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Autor: Eduardo Fagundes

  • Quando as redes são mais eficientes que as ferramentas corporativas

    Imagine a seguinte situação: um colega de trabalho está desenvolvendo um projeto no final de semana na empresa e precisa de uma informação sua e você está sem o seu telefone corporativo (para empresas que ainda não adotam o BOYD). Qual a melhor forma dele entrar em contato com você? Provavelmente, usando uma das ferramentas que está sempre ativa no seu smartphone particular: Facebook, Skype ou o Hangout da Google.

    Você precisa discutir um detalhe do projeto e será necessário compartilhar um documento para você opinar. Vocês podem estabelecer uma sessão do Skype ou do Hangout e compartilhar o documento ou a tela do computador do colega. Se precisar de mais auxilio, basta conectar outros colegas para participar da conversa.

    O incrível é que tudo isso é de graça, diferente das complexas redes corporativas com seus firewall, VPNs e softwares quadrados. Mais incrível ainda é que muitas empresas proíbem o uso de redes sociais no trabalho por considerarem improdutivas.

    Outro exemplo é o armazenamento de dados. Com uma simples conta no Gmail da Google ou do OneDrive (antigo SkyDrive da Microsoft) você tem entre 3GB até 15GB de espaço para armazenamento e acesso de qualquer lugar e dispositivo e é claro, de graça.

    Os jovens que nasceram na era da Internet têm um impacto quando são submetidos às regras e limitações das redes e serviços corporativos quando começam a trabalhar. Eles simplesmente não entendem porque restringir sua forma de comunicação e as facilidades tecnológicas do seu cotidiano. Os mais velhos também começam a questionar.

    O fato é que as empresas que entenderam que as redes sociais são mais eficientes que as corporativas, estão ganhando em produtividade e, consequentemente, em vantagem competitiva com menores custos, dinamismo e flexibilidade para atender aos clientes.

  • O storytelling e o sucesso em vendas

    O sucesso em vendas depende de um bom relacionamento com o cliente e um contexto favorável para o produto que se pretende vender. Algumas vezes é necessário criar ou melhorar o contexto para facilitar a venda. Um bom contexto deve carregar emoção, mesmo que seja a satisfação pela redução de custos. Consegue-se transmitir emoção contando uma boa história. É aí que uma técnica usada a milênios chamada storytelling.

    Vender é uma arte. Transmitir emoção contando uma boa história requer habilidade. Para o sucesso em vendas o vendedor tem que ser um bom contador de histórias.

    Boas histórias tem personagens, datas e cenários bem definidos. Quanto melhor descrição mais real é história, principalmente, se quem conta é um dos personagens.

    Cada situação que vivemos pode se tornar uma história. Podemos romancear cada episódio. Quem nunca ouviu a expressão “minha vida daria um livro”. Então escreva esse livro adaptado aos seus negócios. Uma venda consultiva é apoiada pela experiência dos consultores.

    Na sua próxima visita comercial conte uma história para a seu cliente onde a solução é o uso do seu produto.

    Leia também Como aprovar projetos de TI na disputa com projetos de negócios

  • Black Friday, Cloud Computing, Big Data

    O Black Friday do dia 29/10/2013 mostrou que ainda precisamos evoluir no comércio eletrônico no Brasil, tanto na infraestrutura como na ética. Entretanto, as lições aprendidas criam oportunidades para melhorias e conhecimento do mercado. Ficou evidente que muitos sites de compras ainda não conseguem usufruir dos benefícios da computação em nuvem (Cloud Computing).

    Problemas de acesso aos sites e para concluir as compras foram as duas maiores reclamações dos consumidores no site ReclameAqui.

    Isso demonstra que ainda a infraestrutura das lojas virtuais ainda não estão preparadas para grandes eventos de compras. A computação em nuvem, se bem configurada, resolve o problema com sua característica de escalabilidade, incluindo o processamento e o número de conexões de Internet.

