Eduardo M Fagundes

Artigos

Coletânea de artigos técnicos e reflexões de Eduardo M. Fagundes publicados entre 2011 e 2017

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Tag: empreendedorismo

  • O vetor futuro na avaliação de desempenho

    Como seria a KFC hoje se tivesse investido na carreira de Jack Ma? O fato é que a KFC continua vendendo frango e Jack Ma, fundador do Alibaba, é o homem mais rico da China.

    O principal equivoco dos processos de avaliação atuais é que apenas oferecem feedback para enquadrar os funcionários aos padrões de comportamento e cultura da empresa, e alinhar o perfil técnico as características dos cargos que ocupam, previamente definidos. As empresas que fazem isso com excelência operacional estão fadadas ao fracasso, no longo prazo.

    Os processos de desempenho devem considerar o Vetor Futuro na avaliação dos funcionários. O Vetor Futuro avalia o potencial do funcionário na transformação dos negócios da empresa para enfrentar os desafios futuros e novos mercados. Isso inclui conhecer sua visão de futuro, as atividades que está desenvolvendo fora do trabalho (cursos, startups, serviços voluntários, hobbies, etc.) e sua influência nas redes sociais públicas e internas (físicas e virtuais). (mais…)

  • Não matem os consumidores

    Está difícil entender o cenário social, político e econômico mundial. Existem muitas previsões, mas uma decisão de um governante ou a mobilização de milhares de pessoas pode alterar um cenário prospectivo linear. Impossível analisar apenas o cenário local, pois ele está fortemente interligado com os movimentos internacionais. Por outro lado, temos que assumir o controle da situação. Isso começa com a transformação do nosso negócio para adequá-lo à nova realidade econômica e comportamento dos consumidores.  Sugiro nesse artigo duas propostas: alugar ao invés de vender e promover o empreendedorismo.

    A queda do crescimento da China, que hoje representa quase 20% do PIB mundial, afeta significativamente as exportações de muitos países. A redução do preço do barril do petróleo para US$32 e a decisão de governo saudita de manter a produção, coloca em colapso as economias dos produtores, incluindo Rússia, Irã, Angola e a moribunda Venezuela. Torna o programa brasileiro do Pré-Sal inviável e afetando as economias municipais e estadual pela redução dos royalties, aprofundando a crise do governo. A forte tensão nos países europeus com a chegada dos refugiados. As investidas sangrentas do Estado Islâmico. A recessão no Japão. A redução dos preços internacionais da commodities, o aumento dos juros no Brasil para frear a inflação e o aumento da taxa de desemprego, neutralizam a retomada do crescimento brasileiro. Bom, vamos parar por aqui. A lista de eventos é longa.

    O cenário nacional e internacional não é favorável. A primeira reação das pessoas é reduzir o consumo e guardar dinheiro por precaução. Entretanto, a inflação corrói o poder aquisição e não sobra para poupar. Situação pior para quem perde o emprego e não tem um perfil de empreendedor para buscar novas formas de ganhar dinheiro. Nesse cenário entramos em uma espiral negativa.

    Infelizmente, o Brasil perdeu o bonde do crescimento por não saber aproveitar o período de ouro de alta de preços da commodities (2004-2008). Ao invés de criarmos uma infraestrutura robusta e estabelecer acordos comerciais fortes com outros países, optamos por incentivar o consumo interno e permitimos que políticos e empresários corruptos esfoliassem nossas reservas (a operação Lava a Jato que o diga). O fato é que o Brasil se tornou irrelevante no cenário internacional, exceção de algumas iniciativas de preservação do meio ambiente.

    Fora dos grandes acordos internacionais, como o Trans-Pacific que reúne países do oceano Pacífico representando cerca de 40% do comércio internacional, o Brasil ficou sem muitas opções de exportação. O Mercosul acabou. Nossa moeda foi a que mais desvalorizou no mercado internacional, tornando os produtos importados mais caros. Mesmo com o aumento das exportações do nosso supereficiente agronegócio, o valor nominal da balança comercial deve reduzir.

