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Autor: Eduardo Fagundes

  • Está chegando ao fim a era dos Desktops e Notebooks

    Está chegando ao fim a era dos Desktops e Notebooks

    A miniaturização dos componentes eletrônicos e o crescimento exponencial da capacidade de processamento dos smartphones e tablets permitem sistemas operacionais e softwares mais sofisticados e poderosos. Com isso, começa a eclipsar a necessidade dos grandes e desajeitados desktops e notebooks. Um exemplo da nova geração de equipamentos é o HP Elite X3, um phablet com Windows que pode se tornar um PC através do Continuum, um recurso que permite aos usuários conectar seus smartphones com Windows em um monitor, mouse e teclado.

    O phablet da HP tem um processador Qualcomm Snapdragon 820 e 4 GB de RAM, 64 GB interno, expansível até 2 TB usando um cartão micros. Usa uma bateria de 4.150 mAh que garante energia até mesmo para as tarefas mais pesadas. Tem uma câmera traseira de 16 MP e 8MP de frente.

    HP-Elite-1

    Parece que esse lançamento da HP indica a nova geração de equipamentos de uso pessoal e o fim da atual geração de desktops e notebooks.

    Confesso que tive que comprar um novo notebook para executar funções do MS-Excel que não estão disponíveis no iPad Air. Tinha a expectativa que o iPad Pro executasse essas funções, porém ainda não estão disponíveis para o iOS 9, mesmo com o aumento da capacidade de processamento.

    A Apple teve que se render ao teclado no iPad Pro, seguindo o Microsoft Surface. A Huawei lançou um notebook hibrido, o MateBook, com Windows 10 para competir a Apple e Microsoft. A briga começa a concentrar nessa linha de equipamentos. Parece que a HP entra com um novo paradigma que pode transformar esse mercado.

    Existe uma expectativa no mercado para a convergência dos sistemas operacionais da Apple, o OS X e o iOS, para um único sistema operacional, embora negado pela empresa. Segundo Tim Cook, CEO da Apple, isso não é viável no momento.

    Considerando que cada vez mais as empresas estão migrando suas aplicações para Cloud Computing e adotando o modelo BYOD – Bring Your Own Device – as empresas estão reduzindo a compra de computadores para seus funcionários e, consequentemente, redimensionando o tamanho (e custo) dos serviços de help-desk.

    Aplicações em Cloud Computing aumentam a segurança das aplicações e concentram todos os arquivos corporativos em um único lugar, evitando perdas e vulnerabilidade dos dados. Simplificam enormemente a manutenção, uma vez que se o hardware ou software derem problemas, basta substituir por outro sem prejuízo do trabalho e perda de produtividade dos usuários.

    O desafio para a adoção dos novos equipamentos é a barreira do preço. O preço de entrada do iPad Pro no Brasil é de R$7.300, sem o teclado e a caneta, contra um notebook 2 em 1 na faixa de R$4.000 (dados de fevereiro de 2016).

    Por outro lado, pensando de forma corporativa, esses valores não assustadores considerando o custo/benefício, incluindo a introdução de um novo estilo de trabalho na organização, aumento da segurança e redução de custos associados aos antigos PCs.

  • O desemprego estrutural pode se tornar em funcional

    O desemprego estrutural pode se tornar em funcional

    A crise econômica internacional reduziu o crescimento global. A economia é um sistema integrado e as ações de seus agentes geram impactos em todos os países. Os países que concentram suas economias em commodities, como petróleo e minério, são duramente afetados em cenários econômicos desfavoráveis. As crises econômicas geram o desemprego estrutural, onde existe uma massa de trabalhadores qualificados maior que a oferta de empregos devido aos ajustes que as empresas fazem para compensar a retração de vendas. As crises estimulam as empresas a encontrarem novas maneiras para aumentar a produtividade e reduzir seus custos. Esse movimento interno das empresas corre a parte da massa de trabalhadores desempregados, criando um gap entre as novas qualificações exigidas pelas empresas e a dos desempregados. Quanto mais tempo um profissional fica desempregado maior será o seu gap com as novas práticas do mercado. Essa situação gera o desemprego funcional, onde as qualificações dos trabalhadores não se adequam mais as novas práticas de negócios do mercado, situação potencializada pelas inovações tecnológicas. Isso afeta tanto os trabalhadores operacionais quanto os trabalhadores do conhecimento.