    O uso de Big Data nesses eventos torna possível analisar o comportamento dos consumidores em tempo real. Com isso, redefinir preços e campanhas de marketing nas redes sociais também em tempo real. O Big Data permite avaliar em poucos segundos cenários de preços e rentabilidade do estoque dos produtos disponíveis, encontrando o cenário ótimo para maximizar a lucratividade e obter a melhor vantagem competitiva nas vendas.

    Obvio que empresas que já utilizam Big Data para avaliação de cenários a partir do acompanhamento dos consumidores nas redes sociais estavam mais preparadas para o Back Friday.

    O próximo desafio dos sites de compras é atender os prazos de entrega dentro do contrato como os consumidores. Pela proximidade do Natal será um grande teste da logística de entrega.

    O terceiro lugar nas reclamações foi a maquiagem dos preços, com aumentos no dia anterior e descontos no dia da promoção. Em números absolutos as maiores reclamações foram para cinco sites administrados pelo Pão de Açúcar (Extra.com, PontoFrio.com e Casas Bahia) e B2W (Submarino.com e Americanas.com). Segundo o ReclameAqui, a B2W é que prestou o melhor atendimento às reclamações dos consumidores. Boa lição aprendida depois que a empresa teve várias multas do PROCOM e foi proibida que operar no Rio de Janeiro por desrespeitar prazos de entrega das compras.

  • O que o Hadoop pode fazer no Big Data

    Imagine que você tem um pote de balas multicoloridas, e você precisa aprender alguma coisa sobre eles, talvez a contagem de doces azul em relação a uns vermelhos e amarelos. Você poderia esvaziar a jarra em um prato, conta-los e identificar algumas correlações entre eles. Se a jarra tiver apenas algumas centenas de balas, esse processo levará apenas alguns minutos.

    Agora imagine que você tenha quatro pratos e quatro ajudantes. Você derrama cerca de um quarto das balas em cada prato. Os quatros ajudantes analisam o seu conjunto de balas e cada um chega a uma conclusão. Depois os quatro compartilham as informações. A análise será muito mais rápida.

    Isso é o que faz o Hadoop para dados. Hadoop é um framework open-source software para a execução de aplicações em grandes infraestruturas de processamento. Hadoop tem um enorme poder de processamento e a capacidade de lidar virtualmente com um número ilimitado de tarefas simultâneas com um baixo custo de infraestrutura de processamento.

    As organizações estão adotando o Hadoop para vários motivos​​:

    • Hadoop é distribuído. Os dados são processados em diferentes servidores com baixo impacto na infraestrutura de processamento;
    • Hadoop roda em hardware commodity. Ele é cerca de 10 vezes mais barato comparado com a mesma capacidade de computação de hardware especializado.
    • Hadoop é tolerante a falhas. Falha de hardware é atenuada com a replicação de dados e processamento distribuído. Executa a mesma tarefa em múltiplas cópias e aceita a que for concluída primeira;
    • Hadoop não requer um esquema de dados pré-definido. Um dos principais benefícios do Hadoop é a sua capacidade de carregar arquivos não estruturados, sem ter que transformá-los primeiro. Você pode carregar qualquer tipo de dados para a análise;
    • Hadoop consegue lidar com Big Data. Clusters Hadoop podem crescer entre 6.000 e 10.000 nós e lidar com mais de 100 mil tarefas simultâneas e 10.000 jobs simultâneos. O Yahoo! roda  milhares de clusters e mais de 42.000 nós Hadoop com mais de 200 petabytes de dados armazenados.
    • Hadoop é rápido. Em um teste de desempenho, um cluster de 1.400 nós classifica um terabyte de dados em 62 segundos. Um cluster de 3.400 nós classifica 100 terabytes em 173 minutos. Apenas para comparação, um terabyte contém 2.000 horas de música com qualidade de CD e 10 terabytes poderia armazenar a biblioteca inteira do Congresso americano.

    Comece a pensar em usar o Hadoop na sua próxima análise de dados.

    White paper: How to Use Hadoop as a Piece of the Big Data Puzzle