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Tech & Energy Think Tank

Think tank independente com foco em energia, tecnologia e tendências globais. Análises para apoiar decisões estratégicas com visão de impacto.

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Autor: Eduardo Fagundes

  • Uso de Power over Ethernet simplifica e é ecoeficiente

    Uma solução ecoeficiente é o uso de Power over Ethernet (PoE) para alimentar dispositivos de baixa potencia, tais como câmeras IP, roteadores, switch de rede, webcams, telefones IP, relógios, wireless access point, sensores industriais, interfones, ponto de vendas (POS), etc.

    Power over Ethernet ou PoE é uma tecnologia para passar energia elétrica de forma segura através de cabos Ethernet. O padrão IEEE para PoE define cabos de categoria 5 ou superior para níveis de potencia mais elevados, porém é possível utilizar cabos de categoria 3 para níveis de baixa potência. A energia é fornecida por dois ou mais pares de fios dos cabos Ethernet e vem de uma fonte de alimentação dentro do dispositivo PoE.

    O padrão original IEEE 802.3af-2003 do PoE prevê potencias de até 15,4W de corrente contínua (DC), 44 V DC e 350 mA para cada dispositivo. Apenas 12,95 W é assegura para os dispositivos e restante é dissipada pelo cabo. A atualização IEEE 802.3at-2009 do PoE, conhecido como PoE+, oferece até 25,5 W de potencia. O padrão 2009 restringe o uso de quatro pares para energia, entretanto alguns fornecedores já oferecem potencias de até 51 W em um único cabo utilizando todos os quatros pares de energia do cabo categoria 5.

  • Tweets da semana 2011-10-16

    • Você não cria eficiência sem inovação – Elke Batista no Show Business de João Doria Jr. #
    • De novo a #Veja com reportagem sobre corrupção do governo Lula que passou para a Rousseff. Desta vez, é o ministro Orlando Silva. #
    • A RIM-Blackberry disse que o culpado da falha mundial foi um switch. Errado. A falha foi do pessoal que não projetou a contingência. #
    • Curso Online sobre Gestão de Data Centers: aspectos construtivos, energia, refrigeração, ITSM, segurança e DRP. http://t.co/yFxL0BLg #
    • Como a manutenção com monitoramento remoto pode reduzir custos e melhorar o desempenho da produção. http://t.co/gv8iK78Q #
    • DatacenterDynamics | BlackBerry outages reach Americas http://t.co/E5vbXhlM #
    • As empresas que mais encolheram em 2010 – Notícias de Melhores e Maiores – EXAME.com http://t.co/KeEdf6mq #
    • The revolution that Steve Jobs led is only just beginning. The magician | The Economist http://t.co/WaMjegPx #
    • O livro escrito por Walter Isaacson com o título "Steve Jobs" saiu da 473º posição para a primeira na Amazon.com, um aumento de 43,000%. #
    • Como o iPhone 4S, as reservas de compra da biografia autorizada de Steve Jobs estouram. O livro sai em 24 de outubro. #
    • + 1 milhão de pedidos de compra do iPhone 4S. Adoro novidades, porém o que fazer com os celulares descartados? Espero que a Apple recicle. #
    • A política no Amapá é liderada por José Sarney. Certeza que o caso de desvio de dinheiro da saúde será resolvido logo. Alguma dúvida? #
    • Desvios em compras da saúde afetam o PS e Maternidade de Macapá-Amapá. Isso será resolvido logo através da eficiente gestão politica #

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  • Manutenção com Monitoramento Remoto

    Redução de custos e aumento da disponibilidade da linha de produção são os resultados esperados de uma gestão de manutenção com monitoração remota via Internet. Centralizar o gerenciamento permite a redução de estoques de sobressalentes críticos e otimização das equipes de campo. A monitoração remota diminui os riscos de acidentes de trabalho e valoriza a equipe técnica que pode dedicar mais tempo para atividades de planejamento. Criando um repositório de dados dos equipamentos da linha de produção é possível maximizar os recursos e melhorar o planejamento das manutenções preventivas. A automação é fundamental para o aumento da qualidade dos produtos, redução de custos e aumento da produção. A tecnologia está madura e os equipamentos de medição acompanharam a redução de preço típica de setor de eletrônicos. Os protocolos de comunicação industriais são de domínio público com padrões abertos adotados pela maioria dos fornecedores, tornando o processo de monitorização e integração de sistemas mais simples. A contratação de um provedor de serviços de manutenção e monitoração remota garante a rápida adoção da tecnologia, maior retorno do investimento e aumento da produtividade da linha de produção.

    A monitoração do caminho crítico dos sistemas permite a detecção de problemas com antecedência e a programação da manutenção, evitando a paralização da linha durante os turnos de produção. A automação da monitoração possibilita identificar desvios de parâmetros de forma seletiva e por exceção. Os alertas de mau funcionamento podem ser classificados de acordo com sua criticidade. Cada aleta possuindo um procedimento detalhado de contorno e reparo evita a paralização da linha. Um serviço de manutenção eficiente deve oferece um plano de recuperação baseado no FMEA.