    Uma das formas de atualizar as qualificações dos trabalhadores para as necessidades do mercado é o treinamento. No Brasil, o FAT – Fundo de Amparo ao Trabalhador – garante o acesso a treinamentos gratuitos para trabalhadores desempregados. Entretanto, o treinamento só é efetivo se aplicado imediatamente e nas novas tecnologias que estão sendo adotadas pelas empresas.

    Em qualquer economia o excesso de oferta reduz os preços. Isso também acontece, em parte, com os trabalhadores onde o preço do seu trabalho é o salário. Entretanto, no trabalho formal existe um limite mínimo garantido pela legislação ou pelos sindicatos. Esse salário mínimo acaba definindo o ROI – Retorno do Investimento – de muitos projetos de inovação e aumento de produtividade nas empresas. Empresas que não podem nem contratar ou investir em inovação correm o risco de fechar.

    Parece que a saída é o empreendedorismo individual, sendo uma das poucas formas das pessoas assumirem o controle de suas carreiras. Como empreendedor é possível você definir seu preço e alocar seu tempo em diversas empresas, garantindo o desenvolvimento contínuo de suas habilidades e participar das inovações tecnológicas das empresas. Essa prática também é vantajosa para as empresas que podem contratar profissionais qualificados de forma pontual e incorporar novas práticas e inovações do mercado.

    Acredito que a regulamentação da flexibilização do trabalho no Brasil ainda levará muitos anos devido à forte resistência dos sindicatos e centrais de trabalhadores. Entretanto, essa demora agrava ainda mais a situação dos trabalhadores desempregados e aumenta o risco de novas demissões.

    Pense nisso e veja se não está na hora de você se transformar em um empreendedor.

  • IoM (Internet of Medicine) ajudará a reduzir os custos de saúde

    IoM (Internet of Medicine) ajudará a reduzir os custos de saúde

    Os serviços de saúde é um assunto polêmico e caro. No Brasil, assistimos absurdos no atendimento no serviço público de saúde, com raras exceções de excelência. Nos Estados Unidos, o presidente Barack Obama enfrenta críticas sobre o novo sistema de saúde, o ObamaCare. Mas, a tecnologia de Internet of Things (IoT) está ajudando a transformar o negócio da medicina. A IoM (Internet of Medicine) deve ser a chave para a redução dos custos médicos, melhorar a qualidade dos serviços e tornar acessível e personalizada a assistência médica para a maioria das pessoas, incluindo pacientes de baixa renda e distantes dos principais polos de excelência médica.

    Do ponto de vista financeiro, o impacto anual da IoM em breve ultrapassará a US$1 trilhão em receitas e dependerá cada vez de contratos recorrentes, nos Estados Unidos. Um dos principais incentivadores da IoM são as seguradoras, grandes empresas farmacêuticas, hospitais e médicos. Ao invés de ficarem reclamando dos altos custos eles estão se movimentando para adotar um novo modelo de negócio.

    Os serviços de Cloud Computing permitem a armazenagem de imagens dos exames com pagamento por demanda de visualização de imagem, evitando investimentos em sistemas de armazenamento de hospitais e laboratórios clínicos, além de reduzir as despesas operacionais.

    De acordo com um estudo de junho de 2015 da McKinsey, o efeito econômico das novas tecnologias da saúde ligadas a Cloud Computing poderia variar entre US$170 bilhões até US$1,1 trilhão nos próximos anos.

    Um dos maiores interessados na IoM é a indústria de seguros, que só nos Estados Unidos pagou mais de US$250 bilhões em tratamentos médicos nos Estados Unidos. Os hospitais estão atendendo as reivindicações das seguradoras, cada vez mais estão adotando tecnologias baseadas em sensores como chips inteligentes, etiquetas RFID, sistemas de localização em tempo real (RTLS) para melhor orquestrar o fluxo de pacientes, médicos, enfermeiros, equipamento e suprimentos médicos.

    A inovação é um fator vital para os cuidados com a saúde, que movimenta mais de R$1 trilhão na indústria farmacêutica. O desafio é detectar o mais cedo possível as doenças e iniciar o tratamento para a cura mais baratos, ao contrário de caros tratamentos quando a doença está em estágio avançado.

    Um exemplo de inovação é a parceria entre a Novartis e a Google em uma lente de contato para diabéticos para medir o açúcar no sangue através da lágrima dos olhos. Além de um alivio para os milhões de diabéticos que não precisarão mais picar o dedo, as lentes irão oferecer dados contínuos sobre as flutuações do açúcar no sangue e informar ao paciente para evitar complicações e risco de vida.

