Eduardo M Fagundes

Tech & Energy Insights

Análises independentes sobre energia, tecnologias emergentes e modelos de negócios

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Oportunidades Energéticas no Centro-Oeste do Brasil

Impulsionando o Desenvolvimento Industrial, Agronegócio, Comércio e Datacenters

O Centro-Oeste do Brasil, englobando Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e o Distrito Federal, está emergindo como um hub estratégico de desenvolvimento econômico, sustentado por uma matriz energética diversificada e renovável. O lançamento da linha de transmissão de ultra-alta tensão da StateGrid, em 30 de junho de 2025, com um investimento de R$ 23 bilhões, traz 5.000 MW de energia renovável do Nordeste, fortalecendo a atratividade da região para investidores nacionais e internacionais. Essa infraestrutura abre oportunidades significativas para o agronegócio, que pode expandir com custos reduzidos de irrigação e processamento; a indústria, beneficiada por energia estável para fábricas modernas; o comércio, impulsionado por centros urbanos em crescimento; e o setor de datacenters, atraído por incentivos fiscais e baixa latência.

Este documento destaca o potencial de negócios no Centro-Oeste, oferecendo insights estratégicos para empresas que buscam capitalizar o crescimento sustentável de longo prazo nesta região promissora.

Capacidade Energética do Centro-Oeste

O Centro-Oeste se destaca como uma região energeticamente vantajosa, oferecendo uma mistura de energia limpa e confiável que atrai empresas de todos os tamanhos. A nova linha de transmissão da StateGrid, inaugurada em 30 de junho de 2025, traz energia renovável do Nordeste, complementando as fontes locais como as hidrelétricas, que fornecem uma base estável, e o gás natural, ideal para indústrias. Com tarifas competitivas e uma oferta que já supera a demanda local, a região está pronta para suportar o crescimento de novos empreendimentos, tornando-se um ponto estratégico para quem busca investir em um mercado em expansão com sustentabilidade garantida.

Energia limpa e confiável: o alicerce do crescimento no Centro-Oeste!

A linha de transmissão da StateGrid, com 1.468 a 1.513 km, conectando Graça Aranha (Maranhão) a Silvânia (Goiás), trará energia renovável até 2029, consolidando tarifas competitivas de US$ 0,05 a US$ 0,06 por kWh. 

A infraestrutura de gás natural no Centro-Oeste é fortalecida pela presença do Gasoduto Lateral Cuiabá, com 645 km de extensão, sendo 283 km em território brasileiro. Este gasoduto possui capacidade autorizada para transportar até 2,8 milhões de metros cúbicos por dia, operando sob uma pressão máxima de 101,24 kgf/cm² . Ele abastece principalmente demandas industriais e de geração térmica, sendo estratégico para processos que exigem calor contínuo, como a secagem de grãos e a produção de alimentos e materiais. 

Para ampliar essa capacidade e integrar ainda mais o Centro-Oeste ao mercado nacional de gás, estão em curso estudos para a implantação do Gasoduto Brasil Central. Este projeto visa conectar os estados da região ao eixo Sudeste e às rotas de importação, com início de fornecimento previsto para 2031 . A expansão não apenas aumentará a segurança energética, como também permitirá a atração de novos investimentos industriais que dependem de gás natural como insumo competitivo e de baixo impacto ambiental.

Dados recentes do ONS, em 1º de julho de 2025 às 12:10, indicam que o Sistema Interligado Nacional (SIN), que abrange todo o país, atende a uma carga de 79.111 MW, com 51.505 MW hidráulicos, 13.619 MW térmicos, 9.390 MW eólicos, 2.813 MW solares e 1.364 MW nucleares, exportando 2.147 MW sem necessidade de importação, reforçando a robustez da infraestrutura que beneficia o Centro-Oeste.

Oportunidades no Agronegócio

O Centro-Oeste é um gigante do agronegócio brasileiro, sendo líder na produção de soja, milho, algodão e carne bovina, e agora tem a chance de crescer ainda mais com energia confiável e acessível. A nova linha de transmissão da StateGrid, lançada em 30 de junho de 2025, trará energia renovável a baixo custo, perfeita para irrigação e processamento, enquanto o gás natural oferece uma solução prática para secagem de grãos e outros processos essenciais. Isso abre portas para investimentos em tecnologias modernas, como automação e biofertilizantes, que atendem às crescentes demandas por sustentabilidade, atraindo empresas globais e locais. Contudo, para maximizar esse potencial, será crucial investir em infraestrutura de transporte, como estradas e terminais, para escoar a produção de forma eficiente.