    O lado bom ou ruim, dependente de como se enxerga, é que o Brasil ficou barato para os estrangeiros. Abriu-se grandes oportunidades para a compra de empresas brasileiras e participação em Parcerias Público-Privadas. O atual governo, outrora contra privatizações, está acelerando o processo de venda de ativos sob seu controle para fazer caixa e que, provavelmente, serão consumidos para cobrir despesas.

    As empresas que pretendem sobreviver irão transformar seus negócios e aumentar sua eficiência operacional. Isso, invariavelmente, passa por redução do quadro de funcionários e redução dos salários. Mesmo porque o brasileiro tem baixa produtividade (temos 25% da produtividade dos americanos). Nesse cenário, quem não tem qualificação está fora do mercado.

    Em um pensamento linear, se não temos qualificação vamos treinar. Entretanto, qualificação sem oportunidades não resolve. Em cenários de recessão de econômica existe um grande contingente de trabalhadores altamente qualificados que não encontram trabalho.

    Mantendo esse cenário, em breve mataremos os consumidores. Obviamente, que não no sentindo literal, mas estarão em níveis de consumo de subsistência. Os mais qualificados buscarão oportunidades no exterior ou empreenderão.

    O relatório do banco Credit Suisse de 2015 sobre a riqueza global, mostra que a concentração de renda mundial alcançou níveis tão críticos quanto o do mundo industrializado antes da Primeira Guerra Mundial. Em vários países a limitada recuperação da economia após a crise de 2008 fez com que a riqueza fluísse para os bolsos dos privilegiados, enquanto as classes médias e popular ficaram ainda mais pobres pela estagnação dos salários reais, o aumento do desemprego e o maior endividamento. Comparando em termos mundiais, a “classe média” brasileira é composta pelas camadas A2 (3,6%) e a metade superior da B1 (9,6%). A camada A1 conta com 0,5% da população.

    E agora, o que fazer? Tenho duas sugestões: a primeira, é alugar ou invés de vender; a segunda, é as empresas investirem em programas sociais de empreendedorismo.

    O fato de não ter dinheiro não significa que as pessoas não precisem de algo para atender suas necessidades. Muitas vezes, o uso de um produto comprado é limitado. Veja o exemplo de um carro. Quanto tempo efetivamente você usufrui do investimento de um carro? Provavelmente, fazendo as contas você concluirá que é mais barato e confortável usar o Uber e alugar um carro nos finais de semana do que gastar seu dinheiro comprando um.

    Quase tudo pode ser alugado. A Microsoft agora aluga o Office. A Google aluga espaço em disco para armazenar fotos e documentos. O Uber aluga mobilidade e conforto. Resumindo, alugue o que as pessoas precisam para quem não pode comprar e para quem tem bom senso.

    Na outra ponta, as empresas devem fomentar o aumento de renda dos consumidores. A Igreja Universal do Bispo Edir Macedo descobriu isso há muito tempo. Quanto mais ele motiva as pessoas a melhorarem de vida e aumentar a renda, maior é o dizimo para a Igreja e maior a adesão e manutenção dos fiéis.

    Minha segunda sugestão é o apoio das empresas em programas de empreendedorismo nas comunidades em que ela está presente, incluindo seus funcionários. Isso funciona como ações de Responsabilidade Social que podem ser capitalizadas em seus relatórios de Balanço Social, aumenta a fidelização dos clientes e pode criar novas oportunidades de negócio para a própria empresa.

    A saída da recessão econômica e continuidade dos nossos negócios está nas nossas mãos. A única coisa que precisamos do governo é que ele não atrapalhe.

  • Resolva seu problema e venda a solução para outros

    Muita gente tem problemas parecidos com os seus. Se você encontrou uma boa solução para o seu problema, tenha certeza que ela servirá para outros. Este é ponto em que define o empreendedor. Identificar algo que possa facilitar a vida das pessoas, tornar a solução um produto e vender.

    Uma boa prática é anotar todas as suas ideias que solucionam problemas do cotidiano e avaliar quais poderiam se tornar um produto, depois avalie qual a que teria o melhor desempenho em vendas.

