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Tech & Energy Think Tank

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Autor: Eduardo Fagundes

  • Inovação é uma responsabilidade de toda organização

    Existe um paradigma que a inovação nas empresas está ligada a área de desenvolvimento de produtos. Talvez, no passado isso tenha sido uma realidade. Atualmente, todas as áreas da empresa tem a responsabilidade de buscar inovação em seus processos e serviços. Criar um novo processo de recrutamento e seleção de pessoal pode ser uma inovação. Desenvolver novos procedimentos de assistência técnica no pós-venda pode ser uma inovação associado com redução de custos. O primeiro passo é a empresa definir o que é necessário mudar para atingir seus objetivos de negócios. A partir dessa definição buscar meios para executar.

    Tipicamente, a primeira iniciativa de inovação nas empresas é a conscientização de seus funcionários da necessidade de inovar. Para isso, deve-se criar um agente que motive e tire os funcionários da sua zona de conforto. O velho chavão “você recebe para executar e não para pensar” já não vale mais para o cenário de negócios globalizado que vivemos.

    Depois da conscientização dos funcionários a empresa deve criar processos que motive e estruture as ideias de inovação. Sempre que receber uma nova ideia a empresa deve ser rápida para analisar e dar o feedback para o funcionário. Se a ideia for aprovada, deve-se iniciar o mais rápido possível o desenvolvimento do projeto de inovação.

    Minha sugestão é forçar que executivos seniores e média gerencia tenham métricas e objetivos associados ao bônus anual de projetos de inovação. Essa é uma maneira de criar um certo desconforto e motivar a busca pela inovação.

    Veja o vídeo da HSM com uma entrevista com José Claudio C. Terra, feita pela jornalista Patricia Buneker que aborda alguns aspectos interessantes sobre inovação.

  • TI do BB investe menos de 5% em Inovação

    Anderson Itaborahy, gerente executivo de governança de TI do Banco do Brasil, comentou na sua palestra no CA World Expo 2012 que menos de 5% do budget de TI de projetos são utilizados para inovação. Mais da metade do budget é destinado a manutenção de sistemas e adequação dos sistemas a novas leis e regulamentações.

    Infelizmente, esse é o cenário da maioria das organizações de TI, as exceções são os grandes bancos comerciais privados que dependem da inovação para alavancar novos negócios e ganhar mercado.  O tempo dos responsáveis por TI é absorvido quase que totalmente por ações operacionais.

    Mesmo que dinheiro não seja o principal problema para a PRODESP, seu presidente Célio Bozola reconhece que o maior desafio é criar condições para inovar.  Na visão de Bozola, a PRODESP precisa desenvolver soluções para os cidadãos do Estado de São Paulo similares a dos bancos comerciais: “o cidadão deve acessar os serviços públicos de qualquer lugar como hoje acontece com os bancos”.

    A surpresa foi os comentários de Nelson Cardoso, CIO da Petrobrás Distribuidora, sobre as iniciativas da empresa de criar um modelo de postos de serviços do futuro já para a Copa do Mundo. Os postos de serviços terão equipamentos interativos em vários idiomas para auxiliar os torcedores e turistas na localização de serviços próximos aos postos. Terão serviços de abastecimento de energia para carros elétricos entre outros.

     

  • Os benefícios da nova lei trabalhista para a TI

    As mudanças nas modalidades de contratação do setor de serviços, em elaboração pelo governo, deve favorecer as empresas prestadoras de serviços de TI. A maioria das empresas de TI trabalham por projetos que requerem profissionais especializados para a execução de tarefas especificas e por tempo limitado. Normalmente, esses profissionais são contratados como pessoa jurídica (PJ) que segue toda a burocracia de uma empresa brasileira para operar, incluindo toda a cadeia de impostos. As mudanças permitirão que as empresas contratem um empregado que só vai receber quando for chamado para alguma atividade. O recolhimento dos tributos pela empresa e empregado serão proporcionais as horas trabalhadas. Desta forma, os profissionais de TI não precisarão mais ter empresas jurídicas (pessoais) para prestar serviço em projetos.

    A flexibilização da CLT está inserida dentro do programa Plano Brasil Maior que prevê incentivos e simplificação dos processos burocráticos. Só para se ter uma ideia do peso da burocracia, um levantamento realizado pela PwC mostrou que em média uma empresa consume 2.600 horas para pagar a carga tributária.

    O governo também estuda medidas de estímulo a exportações de serviços. O setor de TI tem um compromisso de exportar até 2020 cerca de US$20 bilhões. Para atingir essa posição, os negócios de offshore teriam de registrar um crescimento de mais de seis vezes no próximos oito anos. Alcançar essa meta exigiria um contingente de mão de obra de aproximadamente 750 mil profissionais, o que é um dos grandes desafios do País.

     

  • Governo Federal apoia o uso de Computação em Nuvem

    A entrevista do secretário de Logística e TI do Ministério do Planejamento, Delfino Natal de Souza, mostra a disposição do Governo Federal de contratar serviços na nuvem pública. Os sistemas candidatos são os chamados não estruturantes, aqueles que não envolvem informações críticas e de sistemas estruturados do Governo.

    Do ponto de vista interno, as duas principais empresas de serviços de computação do Governo Federal, SERPRO e DATAPREV, estão estudando soluções de computação privada em nuvem para os órgãos do governo. O SERPRO está implantando um novo datacenter no Rio de Janeiro para essa finalidade.

    Na entrevista o secretário apresenta um visão otimista, inovadora e alinhada com as tendências do mercado sobre computação em nuvem. Cita as recomendações do Gartner Group com relação as principais características para serviços na nuvem.

    A visão do secretário, se implementada, pode ajudar muito o desenvolvimento da computação em nuvem no Brasil porque o Governo funciona como um alavancador de novos negócios, pois é o principal comprar no Brasil. Com essa responsabilidade o Governo deve definir regrar claras para o uso da computação em nuvem para orientar os investimentos do mercado e definição de linhas de pesquisas convergentes para o desenvolvimento de tecnologia.