Potencial agrícola desbloqueado com energia renovável e inovação!

O Centro-Oeste lidera a produção de soja, milho, algodão e carne bovina, e a energia estável, com 51.505 MW hidráulicos e 13.619 MW térmicos em tempo real, suporta irrigação, processamento e secagem de grãos. A linha de transmissão da StateGrid reduzirá custos ao trazer energia renovável, enquanto o gás natural, com potencial de 2,1 milhões m³/dia (PEN 2024), atende processos térmicos específicos.

Oportunidades incluem tecnologias de Agritech, como automação e biofertilizantes, alinhadas a metas ESG. Empresas como a Vibra planejam expandir combustíveis na região, mas o déficit logístico, com 58% da produção de grãos concentrada, exige investimentos em terminais de carga e rodovias.

Oportunidades na Indústria e no Comércio

A indústria e o comércio no Centro-Oeste têm um cenário promissor pela frente, com energia estável e acessível que pode impulsionar o crescimento em cidades como Goiânia e Brasília. A energia renovável trazida pela StateGrid, combinada com fontes locais como gás natural, permite que fábricas ampliem suas operações e adotem tecnologias avançadas, enquanto o comércio se beneficia do aumento da demanda urbana e da proximidade com o Sudeste. Investidores podem aproveitar incentivos fiscais e parcerias governamentais para estabelecer novas unidades, transformando a região em um hub de negócios competitivo e sustentável, desde que foquem em soluções inovadoras e na expansão da infraestrutura.

Indústria e comércio em alta com energia acessível e estratégica!

A indústria em Goiás e Distrito Federal (alimentos, metalurgia, eletroeletrônicos) e o comércio em Brasília beneficiam-se da carga de 79.111 MW atendida com estabilidade pelo SIN. A geração eólica (9.390 MW) e solar (2.813 MW) suporta a expansão de fábricas e adoção de automação, enquanto a térmica (13.619 MW) garante resiliência. O comércio cresce com redes de varejo e logística, ampliando exportações para o Sudeste. Zonas econômicas especiais e linhas de crédito do BNDES (R$ 2 bilhões) incentivam investimentos, com empresas como Intelbras atendendo à demanda por backup energético.

Oportunidades em Datacenters

O mercado de datacenters no Brasil está em franca expansão, e o Centro-Oeste emerge como um destino estratégico para empresas que desejam crescer nesse setor com energia renovável e custos competitivos. Em 2024, o país consolidou-se como líder na América Latina, captando US$ 5,2 bilhões em investimentos no setor, com projeções para 2025 indicando um aumento de 15% devido à demanda por inteligência artificial e serviços na nuvem, segundo a Associação Brasileira de Datacenters (ABRADAT).

A região se beneficia de uma matriz energética com 88% de fontes renováveis em 2024, reforçada por 10,9 GW de nova capacidade solar e eólica, e da linha de transmissão da StateGrid, que traz 5.000 MW adicionais a partir de 2025. Soluções como baterias (BESS) para gerenciar picos de demanda e incentivos fiscais do programa Redata atraem gigantes como Google e Equinix, que buscam locais sustentáveis. Apesar dos custos iniciais elevados, a baixa latência para o Sudeste e o foco em eficiência energética fazem do Centro-Oeste uma aposta segura para datacenters de borda, oferecendo retornos atrativos a médio e longo prazo.

Data centers sustentáveis no Centro-Oeste: o futuro da tecnologia!

O setor de datacenters, líder na América Latina com 40% dos investimentos em 2023 e US$ 5,2 bilhões captados em 2024 segundo a ABRADAT, encontra no Centro-Oeste um destino promissor.

Em 2024, o Brasil adicionou 10,9 GW de capacidade, com 91% de solar (5,630 MW) e eólica (4,261 MW), elevando a capacidade instalada para 225 GW, com projeções de mais 12 GW em 2025, impulsionadas por investimentos em IA (ABRADAT). Apesar do alto CAPEX (25,9% maior que no Chile) e tributação (23%), o Redata oferece incentivos de até 80% em ICMS, e parques de datacenters com baixa latência (menos de 10 ms para São Paulo) são ideais para operações de borda.

