Uma opção é a cogeração com gás natural.

    A cogeração com gás natural permite a produção simultânea de energia elétrica e térmica (vapor e água quente) que podem ser utilizadas de diferentes formas na indústria (produção de metanol, amônia e ureia), além de refrigeração isento de CFC no processo de produção de água gelada. (mais…)

  • Geração distribuída de energia: uma oportunidade para as cidades atraírem novos investimentos

    Um fator decisivo para a seleção de uma cidade para investir em fábricas, centros de distribuição, data centers, centros administrativos entre outros empreendimentos é a disponibilidade de energia de qualidade para atender a atual e a futura demanda da região. Ainda sentimos os reflexos das escolhas erradas do setor elétrico no passado. O fato é que se as empresas não assumirem o controle da geração de energia terão sérios problemas no futuro. A questão tem que ser vista do ponto de vista estratégico e não apenas pelo lado financeiro. O ponto é quanto perderão no futuro se não investir em autoprodução de energia agora. Uma alternativa para minimizar os custos dos projetos de geração é criar um programa dentro das cidades, liderado pelo prefeito ou por empresários, para instalar plantas de geração renováveis: eólica, fotovoltaica ou biomassa.

    As escolhas erradas levaram o sistema elétrico brasileiro ao caos. As concessionárias de distribuição de energia estão com dívidas superiores a R$60 bilhões. Os custos gerenciais pelas concessionárias caíram de 40% para 13%, ou seja, 87% da receita são repassados diretamente para o pagamento de tributos, geradoras, transmissoras e outros encargos obrigatórios. O reflexo direto é a deterioração da qualidade dos serviços, observada pela piora dos índices de frequência e duração das interrupções do fornecimento de energia. Para piorar a situação, a Aneel alterou a forma de cálculo dos índices e provocou um aumento abrupto das multas e ressarcimento para os consumidores por não atingimento dos índices de qualidade. (mais…)