    A IoM permitirá uma medicina personalizada com um novo modelo de negócio onde as pessoas pagarão por um serviço adicional que ajudará a reduzir o custo das seguradoras e seus planos de saúde. Beneficiará os fabricantes de medicamentos, os hospitais, os médicos e principalmente os pacientes. Isso inaugurará uma nova era na medicina, onde os pacientes terão mais controle sobre sua saúde para melhorar sua qualidade de vida.

    Uma evolução dos serviços de atendimento rápido e custo acessível, já disponíveis no Brasil como o Dr Consulta e Dr Agora, serão os serviços de médicos online com preços populares. Outra tendência são serviços médicos em farmácias com apoio de profissionais de enfermagem e médicos online usando tecnologias de tele saúde na nuvem. Exames e diagnósticos poderão ser feitos em poucos minutos com custos acessíveis. Também será possível assinaturas de serviços médicos para monitoração em tempo real da saúde de pacientes com doenças crônicas.

    Imagine o avanço de instalar postos de serviços médicos com apoio de enfermeiros em locais distantes com atendimento de médicos online, evitando que as pessoas viagem até 8 horas para uma simples consulta, como acontece na região Norte do país.

    As vantagens da tecnologia são imensas. Agora, como tudo que é novo enfrentará os problemas clássicos da inovação: resistência a mudança de velhos profissionais, corporativismo da classe médica e atraso na regulamentação dos novos serviços. Cabe a nós pressionarmos por mudanças rápidas nessa área para melhorar nossa qualidade de vida e reduzir os custos com planos de saúde.

  • Como melhorar o clima organizacional no trabalho

    Como melhorar o clima organizacional no trabalho

    Mudanças culturais nas organizações são sempre complexas, mas necessárias para acompanhar as transformações do mercado. Em tempos de crise, as organizações que não desenvolveram a capacidade de transformação sofrem mais e, algumas delas, deixam de existir. A busca de excelência operacional e inovação são importantes na competitividade das empresas, entretanto devem colocar os clientes o centro das decisões. De nada adianta ter um excelente produto se existem deficiências no relacionamento com o cliente. O desafio de muitos líderes é fazer a sua própria transformação para as mudanças, pois é deles que se espera a condução das mudanças culturais na organização e um clima organizacional favorável para o crescimento.

    Os verdadeiros líderes aparecem em momentos de crise. Os vencedores enxergam oportunidades na crise, criam novas direções para a empresa, motivam os empregados e asseguram a competitividade das empresas. Os perdedores colocam a culpa do fracasso na conjuntura econômica, nos altos impostos e no governo.

    A primeira coisa a fazer é definir uma direção clara e reforçar os valores da empresa para assegurar que as decisões do dia a dia estejam alinhadas com os objetivos organizacionais. A visão e valores devem ser exaustivamente compartilhado com os empregados, pois isso é vital para melhorar o desempenho deles.

    Outro ponto é assegurar que cada empregado conheça o que é esperado dele. Nas médias e grandes organizações é necessário utilizar a cadeia de comando para garantir que cada empregado conheça seus objetivos. Obviamente, cada diretor, gerente e coordenador devem entender seus próprios objetivos para transmiti-los para seus subordinados.

    Uma coisa importante é estabelecer uma relação entre o trabalho de cada empregado com os clientes. Eles precisam saber qual o impacto do seu trabalho na satisfação do cliente e no desempenho da organização. O rapaz do cast da Disney que recolhe lixo nos parques sabe que sua atividade é importante para melhorar a experiência dos clientes.

    Observo que muitas empresas desperdiçam o potencial dos empregados “early adopters”, aqueles que gostam de adotar as novidades mais cedo. Esses empregados adoram mudanças e podem influenciar e motivar os colegas no processo de transformação. As empresas têm que identificar essas pessoas e começar as transformações com elas para irradiar para o resto da organização.

    Uma organização de alto desempenho tem empregados qualificados que conseguem traduzir seu conhecimento e habilidades em práticas para melhorar a satisfação dos clientes, melhorias operacionais e inovação. É necessário, periodicamente, fazer um balanço das competências internas para identificar os gaps e sugerir treinamentos, tanto coletivos como individuais. Muitos treinamentos podem ser dados pelos próprios empregados com vantagens, além de valorizar o treinador reduz custos operacionais. A desvantagem é não trazer novidades de fora para dentro da empresa.

    E, a coisa mais importante para estabelecer um bom clima organizacional é a diversão. Os empregados devem sentir prazer e alegria na empresa. Isso melhora o desempenho da organização e a satisfação dos clientes.