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Autor: Eduardo Fagundes

  • Anhanguera e Kroton anunciam uma fusão

    Juntas são avaliadas no mercado de capitais em cerca de R$ 12 bilhões – cifra que representa o dobro da segunda colocada, a chinesa New Oriental.

    A Kroton vai emitir 198,8 milhões de novas ações. O negócio envolve uma troca de ações em que cada 1,36 ação da Kroton representa uma da Anhanguera. A Kroton ficar com a maior fatia da nova empresa o comando executivo através do Fundo de Educação para o Brasil.

  • Contratação de serviço no exterior tem 47% de tributação

    Se uma empresa brasileira resolve atender seu cliente estrangeiro optando pela óbvia contratação de um fornecedor de serviços no exterior, verá o custo desse serviço aumentado em 47% por causa da tributação. Essa é uma das razões do intenso debate sobre acordos de bitributação na agenda da indústria nacional.

  • Gás de xisto pode desbancar fontes renováveis de energia, como a eólica e a solar

    Contra todas as expectativas, as emissões dos Estados Unidos de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera, desde seu pico de 2007, caíram 12% em 2012, voltando aos níveis de 1995. O motivo principal para isso, em uma palavra, é o “fracking”. Ou, em 12 palavras: perfuração horizontal e fratura hidráulica para recuperar depósitos de gás de xisto.

    Nenhum outro fator chega perto de constituir uma explicação plausível. Ao contrário da União Europeia (UE), os Estados Unidos nunca ratificaram o Protocolo de Kyoto, por meio do qual os países participantes se comprometeram a reduzir as emissões de CO2 em aproximadamente 5%, em relação aos níveis de 1990, até 2012. A persistente redução das emissões nos Estados Unidos também não é efeito colateral da queda do nível de atividade econômica. Embora a economia americana tenha alcançado seu pico no fim de 2007, no mesmo período que as emissões, a recessão acabou em junho de 2009, e o crescimento de seu Produto Interno Bruto (PIB) desde então foi significativamente maior que o da Europa. No entanto, as emissões dos EUA continuaram a cair, enquanto as da União Europeia começaram a subir de novo depois de 2009.

    Pode-se virtualmente provar que o gás de xisto foi a principal influência sobre a queda das emissões americanas. Apenas dez anos atrás, o setor de gás natural estava tão convencido de que a produção doméstica americana estava chegando ao seu limite que fez grandes investimentos em terminais a fim de importar gás natural liquefeito (GNL). Mas o “fracking” aumentou a oferta de maneira tão rápida que essas instalações estão agora sendo convertidas para exportar GNL.

    Opositores ao “fracking” se preocupam com a possibilidade de o gás de xisto desbancar fontes renováveis de energia, como a eólica e a solar. Mas o fato é que não se pode reduziras emissões de CO2 sem reduzir o uso do carvão, e o gás de xisto já está destronando o carvão nos EUA. Isso não é especulação: está acontecendo agora. Mesmo que alguma fonte mais limpa se torne viável posteriormente, ainda precisaremos do gás natural como uma ponte.

    Em outras palavras, se o mundo continuar a construir centrais elétricas a carvão ao ritmo atual, essas usinas ainda estarão operando em 2050, independentemente das outras tecnologias que se tornarem viáveis nesse meio tempo. A energia solar não conseguirá hoje deter a construção dessas centrais a carvão. O gás natural conseguirá.

  • Os novos desafios que norteiam a Embrapa

    Com o sucesso no desenvolvimento de variedades adaptadas ao Cerrado, numa época de carência de pesquisas privadas, a Embrapa chegou a ter 60% do mercado brasileiro de sementes de soja e 30% do de milho. Hoje, essas participações caíram para 9% e 1%, respectivamente.

    A Embrapa  manter fatias de 7% a 12% nesses mercados, mas medir forças com as grandes multinacionais seria infrutífero e colocaria em risco centenas de outros projetos importantes e que não atraem a iniciativa privada por falta de retorno.

    Segundo a Embrapa, é impensável dirigir todos os esforços da Embrapa, com seu orçamento total da ordem de R$ 2 bilhões por ano e os entraves burocráticos que limitam sua agilidade, para bater de frente com grupos como Monsanto, que só em pesquisas investe mais de US$ 1 bilhão.

    A sustentabilidade da produção propõe mudanças importantes. É necessário  “descarbonizar” o setor, cuja emissão é grande. Temos as emissões entéricas dos bovinos, dejetos e grande uso de nitrogênio. Sem falar dos desafios com as mudanças climáticas”. Segundo a Embrapa, há 400 pesquisadores da Embrapa envolvidos em trabalhos sobre diferentes pontos ligados às mudanças climáticas.