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Autor: Eduardo Fagundes

  • A injustiça social da desigualdade

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    A desigualdade social cresce no mundo. O relatório do banco Credit Suisse de 2015 sobre a riqueza global, mostra que a concentração de renda mundial alcançou níveis tão críticos quanto o do mundo industrializado antes da Primeira Guerra Mundial.

    Em vários países a limitada recuperação da economia após a crise de 2008 fez com que a riqueza fluísse para os bolsos dos privilegiados, enquanto as classes médias e popular ficaram ainda mais pobres pela estagnação dos salários reais, o aumento do desemprego e o maior endividamento.  Na Espanha, por exemplo, o número de milionários em dólares cresceu de 127,1 mil em 2008 para 178 mil em 2014, enquanto a a renda per capita caiu de 35,6 mil para 30,3 mil, o desemprego subiu de 11% para 26% e a dívida publica saltou de 39,4% para 99,3% do PIB.

    Nos Estados Unidos, o 1% mais rico absorveu 95% do crescimento após a crise financeira e o empobrecimento da camada inferior reflete-se até na mortalidade.

    O efeito do crescimento das dívidas na riqueza líquida foi tão forte que hoje há entre os 10% mais pobres mais europeus e norte-americanos do que chineses. Nem todos vivem na miséria, mas vivem em situação precária onde uma nova crise ou doença inesperada desequilibrará seu padrão de vida.

    Reunindo os 85 mais ricos (com 13,4 bilhões ou mais) iguala-se a renda de 3,7 bilhões de seres humanos (2,4 bilhões de adultos), cujos patrimônios somados igualam os mesmos 2,1 trilhões de dólares.

    Comparando em termos mundiais, a “classe média” brasileira é composta pelas camadas A2 (3,6%) e a metade superior da B1 (9,6%). A camada A1 conta com 0,5% da população.

    Se a lógica se confirmar (embora na economia a lógica é relativa) podemos inferir que a atual crise econômica que o Brasil atravessa a riqueza fluirá para os mais ricos e os pobres ficarão ainda mais pobres. Isso significa que será neutralizado todos os avanços sociais que conseguimos nas últimas décadas.

  • Um parque no lugar de trilhos em Singapura

    Um projeto em Singapura deve substituir uma linha de trem de aproximadamente 24 km em um parque. Ou seja, estão substituindo um transporte de massa e mercadorias em um lugar agradável para as pessoas. A linha de trem foi construída no século passado uma companhia britânica e parou de funcionar em 2011. O parque terá pista para correr e ciclovia.

    Singapura-novo-parque-1

    Algumas pessoas tem o paradigma que as cidades precisam de transporte público de massa para deslocar as pessoas de casa para o trabalho de forma eficiente e segura. Dentro desse paradigma é necessário investir pesadamente em infraestrutura viária, construindo pontes, avenidas largas, veículos de transporte público, grande número de funcionários para administrar os serviços e muito mais. Mesmo assim, as pessoas ficam insatisfeitas com o serviço público, pela simples razão que a população aumenta de forma exponencial e a infraestrutura em um ritmo menor. Também, mais obras significam mais impostos.

    Não seria muito mais simples ir caminhando ou de bicicleta para o trabalho? Para isso, basta que as empresas se instalem próximas as áreas residenciais e não em áreas super caras de escritórios.

    Na minha opinião as pessoas só terão melhor qualidade de vida quando esse e outros paradigmas forem abolidos.

     

  • Carro elétrico de 0 a 100 km/h em 3 segundos

    O FFZERO1 da Faraday Future pode chegar a 320 km/h. Uma performance para concorrer com os carros movidos a combustível fóssil, atualmente. O carro tem apenas um lugar. Segundo as informações tem acabamento interno com novos materiais. A empresa recebeu um pesado investimento chinês (sim, eles estão em todas) e serve como base para outros carros elétricos da empresa.

    Com isso, os carros elétricos estão ganhando espaço no cotidiano das pessoas e em pouco tempo substituirão os carros com motores poluidores da época de Henry Ford. Na verdade, é um retorno aos primeiros carros que eram elétricos. O primeiro protótipo foi de 1867 do inventor austríaco  Franz Kravogl. Depois em 1884 um outro carro elétrico foi apresentado pelo inventor inglês Thomas Parker que já demonstrava preocupações com a poluição do meio ambiente em Londres. (veja a foto do carro de Parker)

    Thomas_Parker_Electric_car

    Agora, imaginem se a ideia do carro elétrico pegasse no século retrasado. Hoje teríamos uma geração espetacular de carros elétricos, as cidades não entrariam em situação de emergência devido a poluição dos carros, o petróleo seria utilizado para finalidades mais nobres, a temperatura da Terra não estaria sob risco, teríamos evitados conflitos entre países pelo  domínio do petróleo e muitas crises econômicas poderiam ter sido evitadas. Caramba! Se pudéssemos voltar no tempo…

  • Nova tecnologia sustentável para aviões 

    As companhias aéreas americanas poderão economizar mais de US$250 bilhões com uma nova tecnologia desenvolvida pela NASA nos últimos seis anos. O projeto foi desenvolvido pelo ERA (Environmentally Responsible Aviation) pode reduzir o consumo de combustível pela metade, a poluição em 75% e cerca de um oitavo dos níveis de ruído atuais. 
    Mais detalhes no artigo da NASA [clique aqui]