Porque o Yahoo e a IBM estão recomprando ações?

O Yahoo e a IBM anunciaram na semana passada a continuidade de seus programas de recompra de ações. Normalmente, quando uma empresa recompra suas próprias ações é porque percebe que o valor está atrativo e que existem grandes oportunidades de valorização no futuro. Isso é um sinal de lançamento de novos produtos ou serviços, de introdução de tecnologias disruptivas ou mudança de cenário econômico.

O conselho de administração do Yahoo autorizou a recompra adicional de US$2 bilhões em ações que expiram em 31 de março de 2018. Essa cifra é uma extensão do programa de recompra de US$5 bilhões iniciado em 2013. Segundo dados do S&P, o Yahoo já gastou mais de de U$4 bilhões em recompras nos últimos quatro trimestres.

Outro fato interessante é que o Yahoo fez uma oferta para o Alibaba para vender sua participação de 15%. De acordo com o Morgan Stanley, o Yahoo ofereceu um desconto de 20% para a venda de sua participação. As ações do Yahoo estão no nível “buy” com um preço-alvo de US$55, segundo especialistas de mercado. Notem que a expectativa de crescimento do Alibaba para 2016 é de 37%, ante a um crescimento previsto de 9% neste ano. As margens de lucro do Alibaba devem se reduzidas esse ano devido a seus grandes investimentos.

O que leva o Yahoo a sair do negócio com o Alibaba oferecendo um desconto significativo para a venda de suas ações e ao mesmo tempo aumentando as cifras de recompra de suas ações?

Estimasse que a IBM gastou US$70 bilhões em recompra de ações nos últimos cinco anos. Nesse período a IBM retirou US$277 milhões de ações de circulação, para alegria dos investidores. Isso porque aumenta o valor das ações.

A IBM faz planejamento de longo prazo e, com certeza, sabe os movimentos do mercado nas próximas décadas. Aproveitar para recomprar ações é uma boa estratégia para valorizar a empresa se o cenário futuro é promissor.

Se essas pistas forem boas, teremos grandes mudanças no cenário tecnológico, comportamental e econômico nos próximos anos. A retomada do crescimento dos Estados Unidos deve impulsionar novos produtos e serviços disruptivos.