    Um exemplo de como uma necessidade pessoal pode se tornar um bom negócio é a história de Thiago Camelo. Ele estava cursando o mestrado de psicologia e tinha dificuldade para encontrar alguns títulos de livros, principalmente em sebos. Para resolver o problema ele criou um site para catalogar os livros dos sebos. Atualmente, o site de comércio eletrônico Estante Virtual vende milhares de livros diariamente e tem mais de 1.300 sebos cadastrados e mais de 12 milhões de livros no catálogo. Thiago resolveu o seu problema e de milhares de pessoas.

    Tornar uma solução em um produto requer análise de mercado e buscar diferenciação de produtos similares. Um método que recomendo é do Oceano Azul formulado por Kime e Mauborgne. O método identifica os atributos de valor dos produtos concorrentes e incentiva o empreendedor a buscar novos atributos para diferenciação, criando um oceano azul livre de concorrência direta.

    O próximo passo é estabelecer um modelo de negócio. O modelo deve contemplar o segmento de clientes para o produto, identificar quais os propósitos de valor para os clientes, como será o relacionamento com mercado, os parceiros, as atividades e as receitas e despesas. O modelo Canvas proposto por Alexander Osterwalder é uma excelente ferramenta para desenvolvimento de um modelo de negócios.

    Por último você deverá avaliar se o produto terá volume de vendas e se sua estrutura de vendas é escalável. Uma forma de testar o mercado é através de protótipos e pesquisa de mercado. Vá a campo e teste. Veja qual a reação das pessoas quando você apresenta o produto. Colha feedbacks e ajuste o produto.

    Se o produto se mostrar atraente vá em frente.

  • Podemos crescer na crise?

    As notícias econômicas dos últimos meses podem gerar depressão e otimismo. A depressão vem daqueles que não planejaram e possuem poucas linhas de produtos ou, para os profissionais, com uma única habilidade. Os otimistas que se planejaram estão colhendo os resultados positivos e identificando novas oportunidades de negócios. A resposta para a pergunta do título, então, é: sim.

    Nenhuma crise econômica acontece da noite para o dia. Nenhum evento acontece por um único fator, eles ocorrem por uma sequência de fatores que podem ser previstos com antecedência. Óbvio: a crise econômica de 2008 não era uma “marolinha” para o Brasil. Quem entendeu isso e diversificou sua linha produtos e mercados, hoje está em uma situação mais confortável em relação àqueles que não mudaram suas práticas.

    O comportamento dos consumidores é influenciado pelas mudanças da economia e por expectativas, como a sua manutenção no emprego e melhoria do poder de compra. Quanto mais indicadores da economia e comportamentais conseguirmos relacionar, de preferência em grandes volumes, melhor será nossa análise. O volume de dados é importante para identificarmos as tendências, que podem ser mascaradas pela baixa quantidade de informações.

    Nós, seres humanos, tendemos a sofrer de várias falhas cognitivas e vieses que distorcem nossa capacidade de fazer previsões precisas. Quando montamos uma crença ao redor de algo, tendemos a nos aferrar nela. Deixamos de lado provas que nos contradizem e focamos apenas em fatos que apoiam nossas crenças preexistentes.

    Considero três pontos importantes no planejamento de crescimento empresarial e evitar falhas: montagem de cenários prospectivos; formação de uma equipe com talentos diversificados; e, uso de técnicas analíticas baseadas em Big Data.

    Com técnicas analíticas e contribuições de especialistas de vários setores é possível criar cenários futuros. A partir desses cenários estudar a participação em novos mercados, criação de novos produtos e mudanças de abordagens com o atuais consumidores.

    Felizmente, os recursos tecnológicos de Big Data e de sofisticados softwares analíticos estão disponíveis no ambiente de Cloud Computing com preços acessíveis para empresas de qualquer porte.

    Os desafios são a formação de uma equipe talentosa e acesso a diferentes bases de dados para executar as análises. Isso pode ser contornado criatividade, colaboração e recompensa por resultados.

    Espere a próxima crise econômica preparado.

  • O fim do emprego

    Já demiti dezenas de pessoas competentes nos seus empregos. Pessoas que davam o seu máximo para realizar suas atividades com eficiência e qualidade. Porém, infelizmente, suas tarefas foram extintas por alguma tecnologia ou obsolescência no mundo dos negócios. Desde de cedo entendi que não basta ter um emprego, você tem que ter um trabalho com um objetivo bem claro. As atividades vão se transformando com o tempo, mas o propósito do seu trabalho continuará o mesmo.