Planejamento Estratégico para Empresas e Investidores

Para maximizar as oportunidades no Centro-Oeste, empresas e investidores devem adotar uma estratégia bem planejada, focando em locais estratégicos como Goiânia e Cuiabá, próximos à linha de transmissão da StateGrid e aos gasodutos, onde a energia é mais acessível e confiável.

Acompanhar dados do ONS ajuda no monitoramento eficiente da matriz energética, enquanto parcerias com o BNDES, que oferece linhas de crédito de até R$ 2 bilhões, e o programa Redata, com incentivos fiscais de até 80% em ICMS, reduzem custos e aceleram investimentos.

Soluções como baterias de armazenamento (BESS) e geração distribuída fotovoltaica oferecem flexibilidade para lidar com variações de demanda, alinhando-se às metas de sustentabilidade.

Adotar práticas ESG, em sintonia com a política “Nova Indústria Brasil”, atrai investidores globais, mas é essencial planejar a mitigação de riscos logísticos, como o déficit de 58% na capacidade portuária para escoamento de grãos, e socioambientais, como impactos em 12% das terras indígenas da região.

Tendências de longa cauda, como o boom de datacenters com projeção de US$ 6 bilhões em investimentos até 2027 (ABRADAT) e a expansão do agronegócio com 220 milhões de toneladas de grãos em 2024, prometem retornos consistentes, tornando o Centro-Oeste um ponto de partida ideal para negócios inovadores e sustentáveis.

Estratégias inteligentes para lucrar no novo hub econômico!

Empresas devem priorizar áreas próximas à linha de transmissão e gasodutos, como Goiânia e Cuiabá, usando dados do ONS para ajustar operações a picos de carga (90.000 MW), conforme registrados em 1º de julho de 2025 às 12:10. Parcerias com o BNDES, que disponibiliza R$ 2 bilhões em financiamentos, e o Redata, oferecendo redução de até 80% no ICMS, otimizam investimentos, enquanto sistemas BESS, com capacidade média de 500 MW em projetos piloto, e geração distribuída fotovoltaica, com 41.006 GWh em 2024 (EPE), mitigam variações de demanda. Foco em ESG alinha-se à “Nova Indústria Brasil”, que prioriza 30% de metas sustentáveis em novos projetos, e a mitigação de riscos logísticos, com déficit de 58% na infraestrutura portuária (Minfra, 2024), e socioambientais, afetando 12% das terras indígenas (IBGE), é crucial. Tendências de longa cauda, como datacenters com US$ 6 bilhões projetados até 2027 (ABRADAT) e agronegócio com 220 milhões de toneladas de grãos em 2024 (CONAB), oferecem retornos sustentáveis.

Conclusão

O Centro-Oeste do Brasil está se consolidando como um polo de desenvolvimento econômico de grande potencial, impulsionado por uma infraestrutura energética robusta e visionária. Em 1º de julho de 2025, às 14:02 PM -03, o Sistema Interligado Nacional (SIN) demonstrou sua força ao atender uma carga de 79.111 MW e exportar 2.147 MW, evidenciando uma capacidade excedente que reforça a confiabilidade do sistema em escala nacional.

A linha de transmissão da StateGrid, lançada em 30 de junho de 2025, traz 5.000 MW de energia renovável do Nordeste, ampliando o acesso a fontes limpas e sustentáveis para o Centro-Oeste, enquanto o Planejamento Energético Nacional (PEN 2024) projeta uma expansão eólica de 26,2 GW até 2028, complementada por um despacho térmico de até 8.300 MWméd, garantindo estabilidade mesmo em cenários adversos.

Centro-Oeste: o epicentro da inovação e sustentabilidade no Brasil!

Essa base energética sólida posiciona a região como um destino privilegiado para o agronegócio, que lidera com 220 milhões de toneladas de grãos em 2024, a indústria, que se beneficia de zonas econômicas especiais, o comércio, que cresce em centros urbanos como Brasília, e o setor de datacenters, com US$ 5,2 bilhões investidos em 2024 e projeções de US$ 6 bilhões até 2027.

Um planejamento estratégico bem executado, com foco em sustentabilidade alinhado à política “Nova Indústria Brasil”, parcerias com o BNDES e Redata, e investimentos em infraestrutura logística para mitigar o déficit de 58% na capacidade portuária, é essencial para transformar esses setores em motores de crescimento.

Assim, o Centro-Oeste se firma como um hub de inovação e prosperidade, atraindo investidores nacionais e internacionais dispostos a construir um futuro econômico resiliente e sustentável a longo prazo.

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