    Embora cada unidade fabril tenha que instalar computadores servidores de dados para a conexão dos sensores e medidores locais através dos protocolos Fieldbus, a monitoração pode ser realizada remotamente na central do provedor de serviço de manutenção. A decisão sobre a localização da equipe de monitoração depende do porte do sistema e do número de plantas monitoradas, sendo possível a adoção de uma arquitetura hierárquica de monitoração.

    Conhecendo com detalhes o perfil de operação em regime dos componentes da linha é possível estabelecer manutenções preventivas mais precisas e melhorar o dimensionamento de peças e outros componentes de reposição. O efeito gerado é uma redução de custos vinda da redução do inventário e aumento da disponibilidade da linha de produção.

    Com informações mais acuradas sobre os componentes da linha é possível uma manutenção preventiva mais assertiva e melhor aproveitamento das equipes de campo. Permite, inclusive, que alguns locais de apoio às unidades fabris possam operar de forma não assistida, apenas com a monitoração remota. Reduzindo o número de intervenções da equipe e com manutenções mais objetivas a tendência é diminuir a incidência de acidentes de trabalho e, consequente, o absenteísmo.

    A automação leva a especialização e valorização dos funcionários, melhorando o clima organizacional e redução da rotatividade. A melhoria do ambiente de trabalho induz maior envolvimento dos funcionários e maiores contribuições para a melhoria de processos. A automação libera mais tempo para as equipes de manutenção planejar e criar mecanismos de prevenção de falhas.

    A coleta sistemática de dados da linha de produção cria um histórico de eventos consistente que serve para determinar ações de melhoria baseadas em dados estatísticos. Essas análises quantitativas e qualitativas permitem a maximização dos recursos instalados na linha. Permite a identificação de pontos críticos de falhas e criação de procedimentos de contorno e de contingência. Os dados permitem definir novas especificações e ajustes dos componentes. A análise dos dados históricos aumenta o poder de argumentação das equipes de manutenção na aprovação de novos projetos de melhoria técnica e demonstra maior maturidade nas discussões com a alta gerencia.

    Para atender as pressões de qualidade e redução de custos a solução é a adoção de um sistema de automação e monitoração inteligente, dentro dos princípios de lean manufacturing. Felizmente, com a redução evolutiva dos custos dos componentes eletrônicos a automação está acessível para a maioria das indústrias. O amadurecimento do setor de automação levou a definição de protocolos de comunicações e formatos de mensagens padrões, reduzindo os custos de implantação e aumentando a facilidade de integração dos sistemas.

    A curva de aprendizagem e de adoção tecnológica é reduzida com a contratação de um provedor de serviços de manutenção. A introdução de processos e componentes de automação já testados, associados com as melhores práticas de gestão, são aceleradores do nível de maturidade em automação das empresas. A contratação do serviço elimina a necessidade de um extensivo programa de treinamento e desenvolvimento a partir do zero dos processos de monitoração. A redução do tempo de implantação é mais uma componente de redução de custos com aumento significativo da disponibilidade da linha de produção.

  • Superando dificuldades para implantar cloud computing

    As questões técnicas de implantação de cloud computing foram superadas. Existem várias ferramentas que criam e gerenciam o ambiente, incluindo algumas start-up com foco exclusivo em computação em nuvem. A barreira que devemos superar agora é convencer os técnicos e executivos das empresas a migrarem suas aplicações para o novo ambiente. Existem vários mitos e algumas reais dificuldades que devem ser trabalhadas. Entretanto, só iremos conseguir superar os obstáculos desenvolvendo planos de ações objetivos e eficazes.

    A figura acima mostra os principais obstáculos para avançar em projetos de cloud computing.