    Se você acha seu emprego estressante e não vê a hora de bater o ponto para sair, você não tem um trabalho. Quem gosta do faz e tem objetivos claros o tempo passa rápido demais. Para quem é apaixonado pelo seu trabalho é importante manter um equilíbrio com outras atividades para manter uma vida saudável.

    Alguns podem argumentar que têm um emprego porque precisam pagar as contas e, por isso, vale o sacrifício diário de realizar atividades repetitivas e enfadonhas. Essas pessoas, normalmente, acabam não fazendo tudo o que é necessário com qualidade ou fazem, exatamente, tudo que lhe é pedido. Cá entre nós, conviver em um ambiente onde as atividades precisam ser supervisionadas de perto é muito desgastante.

    O Santo Graal é trabalhar com pessoas que gostam do fazem e em empresas que incentivam o intraempreendedorismo ou empreendedorismo corporativo. Ou seja, empresas que permitem que seus funcionários tenham mais que um emprego, mas que possam realizar seus propósitos de vida.

    Uma dessas empresas é a Google, que permite que alguns funcionários possam dedicar um dia por semana para trabalhar em um projeto pessoal. A Google é boazinha? Claro que não. O resultado dessa estratégia é criar novos projetos e ganhar mais dinheiro.

    Se você não trabalha em uma empresa como a Google e não quer fazer o gosta só depois da aposentadoria desenvolva um plano B.
    Como qualquer projeto, identifique aquilo que você gostaria de fazer. Defina um objetivo claro. Faça um plano com metas parciais a serem atingidas. Guarde dinheiro. Se você isso, tenha certeza que o mundo conspirará a seu favor e criará as oportunidades para você fazer o gosta.

    Resumindo, acabe com o seu emprego antes que alguém o faça.

  • Reinvente o seu negócio antes que outros o façam

    A globalização selecionará o mais eficiente. Se você dirige uma empresa e vê o negócio indo para trás, trate de reinventar sua empresa. Não é fácil. Exigirá muito esforço, coragem e habilidade para convencer seus sócios, acionistas, funcionários, fornecedores e clientes. Entretanto, se você não fizer alguém fará no seu lugar ou sua empresa está com os dias contados. Em alguns casos, o mais impressionante é que as pessoas sabem o que é preciso fazer e, simplesmente, não o fazem. Falta coragem e determinação.

    Em meados da década de 1980, a Intel estava perdendo mercado de chips de memória para os fabricantes japoneses. Os orientais fabricavam em massa e alta qualidade com uma excelente relação custo-benefício. Por mais esforço que fizessem a Intel não conseguia competir.

    Em uma reunião, Andy Grove e Gordon Moore, fundadores da empresa, debatendo sobre a situação fizeram a seguinte pergunta: Se contratássemos alguém de fora para dirigir a empresa, o que ele faria? A resposta foi: fecharia a produção de chips de memória porque não é lucrativa e os nossos competidores são mais eficientes. Se sabemos disso porque nós não o fazemos?

    Fizeram. Abandonaram o negócio de chips e se concentraram no segmento de microprocessadores. O resultado nós conhecemos. Hoje a Intel é líder no setor e a maioria de nós usa um “Intel Inside”.

    Competir em uma área em que, claramente, não somos competitivos não é uma coisa muito inteligente. A saída é encontrar uma nova forma de abordar o mercado com seus produtos ou se associar aos líderes.

    Um dos nossos grandes desafios é aumentar a competitividade das empresas. Vários estudos mostram que estamos caminhando para trás. Estamos nas últimas posições no ranking mundial de competitividade. De 2010 para 2014, o país caiu do 38º lugar para o 54º entre as 60 economias analisadas pelo International Institute for Management Development (IMD) e pela Fundação Dom Cabral.

    Tenho certeza que a maioria dos executivos e empresários sabem que é preciso inovar para conseguir sobreviver no mercado. Será que falta coragem e determinação?

