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Autor: Eduardo Fagundes

  • Tecnologia do cotidiano evolui mais rápido que as das empresas

    Curioso quando se compara a tecnologia utilizada no cotidiano das pessoas e as tecnologias que são utilizadas pelas empresas. Cerca de um terço dos computadores das empresas no mundo ainda usam o Windows XP, enquanto as pessoas já usam no dia a dia sistemas operacionais baseados em nuvens, como o iOS, Android e Windows 8. Hoje sincronizar o calendário do Outlook 365 e o Calendário do iPad é automático e sem complicações. Tamanho de espaço no hard disk já não se discute mais, o armazenamento no OneDrive é de 1 TB para quem assinatura do Office 365. Para os assinantes do Google for Works é ilimitada. Os bancos ainda utilizam sistemas legados de contas correntes em Cobol. Nada contra o Cobol, mas são sistemas desenvolvidos em cenários de baixa integração.

    Ainda existe muita resistência para a adoção de ambientes de computação em nuvem pelas empresas sob a errônea alegação que é um inseguro. O uso de ferramentas analíticas e Big Data está restrito a poucas empresas que entenderam que esse é o caminho da inovação.

    Vamos continuar a observar o desempenho das empresas que resistem a dar um salto de tecnologia para se alinhar com as tecnologias que usamos no nosso dia a dia. Será que elas sobreviverão?

  • Mudança transformacional

    Apenas metade dos executivos acredita que suas empresas possam realizar mudanças transformacionais, segundo uma pesquisa com 106 executivos realizada pela Forbes em 2014.

    Um dos maiores desafios citados é designar pessoas certas para implementar os projetos (88%) e a necessidade de alocar recursos suficientes para iniciar (85%). Essa pesquisa confirma que uma boa parte das empresas não estão preparadas para as mudanças do cenário econômico.

    A crise de 2008 do setor financeiro internacional afetou todas as empresas no mundo e poucas estavam preparadas para enfrentar a crise. Não apenas as pequenas, a GM no Estados Unidos teve que ser socorrida pelo Governo para não fechar as portas. O desafio é como se preparar para as mudanças.

    Mudanças ocorrem todo o tempo, não apenas em catástrofes. Veja o caso da Lockheed Martin, uma empresa americana de 100 anos focada em soluções de defesa para a Guerra Fria, quando o governo americano cortou o budget ela teve que se transformar. Atualmente, 90% de seus negócios estão concentrados em negócios internacionais e para produtos não ligados a defesa.

    Outro exemplo é a IBM. Provavelmente, ninguém que conhecia a IBM em 1911 quando foi fundada a reconheceria hoje. Após décadas fabricando hardware, atualmente a maior parte da sua receita vem da área de serviços.

    Uma mudança catastrófica para uma empresa pode acontecer a partir de uma mudança regulatória da legislação do país onde atua. Um exemplo é a legislação ambiental que obriga as empresas a modificar seus processos produtivos e materiais para se adequar as novas normas sob o risco de pesadas multas.

    A condição essencial para garantir a manutenção dos negócios é avaliar continuamente o valor que a empresa entrega aos seus clientes. As necessidades dos clientes mudam constantemente e as empresas devem criar mecanismos para monitorar e antever as mudanças de comportamento e as condições de mercado.

    Uma solução para isso é usar como vantagem competitiva a análise de grandes volumes de dados, o Big Data. Segundo a pesquisa da Forbes, apenas 60% dos entrevistados disseram que usam de forma satisfatória os recursos de análise para entender o comportamento dos clientes e tomam ações a partir dessas informações.

    Portanto, a capacidade de transformação deve ser um dos principais atributos das empresas que desejam durar. Para isso devem contar com pessoas certas para iniciar o processo de transformação e usar de forma eficiente soluções de análise de dados para sempre entregar valor aos seus clientes.

  • Cloud Computing e BOYD um desafio para as redes de dados

    Uma pesquisa da Cisco em 13 países com 1.321 executivos de TI aponta que eles estão cada vez mais preocupados com a performance de suas redes, principalmente pelo aumento de aplicações em cloud computing e BYOD (Bring Your Own Device).

    Segundo a pesquisa 78% consideram que suas redes são mais críticas agora do que no passado, devido o aumento de aplicações SaaS (Software as a Service), dos aplicativos móveis, das mídias sociais e da análise de dados baseado em Big Data.

    A pesquisa ainda mostra que 41% dos executivos de TI admitem não estarem preparados para o BYOD e apenas 38% se sentem preparados para suportar aplicações em cloud computing.

    Os executivos apontam que seus maiores desafios são: mover aplicações para a nuvem (40%); centralização de data center e virtualização (38%); infraestrutura para VDI (Virtual Desktop Infrastructure) (33%); suporte ao modelo BYOD (30%); e, implantação de SaaS (28%).

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    Segundo a pesquisa, apenas 35% dos executivos tem alguma confiança que suas áreas de TI têm habilidade para responder as necessidades dos negócios.

    Cerca de 50% dos executivos enxergam novas oportunidades de negócios com a Internet das Coisas (Internet of Things), entretanto, 42% afirmam não estarem familiarizados com a tecnologia.

     

  • O impacto do Marco Civil da Internet no Marketing Digital

    O artigo 3˚ do Projeto de Lei n˚ 2.126-B de 2011 que estabelece os princípios, garantias, direitos e deveres para o uso da Internet no Brasil, reforça a proteção da privacidade na rede. O projeto prevê a inviolabilidade e sigilo do fluxo de dados e de suas comunicações privadas armazenadas, salvo por ordem judicial.

    Desta forma, fica proibido os provedores de serviços e aplicações usarem as informações dos pacotes IP para conhecer o conteúdo dos dados dos internautas. Na minha interpretação, fica proibido que os “cookies” (programa que troca mensagens entre o computador do visitante e o website) possam fornecer informações sobre a navegação sem o expresso consentimento do visitante.

    Atualmente, as empresas de marketing digital utilizam informações dos “cookies” para direcionar propagandas baseado na navegação do usuário. Pela redação do projeto de lei isso ficará proibido.

    Outro ponto é o uso de endereços eletrônicos para e-mail marketing a não ser que o usuário autorize a inclusão de seu e-mail nas listas de distribuição. Também, deve ser garantida a exclusão do endereço do usuário quando solicitado.

    As pesquisas de comportamento dos visitantes usando Big Data também serão afetadas, uma vez que não será permitido o uso de informações sobre navegação dos internautas, em larga escala, apenas os que autorizarem o uso dessas informações.

    Ou seja, o que eram “boas práticas”, agora virou “lei”.

    A princípio isso vale apenas para as empresas que operam no Brasil, mesmo com serviços executados a partir do exterior. Como a Lei prevê que os dados dos brasileiros podem ser armazenados fora do país esses estudos e práticas de e-mail marketing poderão continuar a ser executados no exterior por empresas estrangeiras que não atuam no Brasil.

    Por exemplo, a Google não poderá mais utilizar suas informações para exibir os anúncios pagos, mesmo que o serviço seja executado no exterior, a não ser com sua expressa autorização.

    Depois da aprovação da Lei pelo Senado e sancionada pela Presidente da República é que conseguiremos avaliar o real impacto da lei no mercado digital.