    1. Forte cultura para processamento local. Ainda é forte o paradigma de alguns executivos de TI e da alta direção das empresas que o datacenter deve ficar no bunker da empresa. O fato de ver os equipamentos traz segurança para as pessoas, pois sabem que os dados e os sistemas estão ao seu alcance físico. Entretanto, isso é uma mera sensação de segurança, pois os computadores estão conectados em redes, incluindo a Internet, que oferece acesso de qualquer ponto da rede. As medidas de segurança são as mesmas aplicadas em ambientes de cloud computing, podendo ser até mais sofisticada porque os grandes datacenters têm a segurança como ponto chave de confiabilidade de suas operações e investem pesado para garantir um ambiente seguro.Para vencer essa barreira sugiro levantar casos de sucesso de outras empresas, convencer a alta direção da empresa através de resultados e projetos pilotos. É uma forma, também, das equipes de desenvolvimento e operação irem adquirem conhecimento e experiência no ambiente de cloud computing.
    2. Falta confiança. Tudo que é novo gera dúvidas e desconfianças. O pessoal de TI tem a responsabilidade de garantir a disponibilidade das aplicações e a confiabilidade e integridade dos dados. Migrar para um ambiente virtualizado com camadas de softwares adicionais aumenta a complexidade do ambiente, gerando mais pontos de falhas, e podem afetar o desempenho das aplicações. Além disso, a virtualização dos discos pode remanejar os dados para locais dispersos.As considerações são validas, porém o atual estágio das tecnologias de virtualização de processamento e disco já estão bem consolidadas. O “estilo” de processamento em nuvem usa, fundamentalmente, as tecnologias de virtualização. Desta forma, utilizar cloud computing é mais um passo a frente. Sugiro colecionar casos de sucesso internos de virtualização e de outras empresas e fazer um trabalho interno de convencimento e evangelização.
    3. Falta de padronização das APIs. Para interagir de forma eficiente com o ambiente de cloud computing para aproveitar todo o seu potencial é necessário utilizar APIs indicadas pelos provedores de serviço. Por ser um ambiente novo ainda não existe uma padronização das APIs e, consequentemente, cada instalação adota um procedimento de chamada. Em caso de migração de ambientes é necessário rever as interfaces e, provavelmente, escrever novas.As dificuldades serão maiores ou menores de acordo com a arquitetura do sistema de aplicação. Se foi construído seguindo as melhores práticas de desenvolvimento de sistemas sua arquitetura modularizada permitirá uma rápida migração.
    4. Segurança vulnerável. Essa questão envolve os aspectos típicos de segurança da informação e adiciona outra preocupação sobre o compartilhamento físico de aplicações e dados com outras empresas. Como garantir que os dados de uma empresa não compartilham o mesmo disco que o seu principal concorrente.Essa questão a Internet já resolveu a algum tempo, segregando dados de países e de grandes empresas concorrentes através de roteamento de dados inteligente. Os provedores de cloud computing estão adotando o mesmo procedimento, ou seja, não permitem que empresas concorrentes compartilhem fisicamente os ambientes. Quando as questões de segurança lógica dos dados, sempre nos sentiremos inseguros.
    5. Falta Budget para o projeto. Essa dificuldade pode ser uma real oportunidade para alavancar o uso de cloud computing. Normalmente, as despesas (OPEX) são baseadas em séries históricas e contratos vigentes. Com a manutenção assegurada do hardware e das licenças de software somos tentados a manter os equipamentos funcionando para atender demandas ad-hoc e, consequentemente, o dinheiro será gasto.Para resolver a questão de budget, sugiro redirecionar as verbas de manutenção de hardware para a contratação de máquinas virtuais. Deixe o backup dos servidores locais na nuvem. Isso deve viabilizar alguns projetos e iniciar a aquisição de experiência e conhecimento do novo ambiente.
    6. Provedores não oferecem um ambiente real de cloud computing. Como o buzzword “cloud computing” está na moda todos os provedores de serviços afirmam ter a solução. Entretanto, alguns provedores acabam hospedando as aplicações em servidores virtualizados sem algumas das funcionalidades do cloud computing, tais como pool de recursos “ilimitado”, pagamento por uso e elasticidade.Para evitar comprar gato por lebre, sugiro visitar o provedor de serviço para conhecer sua solução e avaliar sua plataforma de cloud computing.
    7. Pouco conhecimento. Por ser um ambiente novo ainda existem poucos especialistas no mercado para configurar os ambientes. A escassez de especialista impede o crescimento da adoção de novas tecnologias. Por outro lado, só se adquire experiência e conhecimento praticando.Para contornar essa dificuldade a solução é investir em treinamento do pessoal, ou seja, a mais antiga das soluções para melhorar a eficiência das organizações.
    8. Os provedores não divulgam seus problemas. Claro, ninguém gosta de expor seus problemas e fraquezas. Entretanto, uma vulnerabilidade de um provedor de cloud computing pode afetar uma ou mais empresas e o risco não estar sendo considerado pelos clientes por desconhecerem o problema. Infelizmente, pela Lei de Murphy sempre sua empresa será afetada pelo problema do provedor no momento em que você mais precisa do ambiente funcionando.Para mitigar esse problema coloque em contrato que obrigatoriedade de informes de todos os problemas do provedor sob o risco de cancelamento do contrato. Para ambientes de aplicações críticas exija a certificação SAS-70 do provedor. Isso deve garantir que os provedores adotaram medidas transparentes de comunicação.

    Resumindo, ainda existe resistência de alguns executivos para migrarem para cloud computing, porém devemos conhecer todos os problemas e inquietações e desenvolver planos robustos e eficazes para resolver os pontos em aberto. Isso é necessário, pois o cloud computing é um modelo de processamento  que traz muitos benefícios, redução de custos de processamento e contribui para a sustentabilidade ambiental.