  • Na crise a inovação é o bote salva-vidas das empresas

    Os economistas preveem que 2015 será um ano ainda mais difícil para a nossa economia e, consequentemente, para as empresas. Vários sinais mostram que essa previsão deve se realizar: aumento da inflação, alta dos juros, crise no setor automobilístico, controle artificial de preços pelo governo, entre outros.

    Para os executivos mais experientes, o remédio para crises já existe: corte de pessoal, redução de margens de vendas, corte nos investimentos, renegociação dos contratos de serviços essenciais e cancelamento de outros serviços. Se a crise se prolongar, fechamento de filiais e fábricas poderá ser a saída.

    Empresas com este perfil admitem enfrentar as crises econômicas com baixos crescimentos nos negócios. A justificativa, que protege os executivos, é que eles estão seguindo a cartilha da crise.

    Poucos são os executivos que aceitam assumir riscos para introduzir novos produtos e serviços para explorar novos mercados.

    Entretanto, não vejo outra saída para o cenário econômico do próximo ano. Notem que soluções inovadoras não significam desenvolver produtos ou serviços totalmente novos, a adoção de um novo modelo de negócios pode atender as expectativas de crescimento.

    Para que as soluções inovadoras estejam no mercado em 2015, o planejamento deve começar imediatamente. Forme uma equipe com diversidade cultural e social para discutir novas soluções de negócios. Convide seus principais fornecedores e clientes para colaborar com ideias. Nas reuniões de equipe esqueça a hierarquia da organização para não inibir as pessoas de darem suas opiniões. Estruture as ideias, eleja as melhores e desenvolva um modelo de negócios rápido para cada uma delas. Aprove as melhores.

    Até aqui foi fácil, pois só envolveu planejamento. A próxima fase é a mais difícil e que pode resultar no sucesso ou fracasso dos projetos: a execução.

    Selecione bons líderes para comandar a implementação dos projetos. Monitore constantemente a evolução dos projetos e faça os ajustes necessários em pequenos ciclos de desenvolvimento. Implante os projetos para grupos selecionados de clientes antes da massificação do produto ou serviço.

    Ainda dá tempo para crescer em 2015. Boa sorte.

  • A zona de conforto atrapalha o empreendedorismo

    Muitas pessoas criativas e bem sucedidas no emprego sonham em empreender. Conhecem o negócio que atuam e possuem uma boa rede de relacionamento que poderia alavancar um negócio. Alguns elaboram planos de negócios e avaliam oportunidades. Muitos negócios se mostram atrativos. Então por que não empreender? A resposta está na maldita zona de conforto.

    Às vezes converso com executivos altamente capacitados que se mostram frustrados por verem empresários menos capacitados ganhando mais dinheiro e tendo melhor qualidade de vida do que eles. Em alguns casos, são contratados por eles para a execução de um projeto ou de um serviço terceirizado.

    Muitos executivos alegam que trabalham tanto que falta tempo para pensar no futuro da carreira e de novas atividades mais rentáveis e que compatibilizem mais tempo para a família e lazer.

    Pessoalmente, acredito que existam dois fatores fundamentais que impedem o empreendedorismo: garantia do salário no final do mês e o status quo da posição que ocupa na empresa, principalmente se for uma grande empresa de boa reputação nacional e internacional.

    Esses fatores criam uma zona de conforto que impede o empreendedorismo.

    Muitos se assuntam com a complicada burocracia e os altos tributos pagos no Brasil que tanto atormentam a vida do empresário. Os períodos de instabilidade econômica do mercado também criam insegurança.

    Por outro lado, esses problemas também são enfrentados pelas grandes empresas e em alguns casos a saída é a redução do quadro de funcionários.

    Quem fica na zona de conforto e não está ativamente observando o mercado terá enormes dificuldades para reposicionar em situações de crise.

    Por sua vez, o empreendedor desenvolve habilidades para prospectar novos negócios e se adaptar a novas situações rapidamente.

    Minha sugestão é a prática constante do empreendedorismo, mesmo dentro da empresa. Tornando isso uma rotina você terá vários benefícios: maior motivação para o trabalho; novas oportunidades de trabalho na empresa; aumento do nível de empregabilidade, menos estresse pela manutenção do emprego; e, se desejar, começar uma carreira solo como continuidade natural da sua carreira.

    Empreenda!