Os investimentos globais em eficiência energética chegarão a US$5,8 trilhões de dólares até 2030, com investimentos anuais de US$385 bilhões, reduzindo em um terço a demanda mundial de energia até 2040, enquanto a economia deve crescer em 150%. Iniciativas em eficiência energética geram mais empregos, reduzem os custos operacionais das empresas, fortalece a segurança energética e reduz as emissões de gases de efeito estufa. No Brasil, através do Programa de Eficiência Energética da Aneel, usando 0,25% da receita líquida operacional das concessionárias de distribuição de energia, oferece recursos para projetos de eficiência energética apenas com correção monetária e juro zero (sim, juro zero – isso existe no Brasil). Porém, ainda não é o suficiente para motivar e crescer o mercado de eficiência energética no país. Obviamente, que a qualificação profissional é chave nesse mercado.
Autor: Eduardo Fagundes
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Porque as fusões e aquisições falham e como se prevenir
Em 2015, foram mais de US$3.8 trilhões em M&A (Mergers & Acquisitions) de empresas, superando o recorde de 2007 e os executivos buscam mais aquisições em 2016. Esse é um processo que atinge todos os mercados. As empresas brasileiras são alvos potenciais para aquisições devido à crise financeira que assola o país e da desvalorização da moeda. Nesses processos o grande desafio é a implementação depois do negócio fechado. Existem diferentes abordagens para consolidar as operações entre processos de fusões e aquisições. Pesquisas indicam que 80% dos negócios de M&A falham em não atingir os resultados esperados.
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O desafio não é ter dados para análise e sim quem as fará
Em tempos de crise econômica e novos entrantes roubando parcelas de participação de mercado, a saída é usar intensivamente inteligência nos negócios. Conhecendo o comportamento dos consumidores é possível criar estratégias para focar no que é importante e ser mais eficaz. Um anúncio no Google Adwords pode ser mais eficiente do que ficar ligando para consumidores sem conhecer seu perfil. Devemos acompanhar a evolução dos clientes e oferecer produtos e serviços alinhados a cada momento de sua vida. Ferramentas de BI (Business Intelligence) e Big Data são excelentes para descobrir tendências e comportamentos dos consumidores. Hoje com a abundância de dados disponível, usando redes sociais ou dados públicos, é possível montar uma excelente estrutura de inteligência de mercado. Entretanto, o grande desafio é encontrar as pessoas certas para fazer essas análises.
Sabemos que as pessoas possuem dominâncias cerebrais (analíticas, experimentais, controladoras e relacionais) que se bem usadas aumentam, significativamente, a produtividade pessoal e das equipes. Também sabemos que as pessoas possuem filtros que as impedem de enxergar e interpretar algumas informações. Obviamente, para analisar o significado dos dados é necessária qualificação em estatística e conhecimento do negócio.
Uma pesquisa sobre alfabetização mostrou que hoje o Brasil tem 4% de analfabetos, porém se unirmos aqueles que só sabem ler o letreiro dos ônibus, esse número chega a 27%. Dos 73% que sabem ler e escrever, 65% tem algum nível de dificuldade. Com isso, sobrou 8% dos brasileiros que tem os melhores índices de alfabetização. Os profissionais que se destacam estão nas áreas de comunicação, artes e cultura com 26% e administração pública com 18%. As áreas de saúde e educação os índices também são bons, porém deveriam estar no topo da lista.
Dada a escassez de profissionais qualificados para análises, só as grandes empresas acabam tendo condições para montar estruturas eficientes de inteligência de mercado, com ferramentas apropriadas. Isso acaba reduzindo as chances das pequenas e médias empresas de aperfeiçoar suas técnicas de relacionamento com os clientes e vendas.
A falta de tempo das pessoas reduz a eficácia das pesquisas de campo tradicionais. Outro dia na saída de uma loja de material de construção fui convidado a responder uma pesquisa, declinei depois de saber que levaria mais de 10 minutos.
As ferramentas e os dados estão disponíveis, muitas vezes com softwares gratuitos e os dados estão disponíveis nas redes sociais, dados sobre os seguidores da página da sua empresa no Facebook, por exemplo. Dados públicos do IBGE e dos órgãos públicos também, inclusive garantidos pela Lei de Acesso a Informação.
O que temos que pensar é em um novo modelo de negócio de quem tem as ferramentas e capacidade de análise para suprir essa carência da maioria das pequenas e médias empresas, que cá entre nós é um tremendo mercado a ser explorado.
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Está chegando ao fim a era dos Desktops e Notebooks
A miniaturização dos componentes eletrônicos e o crescimento exponencial da capacidade de processamento dos smartphones e tablets permitem sistemas operacionais e softwares mais sofisticados e poderosos. Com isso, começa a eclipsar a necessidade dos grandes e desajeitados desktops e notebooks. Um exemplo da nova geração de equipamentos é o HP Elite X3, um phablet com Windows que pode se tornar um PC através do Continuum, um recurso que permite aos usuários conectar seus smartphones com Windows em um monitor, mouse e teclado.
O phablet da HP tem um processador Qualcomm Snapdragon 820 e 4 GB de RAM, 64 GB interno, expansível até 2 TB usando um cartão micros. Usa uma bateria de 4.150 mAh que garante energia até mesmo para as tarefas mais pesadas. Tem uma câmera traseira de 16 MP e 8MP de frente.
Parece que esse lançamento da HP indica a nova geração de equipamentos de uso pessoal e o fim da atual geração de desktops e notebooks.
Confesso que tive que comprar um novo notebook para executar funções do MS-Excel que não estão disponíveis no iPad Air. Tinha a expectativa que o iPad Pro executasse essas funções, porém ainda não estão disponíveis para o iOS 9, mesmo com o aumento da capacidade de processamento.
A Apple teve que se render ao teclado no iPad Pro, seguindo o Microsoft Surface. A Huawei lançou um notebook hibrido, o MateBook, com Windows 10 para competir a Apple e Microsoft. A briga começa a concentrar nessa linha de equipamentos. Parece que a HP entra com um novo paradigma que pode transformar esse mercado.
Existe uma expectativa no mercado para a convergência dos sistemas operacionais da Apple, o OS X e o iOS, para um único sistema operacional, embora negado pela empresa. Segundo Tim Cook, CEO da Apple, isso não é viável no momento.
Considerando que cada vez mais as empresas estão migrando suas aplicações para Cloud Computing e adotando o modelo BYOD – Bring Your Own Device – as empresas estão reduzindo a compra de computadores para seus funcionários e, consequentemente, redimensionando o tamanho (e custo) dos serviços de help-desk.
Aplicações em Cloud Computing aumentam a segurança das aplicações e concentram todos os arquivos corporativos em um único lugar, evitando perdas e vulnerabilidade dos dados. Simplificam enormemente a manutenção, uma vez que se o hardware ou software derem problemas, basta substituir por outro sem prejuízo do trabalho e perda de produtividade dos usuários.
O desafio para a adoção dos novos equipamentos é a barreira do preço. O preço de entrada do iPad Pro no Brasil é de R$7.300, sem o teclado e a caneta, contra um notebook 2 em 1 na faixa de R$4.000 (dados de fevereiro de 2016).
Por outro lado, pensando de forma corporativa, esses valores não assustadores considerando o custo/benefício, incluindo a introdução de um novo estilo de trabalho na organização, aumento da segurança e redução de custos associados aos antigos PCs.

